quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Por que a resistência em se informatizar o setor público

De quatro em quatro anos vemos nas campanhas eleitorais a promessa que melhorar o serviço público para a população, não é raro haver reclamações na área da saúde, da limpeza pública, na área rural e outros setores e isso tudo poderia ser resolvido gradualmente se tudo fosse informatizado e integrado via internet. Mas por que tanta resistência?
É claro se houver um sistema funcionando adequadamente, sendo alimentado com dados corretos e imediatos muita coisa seria evitada como:
- filas nos psfs
- falta de medicamentos;
- desvios de medicamentos, combustíveis e outros
- maior controle dos bens da rede pública entre outros.
Já pensou se a cidade tivesse integrado o sistema da área da saúde? Com isso os pacientes teriam um melhor atendimento e não haveria as famosas filas, que em alguns casos as pessoas tem que ir para as mesmas de madrugada. Os médicos teriam o prontuário dos pacientes em tempo real e não haveria o tão famoso jeitinho ou os privilégios para esse ou aquele usuário, bastaria se ter uma auditoria e saberíamos de imediato o por que fulano não foi atendido e ciclano foi. Na realidade a informatização do serviço de saúde é um bom exemplo a ser seguido, pois com isso o paciente se precisasse de remédio já saberia se a rede pública tem e imediatamente o próprio PSF ou Unidade Básica de Atendimento já enviaria o pedido e a liberação dos medicamentos e uma outra coisa, as pessoas nem precisariam ir a outros locais, que tal colocar uma moto no setor de armazenagem e ao emitir o pedido no final do dia haveria uma carga para o local que emitiu e pela manha a moto levaria ao PSF ou UBS os medicamentos e o usuário buscaria no próprio local que consultou. Com isso saberíamos quanto de determinado medicamento é necessário para atender a população e nas campanhas políticas não haveria denuncias que tal candidato levou e distribuiu medicamentos em troca de votos, como geralmente há boatos. 
Outro ponto importante, se fosse necessário ir a um especialista imediatamente o PSF ou UBS faria o contato com o setor responsável e agendaria tal especialista e emitiria a guia de consulta para o paciente, assim o paciente teria a certeza de que foi agendada e não ficaria na expectativa de quando o como ir, se fosse fora do município o atendimento o setor de transporte já seria reservado com um veículo da prefeitura ou a reserva da passagem para tal. 
Nesse sistema integrado a saúde seria mais ágil, não haveria a perseguição política (que muitos negam que exista) e com isso desafogaria os hospitais e ambulatórios, pois os exames e consultas seriam todos informatizados e agendados. Parece sonho não ? mas pode ser feito, basta boa vontade e a cidade de Maricá no Rio já implantou o sistema desde 2012 e melhorou bem a área. 
Agora imagina se isso fosse implantado em todos os setores como a limpeza pública e a área rural, ou seja, se um problema acontecesse o setor seria comunicados e imediatamente acionaria a frota da prefeitura ou os contratados para atendimento ao local, com isso pontes, estradas e outros setores não sofreriam com as péssimas condições de atendimento.
Agora na frota de veículos da prefeitura em todos os setores se houvesse um controle realmente de gastos, quilometragem, gps e outros controles vocês acham que haveria desvio de combustíveis, que veículos oficiais estariam passeando pelas ruas em horários sem ser a serviço? Claro que não, pois assim com um controle mais efetivo tudo seria mais confiável e mais enxuto os gastos, mas a dificuldade em se colocar isso em funcionamento em algumas repartições públicas é simplesmente por que aí não haveria o já citado "jeitinho", a predileção aos "amigos", os desvios para a corrupção ou superfaturamento e o que é melhor não tem como provar que há esses casos, pois todos nós sabemos que se você for amigo do agente público ou do seu lado partidário as coisas andam mais rápido e se for adversário muitas vezes nunca é atendido. Enfim a informatização é uma coisa que o mundo todo esta fazendo e por isso há tantos escândalos surgindo, há registros e esperamos punições. 
Agora já pensou tudo integrado a saúde, a assistência social e a educação, o tripé de uma administração com dados estatísticos, com informações interligadas e com isso um controle maior dos dados dos moradores da cidade. Já disse os agentes de saúde visitam rotineiramente, ou deveriam visitar, os seus usuários e não poderiam fazer a aplicação de questionários sobre a saúde, sobre a educação, sobre as condições de vida (se tem banheiro, rede elétrica, equipamentos eletrônicos, atendimento do bolsa família, outros ganhos sociais), com isso as ações de governo seriam direcionadas corretamente e facilitaria a utilização de recursos.
Mas sonhar não custa nada, mas é um sonho impossível no nosso município de Leopoldina, pois falta vontade, se nem o setor privado e as entidades de assistência particular não querem informatizar e compartilhar seus dados, imagina o setor público.
Há anos venho cobrando, desde quando fazia parte do conselho de Assistência Social, por que não se ter um cadastro único de atendimento das entidades espíritas, evangélicas, católicas, dos grupos de apoio a setores necessitados como creches e outras. Há anos vemos que famílias se profissionalizaram em ser pedintes e atendidas por entidades, na época que existia o tal NATAL SEM FOME, quantas famílias receberam várias cestas básicas por não se ter esse controle e quantas ficaram sem receber e mereciam. Enfim na realidade LEOPOLDINA é um exemplo típico de que modernidade, controle e seriedade não é levada a sério e que quanto mais bagunçado estiver melhor é. Enfim que saudades do Serginho do Rock... Isso é Leopoldina...

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