POMAR Frutas e Polpas Matriz |
Conforme
havia prometido nesta sexta feira estive visitando a POMAR na BR 116, a mesma
foi objetivo de uma matéria no meu blog pedindo informações sobre o seu
funcionamento, por conta de cobranças da população e do Carlos Odilon em um de
seus comentários. Após a matéria a responsável pelo setor de vendas da POMAR, Lúcia
Arlete Rodrigues, entrou em contato e me pediu para visita-la e conhecer a
realidade da mesma e que algum ponto da matéria não condizia com a verdade.
Acesso área DNIT |
Nesta
sexta estive presente a empresa e visitei todos os setores da empresa que tem
seu nome Pomar Frutas e Polpas Ltda. ME e se divide em matriz e filial. No caso
a matriz ficou sendo a Lanchonete (que iniciou as atividades em 2010) por
questões jurídicas e para poder ter um ponto de venda direto ao consumidor de
seus produtos e outros produtos relacionados à área. Na visita pude ver o
local, com banheiros adequados a deficiente, com fraldário no feminino e tudo
que se precisa num banheiro de comércio, a lanchonete por objetivo escoar a
produção de poupas e sucos produzidos pela empresa e segundo o gerente da mesma
há um bom movimento diário, no seu funcionamento de 07 as 19 horas diariamente,
com turnos de funcionários conforme pede a lei. Segundo ele o acesso por ser na
beira da rodovia chama a atenção e me explicou que um dos pontos falhos é a
falta de asfaltamento entre a rodovia e uma parte da empresa, pois por ser de
responsabilidade do DNIT nada pode ser feito sem sua autorização.
Área de despolpadeira da Pomar |
Em
seguida fui em direção à parte industrial da empresa que teve seu funcionamento
inicial a partir de 2011 e durante a conversa Lúcia me explicou que na doação
do terreno, no governo do prefeito Bené Guedes, há uma cláusula que deque a empresa gerasse de 10 a 15 empregos, não se especificando se na matriz ou
filial e hoje a empresa conta com 16 funcionários na ativa e ainda um afastado
por questões de saúde, além de sua filha Gabriela Rodrigues que é a responsável
direta pela empresa na parte administrativa, sendo que cuida de todos os
setores de compra, produção e de toda área administrativa. Aproveitei e visitei a área de despolpamento das frutas, de empacotamento das polpas e conheci a Caldeira que é abastecida por madeira legalizada.
Envasadora de sucos |
Aréa da Caldeira |
Hoje
a empresa além de vender polpas de fruta, fabrica produz suco também em quatro
sabores e o seu maior produto em aceitação no momento é o de sabor
Guaraná. Conheci todos os setores de
produção de polpa e de produção do suco, sendo que nesta sexta apenas o setor
de produção de suco de guaraná estava em funcionamento, por questões
logísticas.
àrea de embalagem de polpas |
No
local pude ver que há três câmeras frias (uma para guarda de matéria prima, uma
para congelamento das polpas e outra para conservação das polpas após o
primeiro processo) e há uma área de expedição.
Na
conversa perguntei de onde são adquiridas as frutas que produz a polpa e os
sucos e a mesma me esclareceu que já esteve conversando com o pessoal da EMATER e espera estreitar os contatos visando estudar a possibilidade de juntos criarem um projeto incentivando a cultura da fruticultura na
cidade, sendo que o clima não favorece algumas frutas, mas acredita que na
cidade poderia se ter maracujá (que é o de maior aceitação e venda da empresa),
acerola e outros tipos de frutas que poderiam se adaptar a nossa região. Foi
esclarecido que muitos acreditam que basta plantar e revender, mas por questões
de normas técnicas há a necessidade de a empresa observar o Brix (é uma escala numérica que mede a
quantidade de sólidos solúveis em uma solução de sacarose. A escala Brix é
utilizada na indústria de alimentos para medir a quantidade aproximada de
açúcares em sucos de fruta, vinhos e na indústria de açúcar) e
há uma escala que ela tem que seguir, portanto através dessa medida não há se
acrescenta nenhum açúcar artificial na polpa ou no suco.
A empresa esclareceu quais são seus
fornecedores:
Acerola da cidade |
Acerola e Hortelã – são adquiridas de
Leopoldina
Abacaxi – parte comprada através de um
comerciante de Leopoldina que compra no CEASA JF, do sul de minas e Campos (RJ).
Mamão – através de um comerciante de Leopoldina
que compra no CEASA Juiz de Fora.
Maracujá – adquire de uma cooperativa de São
Francisco do Glória e quando não há produção negocia com fornecedores da Bahia.
Açaí – do Pará
Cacau – compra de uma cooperativa que já vem
despolpado
Graviola – de Cataguarino e região de
Cataguases
Morangos comprados da Cooperativa de Alfredo Vasconcelos |
Manga – região de Astolfo Dutra
Pêssego e Uva – uma cooperativa do Sul de Minas
e do Rio Grande do Sul
Morango – Alfredo Vasconcelos - Sul de Minas
Goiaba – região de Cataguases
Blueberry (Mirtilo) e framboesa de Venda Nova
do Imigrante (ES)
Há ainda fornecedores de fora de Amora e
Cupuaçu.
A mesma esclareceu que muitos acreditam que as
frutas tem que ser vistosas e deu o exemplo o maracujá todos imagina que o
importante é o tamanho, para a polpa o importante é o grau do brix, e às vezes a
uma casca muito grossa e por dentro pouca fruta e geralmente o que eles notam é
a qualidade interior. Disse que a média comprada é de 500 quilos de frutas,
pois é o que a produção consegue mexe com os atuais funcionários, que não
adiantaria compra um caminhão e não ter funcionários para fazer o trabalho e a
preocupação é ter tudo legalizado, tanto na área trabalhista como na área
governamental com vários certificados do meio ambiente e outros.
Balde de 20 litros de xarope de Guaraná venda para Varginha 500 baldes semanais são emtregues |
Quanto a sua venda perguntei se há um retorno
na cidade de Leopoldina e ela me disse “no nosso caso, santo de casa faz
milagres”, explicando que os pontos de vendas pequenos como lanchonetes,
padarias e outros compram um bom volume. Ao ser questionado por que nos
mercados não temos seus produtos ela disse que acredita ser por questões
fiscais, pois por ser do Simples não há interesse das redes e supermercados,
citando que já manteve contato com o Fonte Supermercados, Mercado Seminário e
Bahamas, mas não houve andamento nas negociações. Esclareceu que seu maior
ponto de venda é a lanchonete com os viajantes que passam por Leopoldina e há
ainda Supermercado Pioneiro e Levate de Muriaé, Lanchonete de Maripá de Minas,
atende ainda Além Paraíba, Cataguases, Varginha e Governador Valadares.
Refrescos produzidos com distribuição em Juiz de Fora,Manhuaçu, Governador Valadares, Muriaé e outras cidades |
Após a conversa a mesma me mostrou documentos
que provam o registro de seus funcionários e queria abrir até para mim o seu
faturamento, no qual disse que não era meu foco. Lúcia Arlete na conversa disse
que hoje a sua produção é toda escoada e tem a intenção de ampliar o negócio,
mas para isso precisaria aumentar o sua construção e que vive a realidade do
momento, focalizou a contratação de pessoal mais jovem dando a oportunidade de
primeiro emprego, que a rotatividade (exceto na lanchonete) é baixa e que há
funcionários que já saíram e retornaram a empresa. A mesma lamenta que várias
vezes já fossem motivo de críticas em programas de rádio, em denuncias aos órgãos
do meio ambiente e que sempre ao ser fiscalizado teve o aval e a comprovação de
seguir todas as normas legais para a sua área. Ressaltou que a empresa tem uma
estrutura sólida e que a administração de sua filha visa dar segurança ao
negócio e não há o risco no mercado, caminha passo a passo e que o seu
crescimento será gradativo e contínuo. Agradeceu a visita e tive a oportunidade
de esclarecer a mesma que em conversa com o Carlos Odilon (Kalon Morais) o
mesmo esclareceu que como homem da imprensa é cobrado constantemente pela
população sobre a cidade se transformar em a área rural voltada para a
fruticultura, conforme foi anunciado no governo de Bené Guedes e por isso citou
a POMAR que era um foco da época. Lúcia
Arlete explicou que a sua parte ela esta fazendo que seja gerar emprego e renda
e que não depende dela o cultivo das frutas na cidade e que quando há matéria
prima em Leopoldina ela dá preferência na compra. Aproveitou a oportunidade
para que transmitisse o convite ao Carlos para visitar e conhecer a empresa.
Disse que realmente fica chateada quando vê matérias como a que eu fiz falando
sobre a empresa, mas que eu ao contrário de outros que a criticaram não
procuraram a empresa para esclarecimentos. Ressaltou que a Lanchonete não é
para atrapalhar ninguém, mas como as grandes empresas têm é uma forma de venda
direta e que há espaço para todos no mercado e que está sempre pronta para
ajudar a Leopoldina no desenvolvimento da cidade e no engrandecimento do nome
de Leopoldina.
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