Nesta
sexta feira, dia 17, na Câmara Municipal de Leopoldina aconteceu um encontro
entre os representantes da ENERGISA MINAS GERAIS e os vereadores e a comunidade
em geral. A reunião teve seu inicio por volta das 18h30min horas e foi uma
oportunidade de conhecer um pouco sobre a empresa, tirar dúvidas e esclarecer
alguns pontos, que o vereador por ser representante do povo, precisa saber.
Na
reunião estiveram presentes o Vice Prefeito de Leopoldina, Marcinho Pimentel, Chefe do Departamento de Patrimônio Histórico,
Iago Xavier, Assessor de Comunicação da Prefeitura, Marcus Vinicius Pereira
Costa e os vereadores Darci Portela, Waldair Costa, Kélvia Raquel, Valdilúcio
Malaquias (Didi da Elétrica), Elvécio Barbosa e Jurandir Fófano (Didi
Piacatuba), Rogério Godelo (Presidente do PC do B), Neide Aparecida Rodrigues
Delfim e os funcionários da Câmara Luiz Celso Barbosa, Marcos Marinato, Arnaldo
Spindola e Emanuel Azevedo. Pela Energisa esteve presente Luciano Sérgio Lacerda
Lima, Gerente do DESC – Departamento de Serviços Comerciais, Fábio Lancelotti,
Gerente do DEOP – Departamento de Operações, Adauto Sérgio de Azevedo,
Coordenação de Relacionamento e Valdei Xavier de Oliveira, Supervisor Técnico
da Agência de Leopoldina.
O
evento começou com as informações da Energisa que hoje consta de 13 concessões,
sendo o sexto maior grupo do país, atendendo 6,4 milhões de unidades
consumidoras, 16 milhões de pessoas atendidas e tendo cerca de 12 mil
colaboradores diretos. Hoje a Energisa atendendo os estados de Minas Gerais, Sergipe,
Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Tocantins, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul com as seguintes empresas e denominações: Em Leopoldina numa
população acima de 53 mil há mais de 23 mil consumidores atendidos pela Energisa
MG. Foram apresentados os investimentos
feitos pela empresa na nossa região e os índices avaliados pela ANEEL e que a
empresa está construindo duas novas sedes em Cataguases, sendo que estará
gerando 400 novos empregos em várias áreas administrativas e há previsão de
inauguração entre julho e agosto.
A
seguir foram esclarecidos os números de atendimento, falta de energia e alguns
problemas que a empresa vivencia em nossa cidade. Durante a palestra foi dito
que a Energisa, apesar de não cuidar de poda de árvores está fazendo o corte de
forma preventiva quando há o risco junto à rede elétrica e que há uma parceria
entre a Energisa e Prefeitura de Leopoldina nesse sentido, quando do período de
podas a empresa faz o corte na parte mais alta e a prefeitura vem em seguida
com o corte ornamental e que neste período só os casos mais emergenciais são
realizados nesse sentido e que às vezes as pessoas pedem que haja um corte
maior e a empresa não faz e que todo serviço é acompanhado por uma pessoa da
empresa do setor de meio ambiente.
Fábio
Lancelotti explicou que a empresa está investindo em tecnologia, colocando
equipamentos de proteção na rede, o Religador que é um dispositivo utilizado em sistemas elétricos com a função de
protegê-los contra problemas transitórios. Religadores são geralmente aplicados
em linhas aéreas de transmissão e de distribuição de energia, buscando reduzir
o tempo de interrupção de fornecimento de energia nos casos de problemas não
permanentes. Um exemplo é quando um
pássaro pousar na fiação e encostar-se a outro o mesmo desliga e em 3 minutos
religa e se o pássaro não sair desliga de novo, isso acontece em caso de outros
problemas na rede elétrica. Religador é um dispositivo
utilizado em sistemas elétricos com a função de protegê-los contra problemas
transitórios. Religadores são geralmente aplicados em linhas aéreas de
transmissão e de distribuição de energia, buscando reduzir o tempo de
interrupção de fornecimento de energia nos casos de problemas não permanentes.
Há
a instalação de sensores na rede elétrica, quando há um problema uma luz fica
acessa proporcionando que a equipe de manutenção descubra o problema mais
rápido.
E
outros investimentos como o Linha Viva, onde os profissionais fazem a
manutenção sem desligar a rede, os caminhões geradores que podem substituir uma
rede temporariamente. Na realidade a Energisa está totalmente atualizada e foi
explicado que de sua central pode se desligar e ligar qualquer ponto de energia
do consumidor.
Foi
explicada a equipe de manutenção. O índice de atendimento e solução em média é
de 3 a 4 horas.
Os
vereadores perguntaram sobre a ampliação das redes de distribuição nos pontos
que faltam postes e iluminação pública, a empresa recebe o pedido do poder
executivo e há um projeto demonstrando o custo do serviço de levar a energia e
ainda, se necessário à instalação da iluminação pública. Sendo que a
implantação da iluminação sempre tem um custo, já na colocação de postes e
redes pode acontecer de ser gratuito se for encaixado no projeto
Universalização, depende do fator social e do alcance, isso acontece em
projetos sociais, quando é em loteamentos particulares tudo é cobrado.
Alguns
questionamentos sobre problemas locais:a
Postes de madeiras, inclinação,
oscilação e falta de energia
Elvécio
Barbosa citou que no Bairro Bela Vista há ruas com postes de madeiras e alguns
já com inclinação bem acentuada e constantemente há falta de energia e
oscilações na rede. Foi explicado que o poste de madeira pode ser utilizado
normalmente e que há um nível de inclinação aceitável e quanto ao fato da falta
de ou oscilação da energia, foi anotado a rua para se fizer uma verificação e
se dar um retorno ao vereador.
Problemas de fios caídos e falta de
energia
Darci
Portela mencionou o trecho que liga a BR 116 até o Clube Brasília, onde há
constantes falta de energia e fios caídos, não só de energia, como de internet,
telefones, foi esclarecido que isso pode ser devido a árvores frutíferas que
atingem a rede e tem que se avaliar a possibilidade de corte das mesmas, de
acordo com as normas do meio ambiente, se for o caso pode se podar.
Numero elevado de falta de energia
Marcinho
Pimentel disse que mora em uma residência no Bairro Três Cruzes e quando
mencionado que na média, no ano passado foram 10 horas no ano de falta de
energia na Energisa MG, o mesmo disse que na sua área foi muito mais e a
resposta é que tem que se verificar o porquê, pode ser problema na rede
localizado e que deverá ser feito um estudo neste caso também.
Manutenção e ampliação das redes de
iluminação pública
Kélvia
Raquel perguntou sobre a manutenção dos postes de iluminação e a falta da mesma
em alguns pontos, citando a rua de acesso ao Bairro Nova Cidade. Ai houve a
interferência do vice-prefeito, explicando que pode ser que a rua tenha sido
feita após o bairro ter sido inaugurado e o representante da Energisa mencionou
que tudo tem um custo e que há a necessidade de se fazer um projeto e pagar
pela instalação, no caso de Leopoldina há uma empresa contratada, em sistema de
consórcio, mas a ENERGISA também tem uma empresa que pode fazer o serviço, mas
ai tem que se ter a disponibilidade financeira da prefeitura para custear.
Prazo de corte após atraso de pagamento
de conta
Corte
de energia por falta de pagamento, há um projeto tramitando na câmara que visa
proibir o corte de energia, água e telefone nas vésperas de feriados e na
sexta, sábado ou domingo, devido a não ter como a pessoa pagar a conta nesta
data. O pessoal da Energisa esclareceu
que a política da empresa é não fazer corte após as doze horas na sexta e nem
na segunda pela manha, dando tempo para que a pessoa regularize a situação à
tarde, disse que o religamento pode ocorrer no sábado, há uma equipe para
isso. Perguntei qual é o prazo de atraso
para ocasionar o corte, o Luciano, disse boa pergunta, há o mito de que o corte
só é feito após o vencimento da segunda conta, mas isso não é verdade. Após o
atraso no pagamento a ENERGISA tem o prazo de até 15 dias após a notificação ao
consumidor avisando da possibilidade do corte, ou seja, se sua conta vence dia
01 e você não pagou, a empresa pode avisa-lo por escrito, sms, telefone no dia
02 e ai conta-se 15 dias, a partir do dia 17 poderá haver o corte. Ai depende
da demanda da equipe e foi perguntado se você consome mais o seu corte é mais
rápido, é claro que essa é uma política feita, não se justifica um grande
consumidor continuar com sua energia sendo fornecida, mesmo sem pagamento e não
ser cortado e um pequeno consumidor ser cortado imediatamente, mas tudo é
questão de logística. Foi esclarecido que não há interesse de corte de energia,
pois o produto que a ENERGISA vende é esse, mas há casos que tem que se tomar
tal decisão para evitar os calotes e o prejuízo na hora da avaliação da ANEEL,
nas suas avaliações.
Serviços em construções e corte de
eucalipto
Na
área rural e na cidade foi alertado sobre os trabalhos de pedreiros,
serralheiros e outros serviços, bem como o corte de eucalipto nas plantações
que podem causar acidentes graves ao se tocar nas redes de alta tensão, por
isso ao fazer tais serviços os profissionais e proprietários das casas e
plantações devem procurar a ENERGISA para solicitar orientações sobre segurança
neste sentido, os que pretendem plantar eucalipto devem procurar antes a
empresa visando ver como deve ser feito a mesma.
Adequação de faixas e valores na taxa de
iluminação pública
Durante
o encontro um fato chamou a atenção o assunto taxa de iluminação pública e foi
um assunto muito importante, pois foi explicado que a taxa não é para aqueles
que têm um poste em sua porta ou nas proximidades da sua casa e sim quer dizer
que abrange a todas as luminárias da cidade. E foi ressaltado que Leopoldina é
uma cidade que tem sérios problemas nesse sentido devido à arrecadação ser
deficitária.
No
caso de manutenção da rede há uma empresa que cuida desse atendimento, mas como
a arrecadação da taxa de iluminação não cobre sequer a despesa mensal, não há
recursos para contratar uma melhor estrutura por isso poderá acontecer de se
ter apenas uma equipe atendendo a esse serviço e a falta de recursos também
inviabiliza a ampliação, a melhoria na iluminação e uma queixa que todos nós
leopoldinenses temos o braço curto nos postes.
Foram
explicadas que em 2015, por determinação da ANEEL todos os componentes da
iluminação pública foram doados as prefeituras: lâmpadas, luminárias, reatos e braços
e suportes e a partir dai a responsabilidade passou para o município, podendo
ele terceirizar a manutenção, como aconteceu em Leopoldina através de um
consórcio.
Mas
a lei da taxa de iluminação publica de Leopoldina foi criada em 2002 e nestes
15 anos o valor foi se defasando e hoje há um déficit mensal entre o valor
gasto e o arrecadado, por exemplo, em Janeiro de 2017 o valor arrecadado com o
pagamento da taxa de iluminação ficou em R$ 120.616,74 e o valor gasto foi R$
145.716,04 de energia e mais a taxa de despesa de arrecadação, ou seja, a
cobrança para que a R$ 3097,80. A diferença no mês ficou em R$ 28.197,10 + um
débito que já vinha do ano anterior de R$ 15.165,41, o prejuízo no inicio do
mês de fevereiro da prefeitura Municipal de Leopoldina com a receita e despesa
da Taxa de Iluminação pública está em R$ 43.362,51 e a tendência é ir aumentando
mensalmente. O Luciano informou que Leopoldina é a cidade que tem o maior
problema nesses números e com isso faltam recursos para melhorar a iluminação
da cidade, como exemplo: troca de luz de led para economizar a energia gasta,
aumento dos braços dos postes para melhorar a iluminação, ampliação das redes
de iluminação pública em vários locais e até mesmo para contratar uma empresa
que tenha mais veículos, equipes para fazer a manutenção nas redes da cidade. O
representante da ENERGISA disse que hoje estão assim divididos os valores da
taxa de iluminação pública na cidade em termos de KW gastos mensal:
Foi
salientado que essas categorias foram criadas em 2002 e nunca foram refeitas e
que houve um aumento de iluminação pública na cidade, devido ao crescimento da
cidade e é necessário urgentemente se rever as faixas de consumo, bem como as
isenções e ainda os valores a serem pagos, foi esclarecido que a maior faixa de
consumidores de Leopoldina está entre os 100 e 200 kWh e que é uma medida
impopular, mas há que se esclarecer a população que se nada for feito o sistema
poderá sofrer grandes danos e assim a Prefeitura não terá como fazer a
manutenção, ampliar as redes e melhorar a iluminação geral da cidade. A
população tem que saber que o remédio é amargo, mas necessário para o seu
próprio bem, pois criticar a falta de luz, a deficiência do sistema é fácil, o difícil
é regularizar. E fazendo um calculo médio de prejuízo mensal de R$ 25.000,00
por mês no final do ano a prefeitura só para pagar a iluminação pública tem que
desviar de outras áreas R$ 300.000,00, sem contar o dinheiro para a manutenção
e ampliação que é gasto e que não há recursos. Os vereadores tem que ter a
consciência dessa situação e o executivo tem que rever a situação antes que
aconteça um colapso na iluminação pública da cidade. O pessoal da Energisa pode
fazer um estudo para distribuir de acordo com a realidade os kWh e os valores a
serem praticados.
Depois
dessa revisão tarifária de faixas e valores a prefeitura poderá investir na
melhoria para todos e mais uma vez foi ressaltado: iluminação pública não é se
ter um poste na frente de sua casa é sim todo o conjunto de luz que atende ao
município e isso que o povo tem que ser conscientizado. A Energisa reconhece
que hoje o país vive uma crise, que após aquela queda de 20% nas contas de
energia em 2014 e o aumento na nossa área de emergência de mais de 26% e a
criação das bandeiras para cobrir as despesas das termoelétricas a população
ficou assustada e até mesmo revoltada, mas foram medidas necessárias para cobrir
os rombos e os prejuízos de uma política feita sem estudos realistas.
Próximos encontros da ENERGISA e
projetos a serem incrementados
A
ENERGISA encerrou a reunião esclarecendo que há um projeto para que neste ano
um trabalho conjunto da empresa e as prefeituras façam a revisão da tarifa
social, que antes era calculada sobre o critério de gasto em kWh e agora é
feito pelo fator financeiro e que muitas pessoas perderam a tarifa social e não
sabem que tem direito e que para a ENERGISA é importante ajudar a população
nesse quesito, é necessário um trabalho conjunto empresa e área social para
agilizar e informar a população. A empresa ressaltou que como toda empresa,
visa ter um retorno em seus negócios, mas quer ser parceira da sociedade para a
melhoria em qualidade de vida e conforto para os mesmos. No final foi informado
que haverá uma reunião com os poderes executivos demonstrando números e trocas
de ideias, como esta sendo feito com os vereadores para demonstrar a realidade
de cada município que a ENERGISA atua. Lamentamos a falta de presença dos
demais vereadores que por certo terão que ajudar na equalização da taxa de
iluminação pública, que não deve ser levada como questão política e sim como
adequação aos dias atuais e espero que os próprios vereadores que tem mais
contato com o atual governo possam pedir que faça o projeto atualizando as
faixas e valores, já que o projeto tem que ser aprovado neste ano e só entrará
em vigor no ano que vem e que se possa fazer a conscientização da população, independente
de partido partidário, de lado político para que a população saiba que a medida
é necessária. Eu como o único representante da imprensa na reunião, com exceção
do Arnaldo que é assessor da Câmara e Radialista faço minha parte esclarecendo
os fatos.
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