quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Em Leopoldina e região, rádio também vive momentos difíceis como a Rádio TUPI

Um símbolo nacional como já foi a Radio Nacional do Rio, a Rádio Globo e era a Rádio TUPI do Rio está mostrando a realidade no meio radiofônico. No mês de dezembro após os funcionários ficarem quatro meses sem salários e um décimo terceiro atrasado eles fizeram uma paralisação de 48 horas, deixando a rádio TUPI fora do ar como alerta. Ai a população do Rio de Janeiro, bem como do Brasil tomou conhecimento da grave crise financeira que a empresa vivia. Mas retornaram e as coisas não evoluíram, fizeram paralisações de 24, 48 e 72 horas e desde o dia 30 de dezembro foi greve geral dos cerca de 200 funcionários da emissora e com isso a emissora começou a tocar só músicas e hoje com propagandas. 
A situação é um verdadeiro caos, em 05 de janeiro completou 5 meses sem salário e dois décimos terceiros atrasados (2015 e 2016) e o majoritário Diários Associados não se manifestou em como resolver tal questão. Lembro que a Rádio TUPI há anos era a líder no grande rio e tinha um jornalismo atuante, sendo destaque no dia a dia, no esportes e comunicação. Boatos de venda para minoritários surgiram, mas quem comprar irá assumir o passivo (dividas) da emissora que ao que parece é enorme. 
Mas não se iluda esse não é um caso singular, único, a própria Globo criou a sua rede de rádio centralizando a programação no Rio e em São Paulo, com isso a cadeira de rádio deixa muitas vezes de dar cobertura a algumas cidades falando só da cabeça da rede e dizem que alguns profissionais estão sendo dispensados e não há divulgação, o mesmo acontecendo com o sistema globo em um todo, jornalista com 18 a 20 anos de trabalhos prestados estão sendo demitidos da TV GLOBO e GLOBO NEWS. A situação é gravíssima pois os autos custos de manutenção das emissoras, os autos salários e a baixa procura de anunciantes se refletem na qualidade das emissoras. 
Quem não se lembra da TV TUPI, ou já ouviu falar, que também era dos diários Associados e foi a falência e perseguição da repressão militar da época. Hoje o Diário dos Associados conta com 48 veículos de comunicação^sendo 8 jornais (em Minas Estado de Minas), 2 revistas, 13 rádios e 9 emissoras de televisão (TV Alterosa em Minas), 9 wibsites e outras 8 empresas, mas a crise deve estar atingindo grande parte das empresas do grupo.
Mas vamos trazer essa demonstração para a nossa cidade, não é segredo de ninguém que aqui em Leopoldina já tivemos vários jornais que já circularam e fecharam, já tivemos emissora de tv educativa que fechou por irregularidades na concessão e com a cassação do ex deputado Federal Sérgio Naya, rádio Sirene que funcionou na antiga escola parque (hoje cefet) que foi fechada na época dos militares e hoje temos a Rádio 104 FM, Rádio Luz (Comunitária) e a Multisom Rádio Jornal AM, sendo que a AM é um exemplo de problemas enfrentados em sua recente história, há alguns anos o SISTEMA MULTISOM que era do grupo do Ivan Botelho ligado a antiga Cia. Força e Luz Cataguases Leopoldina e chegou a ter 18 emissoras de rádio e se desfez totalmente a rede, no caso de Leopoldina foi vendida para um grupo de três pessoas: Bené Guedes (que segundo informações ainda assina pela emissora por causa da documentação estar em seu nome), João Ricardo e José Geraldo Machado (Gué), na época eles assumiram os passivos trabalhistas e outros setores da emissora como dívidas com governo de obrigações trabalhistas, dívidas da emissora com vários setores, inclusive impostos e durante o seu governo frente a prefeitura o ex prefeito resolveu desfazer do negócio em no final de 2011, junto com os demais sócios, a sua parte para Roberto Bretas, nesses 4 anos a frente da emissora com as dívidas parceladas muita coisa foi quitada e ao venderem os antigos donos, que na realidade não queriam a emissora e sim o seu terreno no alto do Bairro Joaquim Furtado Pinto (Coab nova), tanto é verdade que a venda da emissora não entrou o local do transmissor só a concessão em si e hoje a emissora deve pagar aluguel do local para manter o transmissor no ar. Em 2015 um grupo liderado pela emissora evangélica Melodia de Cataguases adquiriu a emissora e pouco depois o seu ex sócio, José Geraldo Machado (Gué) retornou a direção junto com Alexandre Ferreira de Cataguases, a situação da emissora na parte financeira não é das melhores segundo se comenta e com dificuldades há o pagamento dos salários e despesas, sendo o reflexo de uma emissora que há mais de 65 anos deixou a sua história ir por água abaixo. 
É claro que irão dizer é fator crise, é a concorrência e eu acrescento é a falta de presença na comunidade, a acomodação de seus colaboradores, censuras nos editoriais e outros fatores.
Hoje temos a 104 FM que parece que vive um bom momento, sendo que atinge realmente toda a região e com a administração  do Narley Ferreira Pinto, ex funcionário da Sersan vem mantendo a emissora, tanto em Leopoldina, Cataguases e Muriaé e segundo sei está reformando e modernizando o seu estúdio em Leopoldina e pelo que sei, apesar de não o conhece lo pessoalmente é uma pessoa que é centrada, não do ramo radiofônico mas faz um bom trabalho nas três emissoras e não há comentários de crises em seu grupo radiofônico, pelo menos que eu já ouvi falar.
Há a Rádio Luz, que originalmente era pertencente ao ex deputado e ex prefeito Bené Guedes e hoje é do Antonio Benício (Majoritário) e Ubiraci Bartoli (Bira) que faz um trabalho modesto de musical e se mantém, tendo dificuldades por causa do seu alcance modesto só dentro de parte da cidade de Leopoldina devido a ser comunitária.
Na realidade a Rádio Jornal é um exemplo de erros consecutivos que podem se comparar com a Rádio TUPI, há anos atras ainda nas mãos do SISTEMA MULTISOM tinha a Gazeta de Leopoldina e os dois veículos se unificaram e colocou-se João Bosco Cerqueira como seu feche, ai depois de anos o mesmo saiu, houve um período em que ficou arrendada para o Omar Peres e seu grupo de comunicação e nesse período a Gazeta de Leopoldina, um dos jornais mais antigos do país parou de vez de circular e seus arquivos foram para Cataguases,  depois em recente passagem o grupo Bené-João Ricardo- Gué trouxeram o mesmo para a direção da emissora e não deu certo também, não sei o por que? 
Agora surge novamente o boato que João Bosco Cerqueira está sendo consultado pelo atual representante majoritário da emissora AM, Rádio Jornal, para reassumir a parte da direção de propaganda ou algo mais na emissora, o certo é que a modernidade deixou no caso da emissoras do interior o trabalho mais modesto, gravações, falta de correr atrás da notícia e um jornalismo mais atuante com presença em todos os setores ao vivo fazem o rádio perder seu brilho, sua eficiência, ouvir o povo, participar do dia a dia do povo, ouvir reclamações, elogios, as duas partes da noticia fazem parte da credibilidade e eu acredito que se o trabalho for bem feito isso gera audiência e consequentemente credibilidade e retorno financeiro. É claro é hora de fazer economia, de reduzir custos, melhorar a qualidade dos profissionais e acima de tudo trazer para o rádio, principalmente no interior, alguém que agregue valor pela sua presença e não para causar polêmicas apenas e junto do mesmo não vir o retorno financeiro desejado ou mais dor de cabeça. 
A RÀDIO TUPI está do jeito que está por mal administração, por certo maquiaram os números, venderam o peixe além do que poderiam e apesar de ser líder não administraram os bastidores e a bomba estourou. 
Ao encerrar as opiniões aqui são minhas e não tenho nada contra as pessoas mencionadas e principalmente contra o João Bosco Cerqueira com o qual já trabalhei por duas vezes e por divergências de opiniões uma vez pedi demissão e outra a mando dos proprietários da época da rádio Jornal (Bené, João Ricardo e Guê) romperam o contrato de sessão de espaço alegando que "não fazia o perfil da emissora", sendo que o mesmo cumpria ordens superiores.
Hoje estou afastado do meio radiofônico por incompetência minha e por não me adequar as condições que algumas emissoras que estão no ar impõem aos profissionais das rádios e sinceramente espero que uma luz surja na cidade e que as emissoras que estão no ar não fechem e há esqueci de dizer existe uma concessão desde 2013 de uma rádio pertencente a um grupo da Bahia, Rádio Tipuana, que nunca foi ao ar, uma FM e sinceramente se tivesse condições teria pego essa concessão. Segue abaixo as concessões de rádio e tv na cidade de acordo com as informações retiradas do governo federal no dia 18 de janeiro de 2017.

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