Recentemente li uma crítica ao Programa Raul Gil do SBT dizendo que é um programa ultrapassado e que não tem como conquistar ao público. A crítica era no sentido que com o passar dos anos o Raul Gil continua o mesmo e sem novidades. Hoje, dia 30 de abril, resolvi ver o programa citado e sinceramente acho que estou ultrapassado, como o Raul Gil, vi a brincadeira do Banquinho, eu e as crianças, onde ouvi a Baby Consuelo cantar com uma criança duas músicas e a mesma ressaltou a beleza de ter crianças cantando. Sinceramente o Programa Raul Gil é para a família, com quadros antigos mas que trazem a simplicidade do nosso dia a dia. Sempre fui fã do mesmo pela seu modo de tratar a todos e de conduzir o seu horário e acho que a televisão tem uma arma poderosa para quem não gosta: o controle remoto. Pois a televisão tem que ter opções para todas as idades e a escolha é livre e há espaço para todos os tipos de programas e o Raul Gil acredito no pedaço que vi não utiliza de sensacionalismo para atrair o telespectador, o que está sendo comum na televisão atualmente. Portanto ao falar desse programa no meu espaço é porque aqui eu tenho um espaço aonde dou minha opinião sobre tudo e defendo no que acredito. Outro detalhe há boatos que o Raul Gil irá deixar o SBT para ir para a Rede TV ou outra emissora, mas em uma de suas intervenções na imprensa o Raul, se não estiver enganado, disse que quando estava achando que sua carreira havia terminado o Silvio Santos lhe deu espaço, em parceria, ou seja, o faturamento é dividido entre as partes e acho que isso é uma característica do SBT valorizar os mais antigos, vide a Praça com Carlos Alberto de Nóbrega, Moacir Franco e outros profissionais. Não acredito que o Raul Gil irá obter garantia de sucesso em outro canal, pode até no inicio despertar o interesse por ser novidade mas no final cairá como aconteceu com Hebe Camargo que num de seus deslizes, acho que por causa do seu representante, largou o SBT e foi para Rede TV e lá caiu no ostracismo e no final de sua vida, com a saúde debilitada, numa tentativa de dar lhe animo para reagir, Silvio Santos a recontratou para o canal, mesmo sabendo que a possibilidade de retorno era mínima, mas ela morreu feliz ao ter o reconhecimento e o retorno ao SBT. O mesmo caso posso citar o Cesár Filho que deixou o SBT quando estava no auge para ir para a Record, ele mesmo reconheceu que ficou dez anos afastado da televisão e estava esquecido que ao conversar com o Silvio Santos ele o deu apoio e a oportunidade de voltar a tela. Uma característica do Silvio Santos é reconhecer que não pode cobrir propostas maiores de algumas emissoras e ao ser procurado pelo seu contratado falando da mesma ele avalia e da o conselho para que arrisque e vá, foi assim com Gugu e César Filho. Só com uma diferença o GUGU deixou o Silvio quando o mesmo passava por uma crise do Banco Panamericano e quase teve que abrir mão do SBT e isso deixou mágoas na família Abravanel. Sei que o Jássa é o único amigo de Silvio pelo que se sabe e é o cara que literalmente faz a cabeça de Silvio, vide a contratação de Otávio Mesquita e outros, intermediada por ele. Enfim acho que o dinheiro é importante, mas por ser idealista e nunca coloca lo acima de tudo, defendo meu pensamento e por isso estou aonde estou um mero desempregado e um defensor que a tv tem que ter mais simplicidade e valorizar a família. Um abraço e até mais...
sábado, 30 de abril de 2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Carteira de Identidade na Câmara, pintura de quebra molas, praça Félix Martins ...
Há algum tempo não posto nada mas nos últimos dias a Câmara de Vereadores passou a ser responsável pela emissão de Carteiras de Identidade e as mesmas são emitidas a partir do meio dia, de segunda a sexta, sendo que as pessoas tem que pegar a senha ao meio dia e há pessoas que vão para lá as cinco horas da manhã, além daqueles que vende a marcação, segundo informações extra oficiais. Eu esta semana passei uma sugestão para o Presidente da Câmara em off para que fosse estudado uma melhoria, no meu ponto de vista, mas não sei se pode ser adaptado. Uma coisa boa é que a carteira fica pronta em dois dias mais ou menos e isso é um avanço. Em minha visita a Câmara conversei com Ivan Nogueira o por que não ser emitida pelo computador, como em São Paulo, e o mesmo me explicou que o Governo de Minas não tem esse programa e tudo tem que ser manual. Parabéns aos vereadores pela iniciativa e com certeza com o passar dos tempos as coisas irão se adaptar e os transtornos iniciais serão superados, se existirem.
Recentemente estive com o responsável pelo trânsito de Leopoldina, Geraldo Gervidantes, e solicitei pessoalmente ao mesmo que verificasse a pintura ou a colocação de placas indicativas de quebra molas na rua atrás do Campo do Bela Vista, pois lá há cerca de 3 quebra molas no calçamento novo e não há nenhum marcação. Como lá são realizados as provas do Detran fica complicado para os alunos. O mesmo disse que não tinha conhecimento da situação e que verificaria a possibilidade de solucionar tal questão. Antes já havia mandado um recado ao mesmo por um funcionário da prefeitura para ele e o setor de manutenção urbana, falando sobre os buracos no bairro Jardim Bela Vista, no qual todas as auto-escolas fazem o treinamento inicial para emissão de carteira de motorista. Os alunos tem que se preocupar em aprender a dirigir na prática e também com os buracos que estão nas pistas asfaltadas. Sei que por não ter uma fornecedora municipal de asfalto esse trabalho é mais difícil, mas fica ai a solicitação em nome dos alunos, no qual me incluo.
Recentemente no Jornal O Vigilante veio uma matéria sobre a reforma da Praça Félix Martins, que está sendo feito com recursos próprios da Prefeitura e parece que o trabalho será bem feito, pelo menos os canteiros altos foram rebaixados, o que já é um avanço, pois além da altura do mesmos havia umas plantas enormes o que dificultava a visualização de dia e principalmente a noite. A concha acústica parece que ficará boa e retornará ao que era há anos atrás com degraus de rebaixamento, como uma arena. De parabéns a prefeitura pela reforma que há muitos anos era solicitada pela população. Há alguns que reclamam que o dinheiro deveria ser usado em outros setores, mas é difícil agradar a todos. Vamos aguardar para ver como ficará ao final dos trabalhos.
Nesse período de recesso do blog, por motivos citados anteriormente, estive participando da solenidade de homenagem na Câmara de Vereadores de algumas pessoas, posso citar o meu ex colega de trabalho, Edson Mateus (BOB) que recebeu a medalha de honra ao mérito e houve outras pessoas da área da educação, como Eunice e duas professoras de Tebas e um fisioterapeuta que já atendeu na APAE. De parabéns aos homenageados e os autores das mesmas.
Recentemente fui convidado para uma conversa com um clube social da cidade, para quem sabe assumir a gerência do mesmo, não pude aceitar porque meus critérios no momento não tem como serem implantados e como eu dirigi durante 10 anos o SESI e mudei a sua concepção na cidade, apesar de alguns dos meus diretores me falarem que o SESI nunca representou nada na cidade, com isso sei o que deverá ser feito, as normas, estatutos, proibições e principalmente a equipe a ser formada. pois no SESI com todas as normas cumpridas perante a lei ainda tivemos um problema com funcionário e outra coisa lá era mais complicado ainda pois além de termos que seguir as normas da ACIL, tínhamos que cumprir o que estava em contrato cumprindo as normas do SESI estadual. Infelizmente a continuidade só não foi possível porque a ACIL não teve interesse em manter uma parceira em tocar o clube social, cujo na sua visão não faz parte de seus objetivos, mesmo sendo que 50 % ligadas ao comércio em geral e os demais na indústria local. Mas como são águas passadas, não movem moinho. Outra proposta que estou analisando é para ir para Santana de Cataguases conhecer e quem sabe participar de uma Rádio Comunitária. O convite foi feito por um amigo em comum da proprietária que reside em Cataguases, seria uma oportunidade de retorno ao rádio mesmo que não na cidade de Leopoldina e será um caso a pensar e como já mencionei em outras vezes, se por ventura eu arrumar um emprego em outra cidade e der certo mudarei de Leopoldina e não tenho o objetivo de permanecer na cidade, pois apesar de morar mais de 45 anos aqui me decepcionei muitas vezes com a cidade e acredito que não faço falta a cidade e já não tenho mais o que provar para a mesma.
Nesse período de recesso do blog, por motivos citados anteriormente, estive participando da solenidade de homenagem na Câmara de Vereadores de algumas pessoas, posso citar o meu ex colega de trabalho, Edson Mateus (BOB) que recebeu a medalha de honra ao mérito e houve outras pessoas da área da educação, como Eunice e duas professoras de Tebas e um fisioterapeuta que já atendeu na APAE. De parabéns aos homenageados e os autores das mesmas.
Recentemente fui convidado para uma conversa com um clube social da cidade, para quem sabe assumir a gerência do mesmo, não pude aceitar porque meus critérios no momento não tem como serem implantados e como eu dirigi durante 10 anos o SESI e mudei a sua concepção na cidade, apesar de alguns dos meus diretores me falarem que o SESI nunca representou nada na cidade, com isso sei o que deverá ser feito, as normas, estatutos, proibições e principalmente a equipe a ser formada. pois no SESI com todas as normas cumpridas perante a lei ainda tivemos um problema com funcionário e outra coisa lá era mais complicado ainda pois além de termos que seguir as normas da ACIL, tínhamos que cumprir o que estava em contrato cumprindo as normas do SESI estadual. Infelizmente a continuidade só não foi possível porque a ACIL não teve interesse em manter uma parceira em tocar o clube social, cujo na sua visão não faz parte de seus objetivos, mesmo sendo que 50 % ligadas ao comércio em geral e os demais na indústria local. Mas como são águas passadas, não movem moinho. Outra proposta que estou analisando é para ir para Santana de Cataguases conhecer e quem sabe participar de uma Rádio Comunitária. O convite foi feito por um amigo em comum da proprietária que reside em Cataguases, seria uma oportunidade de retorno ao rádio mesmo que não na cidade de Leopoldina e será um caso a pensar e como já mencionei em outras vezes, se por ventura eu arrumar um emprego em outra cidade e der certo mudarei de Leopoldina e não tenho o objetivo de permanecer na cidade, pois apesar de morar mais de 45 anos aqui me decepcionei muitas vezes com a cidade e acredito que não faço falta a cidade e já não tenho mais o que provar para a mesma.
Retorno do Blog... o por que?
Em fevereiro e inicio de março resolvi retirar o meu blog do ar por achar que não tenho o que acrescentar no dia a dia das pessoas e porque estou desempregado e como dizem a suas atitudes perante as redes sociais podem prejudicar em arrumar um outro emprego.
Mas depois de alguns dias repensei e decidi voltar. A realidade é que não podemos vender uma imagem apenas para agradar a alguns setores e acho que durante esses anos todos que estive aqui escrevendo, estive no rádio, na televisão e em outros locais sempre fui autentico e falei o que na minha visão é o correto. Não sou o dono da verdade e nem quero ser, apenas posto alguns comentários que agradam a alguns, desagradam outros, mas no final deixo minhas críticas e elogios e faço comentários do cotidiano e não mudarei.
Quanto ao fato de estar desempregado já estive em outra época por dez anos e nem por isso me isolei do mundo, é claro que naquela época eu tinha aparelhagem de filmagem e trabalhei com isso durante esse período, tendo inclusive pessoas fieis ao meu trabalho e minha esposa fazia doces para mantermos a família. Acredito que eram outros tempos e como já narrei em minhas historias de vida acho que aquele momento era o que eu tinha que passar pois fiquei ao lado dos tios de meus pais, meus avós Chiquinho e Carmosa e os acompanhei até os últimos suspiros. Muitas histórias, dificuldades que aqui narrei nem a família sabia, pois nunca fui de reclamar ou falar que estava passando por esse ou aquele momento.
Hoje é diferente, sou bacharel em Administração e mais uma vez fiquei desempregado e não sei o meu futuro, devido a crise que o país passa e ao meu temperamento. Sei que muitos me conhecem e alguns aprovam minhas atitudes, outros não, alguns acham que sou problemáticos outros autêntico e a vida continua, mas com maior dificuldades pois para quem tem o ensino superior fica aquela incógnita, será que aceita qualquer serviço, não podemos desvaloriza -lo, mas sinceramente nunca pensei em padrão de vida, nunca pensei em ser chefe, gerente, sempre subi nos locais que passei pelo meu trabalho e hoje acho que ser chefe de algum setor é muito pior, pois o ser humano está cada vez mais difícil de trabalhar, alguns por incompetência, outros porque acham que trabalho é um fardo e não aceitam cobranças, mesmo que sejam para melhorar.
Estou a procura de novo emprego, fico triste porque sai do mercado por estar cumprindo o meu dever, peguei uma instituição que vinha desmoralizada na comunidade e financeiramente, onde a mantenedora investia em 2005 oitenta e nove mil anuais para fazer funcionar além da verba que recebia anualmente que era bem maior que a de hoje e durante 10 anos fiz a mesma funcionar sem precisar do dinheiro da mantenedora e fiz dar lucro em alguns momentos. Mas como um colega meu há 5 anos atras, mais ou menos, o Edson Mateus em uma conversa me disse: "Marcus como estamos dando resultado e em Leopoldina isso é sinal de problema, prepare-se irão logo, logo acabar com o trabalho, pois não podemos aparecer mais que os nossos patrões". Dito e feito a situação se concretizou em 2015 e apesar de alguns não admitirem houve sim o tal preconceito e o fechamento, lembro o único SESI da região que fechou, apesar de haverem alternativas para mante-lo, mas o presidente da ACIL, foi voto vencido na reunião e não quis correr o risco também.
Mas a vida continua. O blog esta de volta e a luta vai continuar, vou tentar me manifestar o menos possível em termos de críticas, pois estamos num período pré eleitoral e poderão dizer que estou desse ou daquele lado. Em tempo fui convidado para ser um dos coordenadores da campanha eleitoral de um candidato e não aceitei no primeiro momento, pois sempre quando abraço uma causa vou até o fim e geralmente sempre fui traído por quem apoiei politicamente.
Sejam bem vindos e para que eu possa ter retorno e ver se acrescento algo gostaria que mandasse comentários, notícias, esse é um espaço aberto a todos.
Essa é sua história... Volta ao desemprego...parte 16
Nesta sexta-feira, dia 04 de março, a vida dá uma reviravolta
e como muitos dizem é hora de jogar o passado no lixo e recomeçar e concordo em
parte, mas o passado nos serve de experiência e as vezes de um alicerce para o
futuro. Quem leu minha história já conhece um pouco de mim, alguns dizem que me
expus demais, outros elogiaram pois passaram a me conhecer melhor. É claro que
o que escrevi é a minha visão da minha vida, pode ser que outras pessoas tenham
uma visão diferente, principalmente aqueles que conviveram comigo.
Na realidade quando escrevo apenas coloco no papel o que
sinto no coração, realmente nunca tive a intenção de angariar simpatia ou pena,
sempre foi assim nos meus programas de rádio. Como já disse algumas vezes
apenas uma pessoa durante meus 48 ou quase 49 anos de idade, ao qual não
consigo mais perdoar e conviver. Não se trata de rancor, trata-se de saber que
a pessoa a qual me refiro não consegue se redimir e principalmente, conversando
com um amigo ele disse: “essa pessoa não gosta nem de si mesmo” e acho que é
verdade, pois será que quando deita no seu travesseiro não imagina quantas
pessoas magoou, quantas pessoas desiludiu e enfim que o dinheiro que adquiriu
não significa nada.
Hoje ao encerrar uma fase posso dizer que os dez anos que
passei trabalhando foi um período de mais conquistas que derrotas. A verdade é
que as coisas boas passam tão depressa que as vezes até esquecemos, os coisas
ruins deixam cicatrizes e mágoas que nem sempre conseguimos esquecer.
Nesses meus anos pude observar que a vida é feita de altos e
baixos e temos que saber conviver com esses momentos, pois quando estamos por
cima há pessoas te puxam o saco, aproveitam de você e na realidade aqueles que
te procuram nesse momento podem ser chamados de colegas, já na hora que estamos
em baixa as pessoas te ignoram, as vezes fingem nem te conhecer, algumas até
tem medo de você precisar de algo e para evitar que você peça simplesmente cortam
a “amizade”, os que permaneceram esses sim devem ser considerados amigos e são
raros.
Eu que já vivi esses dois degraus e hoje estou afastado de
tudo posso afirmar que sei que daqui para adiante entro na fase de reconhecer
os “amigos” verdadeiros, pois colegas são colegas de escola, trabalho, de bar,
de papo e amigos são aqueles que só aparecem nesses momentos de dificuldade.
Essa semana apesar de ter um rompimento na fase que vivia
tive três momentos felizes que posso narrar aqui sem citar nomes: quando uma
mãe de um aluno me abordou falando sobre a mudança de seu filho e a tristeza
pelo fechamento do SESI, outro momento é quando um ex funcionário vira para
você e fala: “ esse foi o meu primeiro emprego e só tenho a te agradecer, não
tenho nada a reclamar só a agradecer” e o terceiro é quando um jovem escreve
que só não foi para o mal caminho porque ouviu meus conselhos e de minha
esposa, pois quando mais novo acreditava que o importante era conseguir
dinheiro fácil, mas de maneira errada, e segundo suas próprias palavras: “Quando eu mesmo já não acreditava e se daqui pra frente eu
vencer na vida .... Não foi sozinho .. Pois vcs estavam comigo a todo o tempo
por conta do q me ensinaram e da força q me deram valeu mesmo. ”, isso as vezes
vale mais do que qualquer coisa, o reconhecimento.
Durante dez
anos eu convivi com todos os tipos de pessoas e passaram muitos funcionários,
associados, alunos na minha vida e por certo acredito que de todos 5 pessoas
guardaram mágoas comigo, ou romperam a amizade comigo, mas o número de pessoas
que se tornaram colegas foi muito maior. Tenho o orgulho de ter dado
oportunidade a várias pessoas que nunca tinham trabalhado, a pessoas que
estavam passando por momentos de envolvimento com drogas e me pediram ajuda dei
e ele deu a volta por cima e se tornou um esposo e uma pessoa melhor e retornou
para me agradecer. Há também aquele que dei a chance de retornar ao trabalho,
mesmo aposentado, e ao invés de agradecer procurou colegas de trabalho para
falar mal de mim, dizendo que sou um péssimo administrador. Mas a vida é assim
as pessoas confundem que quando administramos algo, principalmente que não é
nosso temos que tomar decisões que nem sempre concordamos, mas temos que
cumprir a lei, as normas e se nestes dez anos eu prejudiquei alguém,
sinceramente foi sem querer, apenas fiz o que tinha que ser feito naquele
determinado momento, pois ser administrador é ser capaz de tomar decisões e
segurar as consequências.
Ao final
nos dez anos tiveram pessoas que marcaram nossa jornada e se não permanecer a
amizade, fica a lembrança de ter o prazer de trabalhar com ele. Não vou citar
nomes, mas se você lê essa história por certo saberá em que escala se encaixa.
A vida
continua e como diz um amigo psicólogo que estou visitando: “ temos que saber
nos livrar do passado, acreditar em si mesmo, ter auto estima, romper com o
passado e acima de tudo pensar primeiro em nós mesmos, pois só assim poderei
ser feliz. Ele que me falou: somos descartáveis perante os outros, mas temos
que ter a consciência de nossa própria força e não nos abater”.
Essa é sua vida.... um pouco do período do SESI..parte 15
Hoje resolvi falar um pouco do período do SESI, conforme já mencionei
fui indicado pelo Carlos Heleno Torres de Almeida e convidado pelo presidente
da ACIL, Rodolpho Lannes Rosa para assumir em 10 de janeiro de 2006 a unidade
SESI Leopoldina. Naquela oportunidade uma semana antes havia assumido o cargo
de auxiliar administrativa a Valéria Lacerda e nós dois entramos completamente
no escuro, primeiro porque não haviam informações do passado do mesmo nem
documental e nem nos computadores e segundo porque éramos dois novatos num
mundo totalmente contrário ao que fazíamos. Graças a ajuda do Gerente Regional
da época do SESI, Miguel, é que conseguimos reerguer o nome da unidade. Em
conversa com ele o mesmo me confidenciou que demoraria uns 4 a 5 anos para
reerguer a unidade, mas como eu tinha um bom acesso a alguns setores, a
imprensa e um bom relacionamento em geral em um ano na auditoria feita já havia
sido constatado uma melhoria tanto na parte organizacional, como no nome SESI.
No ano de 2006 fiquei três meses conhecendo os funcionários
e o que acontecia na unidade, aí fui a Muriaé fazer um curso de cuidados da
piscina e em março a unidade se tornou independente da matriz da ACIL, sendo
tudo resolvido nela própria desde o pagamento ao registro de novos associados,
sempre seguindo os critérios do SISTEMA SESI conforme mandava o contrato de
parceria.
Uma curiosidade que só depois de alguns anos eu fiquei
sabendo foi que com uma semana de SESI tive que me ausentar pois minha filha
foi fazer uma cirurgia cardíaca em São Paulo e com quinze dias chegou um senhor
na unidade para vistoriar a escola de Esportes, seria o Rui Malta, ele chegou a
noite e veio me pedindo informações como quantidade de alunos, quantidade de
professores, como era utilizado os manuais e tudo que se relacionava ao esporte
na unidade e eu quase sem dados nenhum falava com ele sem muita propriedade do
assunto e informava que estava tomando pé da situação e não havia dados
anteriores e que seria bom ele me repassar algumas informações. Depois de
algumas visitas a unidade o Rui me confidenciou que ele havia sido contratado
naqueles dias e estava no Espírito Santo quando mandaram ele vir a Leopoldina
vistoriar a unidade e ele também não conhecia muito bem o assunto Escola de
Esportes, ou seja, os dois um tentando passar algo para o outro e os dois se
auto enganando, demos muita risada sobre esse fato na ocasião. Mas conforme
falei com o gerente Regional Miguel pude aprender e reestruturar a unidade e o
Rodolpho que tem um lado muito humano só me fez uma recomendação não mande
ninguém embora, de uma chance a todos de mostrarem seus serviços. Durante esse
período recebi por várias vezes a visita da área técnica esportiva do SESI,
Rui, Daniela e João Paulo que vinham vistoriar a unidade, que tinha que ter os
profissionais com o perfil avaliado e de acordo com as exigências do SESI,
neste ponto que veio a demissão da sobrinha do Bené Guedes, que foi uma
solicitação de desligamento por parte de uma vistoria. Durante um bom tempo
fiquei com Edson Bob que virou meu coordenador, Marcelo (Marcelinho) e a Sheila
Iglesias, sendo que o Bob cuidava do Vôlei e Basquete, Marcelinho da natação e
futsal e a Sheila da Hidroginástica, foram tempos áureos, uma equipe redondinha
como podíamos dizer, pois tudo caminhava com tranquilidade e um diferencial dos
três profissionais na época gostavam do que faziam e vestiam a camisa, tinha
empolgação e disposição para fazer a escola crescer. Mas o Marcelo veio a
passar nas primeiras etapas do concurso de Bombeiros de Minas Gerais e pediu
para sair e a Sheila por estar com problemas no CREF teve que se desligar na época,
ai passaram outros profissionais que não me recordo a ordem mas Gisely, Joel,
Fabiana, Renata Gonçalves, Paulo Maximiano, Raphael Zangirolani e Felipe Senra,
não sei se esqueci de alguém, pois faz 10 anos é muita gente, todos de uma
forma ou outra ajudaram a construir a escola de Esportes SESI que chegou em um
ano de 240 alunos e acho que todos os profissionais cumpriram seus papéis e
dois tive realmente que mandar embora devido a avaliação dos profissionais do
SESI. Em 2008 a 2010 nós tivemos lá uma equipe que era o pré cefet comandada
pela professora Valéria Benatti e que foi um show de bola também, pois o índice
de aprovação foi muito grande e o CEFET mesmo nos indicava para os alunos que
desejavam entrar na unidade de Leopoldina, sem contar os concursos da polícia
civil, os resultados nos vestibulares, era uma equipe de profissionais nota 10,
não vou me recordar de todas as professoras então fica meu agradecimento a toda
em nome da Valéria que coordenou o mesmo e que me ajudou financeiramente nos
primeiros anos do SESI. Na área da beleza tivemos a Natali de Cataguases, a
Cláudia e a Izabella que formaram muitos profissionais na área de cabeleireiro
e em 2010 foi a pronatec em parceria com a prefeitura, graças novamente a
Valéria Benatti, tivemos os cursos de maquiagem, artesanato, corte costura,
administrativo, cabeleireiro, manicure com excelentes profissionais
também. Como tinha um programa aos
domingos nos dias V (dia do Voluntariado que acontecia aos domingos,
inicialmente em dezembro e depois em agosto, várias foram as transmissões do
SESI ao vivo com a ajuda e participação do Bruno Farinazo e outros companheiros
de rádio. Na realidade o SESI foi crescendo e apesar do movimento ter caído nos
últimos anos, os associados foram mantidos, pois muitos pagavam para poder
utilizar no verão e a seleção natural de associados acontecia naturalmente,
pois quando o ambiente melhora quem não se adapta sai. Não vou falar que foram
só vitórias, durante 7 anos consecutivos alguns associados cerca de 30 fizeram
abaixo assinados para me tirar do SESI, outros para retirar minha esposa que
mantinha o Bar e alguns até chegaram a ir em casa de presidentes para fazer
queixas sobre minha pessoa, mas no final não dava certo, pois a regra minha era
para todos e dentro das possibilidades do clube atendíamos a contento a todos
sem discriminação. Até brinco com um dos
ex associados: tanto vocês quiseram me tirar, que o último abaixo assinado até
motoboy para pegar assinatura em casa de associados eles pagaram e teve 39
assinaturas o que não representava 1 por cento dos associados, agora o SESI
fechou e eu sai e levei vocês todos juntos.
Como em todos os locais sempre criamos alguns ex colegas que
ficaram com raiva no meu caso acho que três apenas que me lembro, os demais não
guardaram mágoas e nem ficaram de nariz torcido, houve até alguns que quando
sofri um processo na justiça trabalhista por danos morais me procuraram
espontaneamente para serem minhas testemunhas de defesa e eu ganhei neste item,
se houve condenação por algo já não me cabia a culpa pois não era de minha área
de conhecimento na época. Uma ressalva alguns até hoje me agradecem por ter dado a chance a alguns que tinham perseguição política, envolvimento em drogas e há aqueles que nunca havia tido sequer a carteira assinada e lá foi o primeiro emprego.
Bem como nesses 10 anos tive quatro diretores: Rosenberg,
Carlos Heleno, Almir Bártoli e Vinicios e sempre me dei bem com todos, alguns
diretores da Acil sei que não concordavam com algumas de minhas atitudes e
achavam que eu aparecia mais que eles. Em uma ocasião chegaram a prever a minha
saída e houve a intervenção do SESI para evitar isso, mais precisamente no
final de 2009. Hoje que estou fora vejo a estrutura do SESI e reconheço que
apesar de ser pequeno atendia a todas as áreas do associado e com qualidade,
defeitos e problemas temos em todos os locais e lugares, ninguém consegue
agradar a todos.
Hoje ao encerrar esse ciclo fico feliz que aqueles que mais
convivi em âmbito estadual como o pessoal da GLE, Rui, Daniela, Igor Renato e
João Paulo (que hoje é o gerente da área de esportes do SESI) se tornaram
amigos ou sempre estiveram prontos para me ajudar, orientar e os gerentes
regionais como o Miguel, Bara, José Eduardo, José Alexandre e Marcelo (esse
muito pouco contato e num momento conturbado de fechamento de unidades) sempre
me dei bem. Fico triste que o ciclo fechou não por minha vontade e nem por
minha desistência, há coisas que estão acima de nossas forças e nossas
capacidades e como eu disse há aqueles que sempre queriam a devolução do SESI,
mesmo nestes dez anos em que a ACIL não teve que colocar nenhum dinheiro na
unidade, pois em uma associação há a votação e a maioria na hora é que vence,
sei que o atual presidente Cláudio Moura votou para a continuidade mas foi
derrotado pela maioria e por isso optou por não continuar a tocar a unidade
como se fosse um clube local.
Hoje sei que poderíamos ter feito muito mais, que poderia
ter crescido muito mais, em 2010 nossa participação era de 85 % de renda
própria e 15% de recursos do Sistema SESI, mas por decisões superiores acharam
que deveriam mudar e o SESI passou um período crítico e se recuperou com a
parceria SESI, ACIL e Prefeitura com o Pronatec e pagou suas dívidas com a
matriz e retornou a viver com as próprias pernas. Acho que fiz o meu melhor,
naquele momento e graças a experiência adquirida nos empregos anteriores e
atual e com o incentivo do Gerente Regional da época, José Antônio Bara, fiz
meu curso de Administração onde aprendi a teoria o que fazia na prática.
Quanto aos colegas do sistema tive quatro: Valéria Lacerda,
Maxsiley Moreira, Janaina e Júnior e acho que dentro das possibilidades
formamos uma boa parceria e se fiz algo que os incomodou ou que julgaram errado
no momento, não ficou sequelas por minha parte e a maioria se tornaram e
continuaram meus amigos. E os funcionários, acho interessante, alguns antes do
SESI fechar retornaram para rever os companheiros de trabalho demonstrando que
apesar de saírem não desligaram o vínculo afetivo e sei que aqueles que pude
ajudar, ajudei dentro de minhas possibilidades e se magoei algum por certo são
ossos do ofício pois comandar uma equipe gera problemas e as vezes temos que
tirar alguém para não desandar a equipe toda.
Enfim o SESI foi um aprendizado e acima de tudo um momento
de alegria em poder trabalhar com as indústrias, os alunos e parceiros e fazer
o lado social fluir no meu coração e em alguns da minha equipe. Sinto apenas
que ficará na saudade, pois a vida passa, as oportunidades passam e a
recordações ficam.
Esta é sua vida....período da faculdade...parte 14
Você
já pensou em como é retornar a uma sala de aula após 24 anos, enfrentando os
desafios da diferença de estudos da época, da escola pública para a particular
e conviver com uma geração que poderia ser seus filhos, pois é isso foi a minha
faculdade.
Em
2011 resolvi fazer uma faculdade e fiz o vestibular e fiquei em sexto na classificação
e comecei a estudar nas Faculdades Doctum, no inicio como sempre eram vários
alunos no final foi afunilando e poucos terminaram. Mas neste período tive
professores com menos idade que eu, tive colegas de infância que foram meus
professores e até ex-patrões. Foram quatro anos de sacrifício, pois quando
comuniquei aos meus superiores a minha intenção de fazer faculdade à resposta
que ouvi foi a seguinte: ”Terá que fazer algum bico para pagar” e outro “Não
sei para que?”, mas um dos fatores motivacionais foi o meu gerente regional do SESI
na época o Bara Miguel que sempre disse estude, melhore, cresça e quem sabe no
futuro terá outras chances. Eu tinha a prática e faltava a teoria.
No
inicio demorei um pouco para me adaptar, mas no primeiro período um colega na
hora da seleção de representante de turma me pediu que se eu fosse indicado não
aceitasse, pois ele tinha o sonho de ser representante de turma e assim o fiz,
sendo que me colocaram como vice. Em todas as reuniões com o nosso excelente
coordenador Sandro Foi o representante faltava e eu ia, e o Sandro com sua
experiência me dizia “você será o representante, pois esse aluno irá desistir
do curso” e não deu outra, assim aconteceu.
Como
representante sempre procurei conversar com os colegas na hora de resolver as
coisas, nunca dei minha opinião sem ouvi lós antes. No segundo período tivemos
problemas com um dos professores e recorri ao Sandro e resolvemos não criar
tumulto e levar a situação numa boa, em outros períodos tivemos problemas com
outros professores que os alunos tinham dificuldades de aprender, como
estatística, fez uma reunião eu, uma aluna, o coordenador e o professor para
tentarmos amenizar, eu tirei do you toque matérias e gravei em cd e passei para
os alunos para ajudar e no final quase todo passaram nesta matéria.
Há
pouco tempo uma colega de trabalho me perguntou “Marcus você não foi motivo de
chacota de alguns colegas, de discriminação por causa da sua diferença de idade”,
ai pensou e respondeu que na maioria não, é claro que havia alunos que em não
tinha tanto contato e houve alguns momentos críticos quando o professor Sandro
fazia alguns debates sobre a função de alguns setores inclusive associações e
eu dava minha opinião e o meu vice-presidente tomava conhecimento e me chamava à
atenção sobre as minhas opiniões em sala que entravam em choque com o meu
serviço e para evitar problemas tive que conversar com o professor e falar que
não poderia participar de alguns debates para não sofrer punição no serviço.
Outro colega sempre me gozou na sala de aula, remendando minha risada, jogando
piadinhas de mau gosto, mas isso é coisa de filhos de papaizinho e no final do
curso ele estava tão queimado com todos que um dos poucos que lhe dava atenção
era eu. Na faculdade como representante
tive uma briga feia com o diretor, a gerente e a coordenadora e fiz reclamação
como eu disse na época em todo o chiqueiro, pois a Doctum é da família Leitão e
foi preciso vir uma diretora da regional de Juiz de Fora para conversar comigo
e consegui 20% de desconto para todos os alunos que não tinham desconto até o final
do curso. Com a coordenadora tive atritos, mas sempre a respeitei dentro de
sala de aula, tínhamos opiniões diferentes e acho até que muitas vezes ela
interpretava errado o que falávamos e por insegurança sentia-se ameaçada por
nós. Após minha briga com a diretoria da doctum resolvi largar a representação
da turma para evitar algum transtorno com a faculdade.
Hoje
já se passou dois anos do fim do curso e um ano da formatura, realmente o que
digo amigos de escola, de trabalho, de bares são passageiros e poucos eu tenho
contato, mas fiz alguns que por certo serão sempre lembrados, pois vira e mexe
estamos trocando zap, encontrando na rua ou nos esbarrando pela vida. A
Faculdade realmente foi uma conquista pessoal, mesmo que do lado profissional
não representou nada para o meu trabalho, ainda brinco pelo menos se for preso
posso ter cela especial por curso superior. Mas aprendi na teoria o que fazia
na prática e aliado aos conhecimentos adquiridos nos 10 anos do SESI nos cursos
e treinamentos que participei foi muito bom para mim.
Guardo
esses quatro anos como um rejuvenescimento, pois acho que passei experiência
para alguns e aprendi a conviver com a nova geração, a mesma que convivia na
época do SESI na escola de esportes. Os
professores deixaram suas marcas e a todos só tenho a agradecer e passado esses
anos não guardei mágoa de ninguém e nem ressentimentos dessa época, só mesmo a
alegria de ter aprendido algo e conquistado um 100 na monografia e um diploma
que me qualificou como administrador.
Não
vou citar nomes, mas muitos dos colegas estarão sempre no meu coração, na minha
lembrança e na minha saudade.
Esta é sua vida... um desabafo dos momentos difíceis e das traições sofridas.. parte 13
Depois
da morte de meus avós ainda fiquei dois anos desempregado e em 2004 ao
participar do programa Fala Garoto do Amauri dos Santos o mesmo sempre me
falava sobre política e achava que eu não tinha medo de me expor, em um de seus
programas ele me perguntou entre as três chapas a candidatura a prefeito quem
eu achava que era a melhor opção:
Zé
Roberto, Iolanda e Bené Guedes disputavam e eu disse mesmo brigado com o Bené
que achava que por ele ter sido deputado algumas vezes terei um trânsito melhor
nas esferas estaduais e federais e seria a meu ver a melhor opção. A informação
chegou ao conhecimento do então candidato que pediu que o Zé Américo me ligasse
e falasse que o Bené gostaria de conversar comigo, respondi de imediato, ele
sabe meu telefone e não recebo recados. Nisso Bené Guedes me ligou e me pediu
desculpas, agradeceu pelas palavras e me mandou buscar em casa e me fez uma
oferta, me contratou para ser o cinegrafista de sua campanha. Durante alguns
meses eu fiquei filmando até que um dia perguntei ao mesmo “vai ter telão em
sua campanha ou você só me contratou para me agradar” e ele respondeu que não
haveria telão na campanha ai então entreguei o serviço e ele me pediu para
cuidar da parte financeira da campanha o que fiz até meados de setembro, tendo
como coordenador o José Newton, como já estava brigado com o José Roberto que
havia me atacado em praça pública quando da inauguração da farmácia popular
mandando eu e o Luiz Carlos Montenári tomar gadernal, coloquei o numero 45 na
minha casa e abracei a campanha. Em setembro após não concordar com alguns
fatos na parte financeira comuniquei ao candidato Bené que me retirou da parte
financeira e me passou para a área de propaganda em rádio junto ao Julio César.
Neste período o candidato Zé Roberto estava com a candidatura sob impedimento
da justiça eleitoral e o Bené ganhou durante alguns meses antes da posse e sua
casa virou um ponto de visita, os adversários, os puxam sacos e aqueles que
sempre são os amigos na hora da vitória não saiam de lá. Neste intervalo o
Bené, juntamente com Carlos Heleno e Márcio de Castro me procurou e me pediram
se podia fechar as contas de campanha do Bené. E contrataram dois contadores
para me ajudar e ficou acertada que o Bené me pagaria pelos serviços a parte.
Fechamos as contas os dois contadores quiseram me pagar pela ajuda, como eles
disseram você praticamente fez tudo, eu disse que não que o pagamento seria
feito pelo Bené conforme o combinado. Neste meio tempo o Zé Roberto conseguiu
derrubar o impedimento e foi eleito prefeito, você já viu um barco afundando e
todos pulando fora do mesmo, foi exatamente o que aconteceu com o Bené Guedes,
seus “amigos” sumiram todos, ficando somente eu, Marcio de Castro e Carlos
Heleno até o fim com ele e algumas exceções, mas lembro-me da figura do Bené
abatida na sua área de lazer, de pijama e me convidando para almoçar com ele,
já que as visitas eram raras e os puxam sacos, como é normal pularam de lado e
estavam agora atrás do Zé Roberto, e eu agradeci disse que estava ali apenas
para cumprir minha obrigação fechar suas contas. Passou essa fase e o eu
pagamento caiu no esquecimento. E continuei minha vida de luta para sobreviver,
em 2005 descobri que minha filha que tinha um problema de nascença do coração
uma válvula a menos e uma comunicação entre os dois lados do coração tinha
aparecido um furo no coração e que precisaria ser operada o mais rápido
possível, como tinha Unimed comecei a correr atrás para saber aonde opera la,
neste meio tempo pedi ao Bené se poderia me emprestar o seu apartamento em BH
para procurar alguns especialistas e a resposta nunca veio. Depois de exames em
juiz de Fora e a ida a São Paulo em outros especialistas resolvemos que teria
que ser operada e depois de muita luta para autorização a operação foi marcada.
No final de 2005 as vésperas do natal o Carlos Heleno me procura e me leva até
o Rodolpho Lannes Rosa que assumiria a Associação Comercial em 2006 e me
oferece para ser o gerente do SESI, o Carlos Heleno havia me indicado depois de
ver o meu trabalho junto à campanha do Bené.
Assumi o SESI em 11 de janeiro de 2006, após consultar aos meus professores
Getulio Subirá e Gilberto se teria capacidade para tal, afinal são onze anos de
afastamento de um serviço e eles garantiram que daria certo pela minha
experiência junto a Praça de Esportes. Hoje me lembro de que a minha situação
era tão crítica que para ir trabalhar comprei cinco camisas de malha para poder
ir trabalhar, pois não tinha roupas para sair e estava realmente na penúria.
Após três meses de investigação para ver os erros do SESI fiz um relatório que
chocou a diretoria da época, o então Cláudio Moura que deixava a presidência,
lembro que o Carlos Heleno me pediu até que maneirasse no relatório, pois eram
coisas graves e poderia ofender ao ex-presidente, mas disse que ele não tinha
culpa apenas confiou em quem estava lá e que não ia ao clube. Lembro que
encontrei um SESI sem nenhum documento todos os relatórios sumiram, o
computador foi apagado e comecei do zero, a partir de março por decisão do
Rodolpho o SESI se tornou independente da matriz da ACIL sendo todas as
decisões tomadas nele próprio com o gerente de esportes da época que era o
Rosemberg que depois teve que sair por motivos de doença na família e o Carlos
Heleno assumiu o posto. Uma semana após assumir minha filha teve a cirurgia
marcada para dia 16 de janeiro e o Rodopho me liberou para ir acompanhar a
operação que graças a Deus correu tudo bem. Quando retornei na inauguração do
IML em Leopoldina encontro com o Bené é ele me fala: fiquei sabendo que sua
filha operou está precisando de alguma coisa e de cara respondi: na hora que
precisei você não me ajudou agora não preciso de nada. 2006 foi um ano de
vitórias com o emprego e com a operação bem sucedida de minha filha e um ano de
perda, pois perdi o meu anjo da guarda a Laura minha madrinha de casamento que
faleceu no dia 15 de janeiro e eu não fiquei sabendo só quando estava em São
Paulo acompanhando minha filha na sua cirurgia. Depois disso assumi o SESI
durante esses dez ano teve que tomar atitudes que estavam previstas no contrato
de parceria entre ACIL e SESI e uma delas foi o desligamento de uma
profissional de esportes, após uma avaliação da Daniela Antonini, que justamente
era sobrinha do Bené Guedes e o mesmo contrariado marcou uma reunião com o meu
presidente da ACIL para ter explicações, achando que eu estava perseguindo a mesma,
Rodolpho que considero um dos melhores presidentes que convivi na ACIL me
buscou no SESI e falou leva os documentos que você vai explicar ao Bené o que
aconteceu. Chegando ao terceiro andar do prédio da ACIL La estava Bené e Carlos
Heleno, Rodolpho chegou e disse: ”Bené deixo você com o Marcus Vinicius para te
dar explicação, ele é meu homem de confiança e o que ele falar eu estou ciente
e confio” e saiu da sala. Demonstrei o relatório da Daniela e o porquê da
demissão da funcionária e ele me pediu desculpas dizendo que não sabia de tais
fatos. Depois disso a tal funcionária procurou o Antonio Muzzi que era o
Gerente de Esportes do SESI no estado para reclamar de mim e o gerente regional
da época Miguel me ligou e perguntou se eu não havia desligado a tal
profissional e caso não tivesse era para ser desligada imediatamente, só que já
havia o feito. Não satisfeito o Bené marcou uma reunião com o presidente da
FIEMG, Robson Andrade, e o gerente regional me ligou perguntando quem era Bené
Guedes e o que ele queria com o presidente da FIEMG e eu liguei para casa do
Bené, ele me falou que era amigo do Robson (que curiosamente não sabia quem ele
era) e disse que a visita era para me elogiar, eu informei que se fosse para
comprar o SESI ou algo parecido o mesmo estava pronto a recebe ló caso
contrário não, e ele não teve a tão audiência que desejou. Em 2008 Bené se
candidatou a prefeito novamente e de frente a prefeitura com o Rosalvo ao
volante para o carro e me chama e fala que gostaria de meu apoio na sua nova
campanha e eu respondemos: “Bené fiquei anos desempregado, quando precisei
ninguém me deu a mão e agora que estou trabalhando no SESI não vou abraçar
nenhuma campanha e não vou te dar apoio como fiz na sua ultima campanha”,
Rosalva tentou conversar e o Bené simplesmente disse deixa ele, ele tem razão.
Durante sua campanha o motorista dele foi o Carlinhos (Careca) como é conhecido
por todos e por mais de uma vez, ele é testemunha, o Bené a me ver parava o
carro e descia e me abraçava e dizia: “Se sou candidato é graças a esse rapaz,
devo muito a ele”. Após sua eleição fiz algumas apresentações de graça para a
prefeitura por causa deles não terem dinheiro. Neste intervalo de anos o Júlio
Gama que trabalhava na rádio Jornal conseguiu convencer aos donos da emissora,
o sistema Multisom a me dar uma oportunidade de ter um programa comprado nas
manhãs de domingo de 9:30 ao meio dia que durou anos, nem lembro quantos, foi
até uma surpresa para “meus ex-colegas de rádio” que alguns falaram na época
com o Junior (ele nunca confirmou), mas tenho certeza que estava criando um
problema. Após a eleição do Bené em uma festa na casa da Valéria Benati, onde
estavam na mesa Bené e esposa, o vice-prefeito e esposa, Márcio Freire e
esposa, José Carlos Calil e esposa e Valéria eu disse algumas coisas que
aconteciam no seu governo e que ele deveria mudar e falei que estava refém de
alguns companheiros da imprensa que só visam dinheiro e que seu governo estava
indo mal. Lembro que Márcio Freire levantou e me cumprimentou e disse que se
ele tivesse em sua época alguém com essa coragem ele não teria cometido alguns
erros.
Meses
depois o Bené, junto com João Ricardo e José Geraldo Machado (Gué) compram a
rádio jornal e contratam o João Bosco Cerqueira para ser o diretor e o mesmo me
chama para uma reunião em me diz: ”Por ordem dos novos donos da emissora
estamos te tirando do ar, pois você não faz o perfil da emissora” e aquilo que
era minha paixão, pois fazia por gosto e não ganha um tostão, os patrocinadores
eram apenas para cobrir o que havia combinado com a rádio me foi tirado. Depois
desse dia, lembrei-me de tudo o que já havia passado com o Bené, desde quando
na época da Safira guardei algo para ele, o projetor que me prometeu e não cumpriu
o pagamento não feito na época de seu fechamento de prestação de contas, a sua
tentativa de me tirar através da ACIL e da FIEMG do SESI e por fim a minha
retirada do ar tomei uma decisão radical e publiquei em meu blog “Senhor Bené
Guedes favor não e cumprimentar em público, pois estou acostumado a lidar com
homens e não moleque” e assim faço até hoje. Apresentei solenidades para a
polícia militar, polícia civil, citei o nome do prefeito e fiz minha parte como
cerimonial, mas quando ele me ergueu a mão eu disse já falei que não
cumprimento moleque e virei às costas, tenho o Tenente Getulio para confirmar
minhas palavras. Na última eleição o José Roberto que havia me atacado no SESI
por duas vezes, que havia me ridicularizado em praça pública me parou e pediu
desculpas e me pediu apoio a sua campanha e eu respondi “Não tenho nada contra
você Zé Roberto, inclusive você me mandou tomar gardernal em praça pública e eu
não comprei porque se esqueceu de me dar à receita” Rimos e eu tomei a decisão
de não me opor a nenhum político, pois aqueles que vesti a camisa sempre foram
os que me traíram como eu digo “sou bom e barato por isso me querem e usam como
uma agulha descartável, quando não precisam jogam fora”.
Por
aqui para uns instantes sobre a minha vida sou ainda funcionário da ACIL até seis
de março, ou antes, mas depois contarei alguns lances gloriosos do SESI, algumas
decepções e alguns fatos curiosos no meu blog, por respeito ao trabalho não
falarei agora, pois poderá ser considerado um afronto a alguns ou um modo de
querer demonstrar meu valor. E antes que falem que cuspi nos pratos que comi,
esclareço os fatos narrados são verdadeiros e posso garantir que os meus ex-patrões
com quem convivi não podem falar um a sobre a minha dedicação e lealdade no
cumprimento dos meus deveres e alguns são meus amigos, mesmo que não tenha
contato diário podendo citar o Nei, dona Luzia, o próprio Ricardo Calil que
veio me conhecer melhor quando foram meu professor na Doctum, os ex-diretores
da Multisom Gerci e Walter de Paula. A ainda os tempos de faculdade que poderia
contar antes para vocês, como diz o meu amigo Luan “Ao Marcos”.
Esta é sua vida... um pouco sobre Chiquinho e Carmosa.. parte 12
Hoje
vou falar um pouco da vida pessoal e esquecer a fase de 11 anos de como me
virei. Como já narrei fui criado pelos tios avós do meu pai desde a idade de três
anos acredito eu, e convivi com eles até o fim de suas vidas. No período que
fiquei desempregado foi um tempo difícil. Algumas características dos dois:
Francisco Resende era um senhor segundo sei era filho de um professor e não
tinha instrução, ele pela era uma pessoa fechada, não conversava muito sobre a
sua vida, como sempre teve dificuldades era muito cuidadoso e não gostava de
deixar dívidas ou faze las, se bem que o seu barbeiro ele sempre deixava um
corte pendurado para a próxima vez. Sei que quando casou morou um tempo na rua
das flores e depois aos poucos comprou um terreno onde havia, naquela época, as
mulheres da vida e foi criticado por isso. Pela sua dificuldade se você
quisesse ser inimigo dele falasse mal da sua casa, pois como ele disse foi
feita com o suor e sacrifício. Lembro-me que a casa por ser pequena poucas
vezes recebia alguém para passar a noite ou um período, e como fala meus
irmãos, tinham medo dele, pois na hora do banho ele muitas vezes batia na porta
do banheiro e gritava: “Não demora, olha a água e a conta de luz”, já era
tradicional. Mas no fundo era um coração de manteiga, tanto era que quando a
Carmosa e eu fomos para Ouro Preto e lá ficamos por mais de nove meses, quando
minha prima, filha do tio Moacyr, Cláudia, passava pro problemas de rins fazia
tratamento no rio de Janeiro e não sobreviveu tendo um derrame cerebral. Outra
passagem que poucos falam foi quando um parente dele ao mudar de Muriaé deixou
algumas dívidas e ele com suas poucas economias deram o dinheiro que tinha e falou:
”vai lá e paga suas dívidas e limpa o nome, que é a coisa que temos que ter na
vida o nome limpo”. Por não ter instrução e não ter filhos, muitos parentes
diziam que ele não poderia passar a sua casa para ninguém, pois perderia a casa.
Com muita conversa e muitas explicações um dia ele resolveu passar em uso e
frutos dele e da Carmosa a casa para os dois sobrinhos que tinha criado e ficou
tudo acertado. A casa que tem 50 m² ficaria para mim, com uma lateral de 1,5 m
e os fundos também para evitar ter que fechar no futuro as janelas e o restante
do quintal que girava em torno de 250 m² ficaria para meu tio, pois ele já
tinha um apartamento e só tinha filhas seria o ideal. No dia de passar a
escritura, duas netas sobrinhas, filhas do meu tio, coordenadas por outra tia,
foram poucos minutos antes na casa e falaram poucas e boas com ele e ridicularizaram
os dois Chiquinho e Carmosa e queiram que eu ficasse com o porão da casa e o
resto para seus pais, nessa época minha esposa estava grávida, eu não estava em
casa, pois estava trabalhando. Resultado os dois foram pra o fórum e lá
resolveram entre si a passar tudo para meu nome e com a condição de que a parte
que seria do outro passaria para a sua filha mais velha, eles não conseguiram
assinar, pois estava tão nervosos que foi testemunha um oficial de justiça,
irmão da esposa de meu tio. Passado algum tempo houve o comentário que o meu
tio iria entrar na justiça para anular a doação, alegando que os dois não
tinham capacidade de responderem pelos seus atos, comentário feito no clube Leopoldina
e avisado pela amiga da Carmosa Piedade. Assim que o assunto se espalhou dois
vizinhos mandaram avisar que se ele fizesse isso deporiam a favor dos dois e
ele ainda seria processado por danos morais ou calunia. Com isso o meu tio
nunca mais voltou a conversar com o casal e suas duas filhas menores nunca mais
tiveram contato durante esses anos com o casal. Um dia numa reunião entre eu, Carmosa,
Chiquinho e a filha mais velha do meu tio foram comunicado o desejo deles de
que a parte que era de seu pai passaria para ela, mas a mesma fez um
comentário: “Não preciso desse terreno e não quero brejo”, na hora o Chiquinho
deu um murro na mesa e disse agora não vai passar mais nada para ninguém, como
eu disse podia se falar de tudo, mas não falasse mal do que ele construiu com
tanta dificuldade. A sobrinha que era afihada continuou tendo contato com o
casal as escondidas.
A
Carmosa era uma pessoa que no meu ponto de vista era lutadora e pensava mais
nos outros que nela mesma. Lembro-me do carinho que tinha com os sobrinhos dela
em Ouro Preto, onde um deles às vezes bebia demais e ela passava a noite
acordada esperando ele chegar para coloca ló para dentro de casa, na hora do
almoço descascava laranjas para todos e quando havia uma discussão entre os
parentes estava sempre a colocar panos quentes. Lembro-me que em uma noite o
sobrinho chegou tonto e resolveu fazer sua irmã tocar piano e abriu a três
sacadas da casa e agora fico em dúvida se ele tocou ou a sua irmã e tocou o
piano de madrugada e a Carmosa com toda paciência esperava ele acalmar e o
colocava para dormir. Lembro-me da última noite, pelo menos na minha mente, da
visita da Cláudia a Ouro Preto, nas imediações do natal e ano novo, como digo
são lembranças vagas, mas vejo-a andando pela casa e observando todos os cômodos
como se quisesse se despedir, pois já estava no hospital no rio há meses,
passou mal e retornou ao Rio, um de seus irmãos iria doar os rins, mas a
medicina naquela época não estava tão avançada e não deu tempo ela sofreu um
derrame cerebral e teve o crânio cortado para tentar salva-la. Meses depois ao
se revelar uma foto para a família a foto apareceu com um risco justamente no
local cortado. Minha tia Aracy perdia a sua filha caçula e já havia perdido o
filho mais velho aos 11 anos e a Cláudia aos 15 anos. Minha tia ia ao cemitério
todo domingo e toda quarta levar flores e só andava de preto. Lembro e ainda
brinco até hoje que a tia Aracy quando chegávamos a Ouro Preto Chorava tanto na
chegada, quando na hora de ir embora, dizia que ela chorava de tristeza pelo
aumento das despesas na chegada e de alegria na hora de ir embora.
Eu e a Carmosa passávamos o carnaval e a semana santa em Ouro Preto patrocinado pelo tio Moacir, lembro que o mesmo morreu em uma noite e foi o único corpo que não o vi no caixão por causa de meus primos e eu depois disso nunca mais tive vontade de ver pessoas mortas no caixão. Mas a Carmosa era o tipo da pessoa que quando uma sobrinha ou parente ia fazer a festa ela pedia o material e fazia os doces sem cobrar era o seu presente, a mão de obra.
Durante 10 anos sofreu pela ausência do seu sobrinho, que era o seu preferido. Aos 89 anos em 1997 eu já desempregado o Chiquinho passou mal e foi para o hospital pela primeira vez na sua vida, ficou 12 dias, voltou em casa e retornou e morreu por edema pulmonar, lúcido.
Lembro que os médicos o proibiram de fumar, mas eu escondido comprava cigarro e dava aos enfermeiros e aos conhecidos caso ele pedisse podiam dar, não ia faze ló sofrer aos 89 anos com a falta do cigarro. Lembro que a Carmosa sofreu muito e tivemos que chamar o Dr. José Roberto para dar a noticia a ela no hospital. Segundo um dos vizinhos, durante o velório no cemitério, o tal sobrinho havia soltado foguetes em frente à casa do casal comemorando a morte, não sei se foi verdade ou não, fiquei sabendo e não contei para a Carmosa, mas a Pomba (Como era conhecido) contou e ela ficou arrasada. Naquele mesmo ano o sobrinho a procurou para passar o Natal com ele e ela respondeu: “nesses anos todos você não me convidou junto com o Chiquinho, então não vou, obrigado”. Desde a morte do Chiquinho ao qual já tinham completado 50 anos de casado a Carmosa foi murchando como uma flor perdeu o interesse por tudo, não saia quase de casa e em uma noite por volta da uma hora da manha escutou um barulho e corremos ao seu quarto ela estava tendo uma crise convulsiva e ficou dura como um pau lembra-me que a coloquei na cama e chamei a ambulância e foi levada ao hospital, depois desse momento ela não mais andava sozinha, tinha que usar fraldas descartáveis, sofreu de mal de Alzheimer e se esquecia de mim, da minha filha e a única que ela não se esqueceu de foi da minha esposa. Às vezes gritava quando eu entrava em seu quarto: “Lurdinha corre aqui tem um homem no meu quarto”. Ficou mais de dois anos e meio em cima de uma cama e como ela sempre dizia: “você vale o que tem, se nada tem nada vale”, os poucos parentes a visitavam e muitas vezes vinham de noite e davam biscoito de polvilho a ela e depois que saia ela passava mal e ia parar no hospital. Nessa época lembro-me de uma noite que estávamos fazendo doces para enviar a Petrópolis e ela passou mal, e tínhamos que despachar os mesmos às 5 horas da manhã, minha esposa levou ela ao hospital explicou a situação e retornou para terminarmos os doces. Nesta época havia pessoas que ajudavam voluntariamente com algumas quantias em dinheiro, é o caso da Martinha, e ela foi reempreendida por um parente para não ajudar, pois o salário da Carmosa nos usava para nosso uso, mal sabia ela que não dava para pagar as fraldas e os remédios da mesma e muitas vezes a família da minha esposa mandava fraldas por portadores para ajudar, pagava um plano da Unimed para minha esposa com a divisão dos irmãos. Em 2004 aos 86 anos Carmosa foi internada e reclamava de dores e ficava ai, ai, e o médico dizia isso é coisa da idade, só que ao entrar em coma descobriram que ela tinha pedra na vesícula e não poderia sofrer uma operação, pois não aguentaria. Chamei seus irmãos e um sobrinho que ela gostava o Lisboa ao hospital e falei em seu ouvido: “Carmosa estão todos aqui, sua irmã, seu irmão, seu sobrinho e todos estamos bem, não se preocupe estamos todos bem e ficaremos bem, não há com que se preocupar, pois ficaremos bem”, saímos do hospital e cinco minutos depois ela deu seu ultimo suspiro. Lembro que a sua poupança foi usada para pagar parte do seu sepultamento e quando fui à funerária negociar o restante do pagamento havia sido paga pela Martinha e deixado para mim.
Eu e a Carmosa passávamos o carnaval e a semana santa em Ouro Preto patrocinado pelo tio Moacir, lembro que o mesmo morreu em uma noite e foi o único corpo que não o vi no caixão por causa de meus primos e eu depois disso nunca mais tive vontade de ver pessoas mortas no caixão. Mas a Carmosa era o tipo da pessoa que quando uma sobrinha ou parente ia fazer a festa ela pedia o material e fazia os doces sem cobrar era o seu presente, a mão de obra.
Durante 10 anos sofreu pela ausência do seu sobrinho, que era o seu preferido. Aos 89 anos em 1997 eu já desempregado o Chiquinho passou mal e foi para o hospital pela primeira vez na sua vida, ficou 12 dias, voltou em casa e retornou e morreu por edema pulmonar, lúcido.
Lembro que os médicos o proibiram de fumar, mas eu escondido comprava cigarro e dava aos enfermeiros e aos conhecidos caso ele pedisse podiam dar, não ia faze ló sofrer aos 89 anos com a falta do cigarro. Lembro que a Carmosa sofreu muito e tivemos que chamar o Dr. José Roberto para dar a noticia a ela no hospital. Segundo um dos vizinhos, durante o velório no cemitério, o tal sobrinho havia soltado foguetes em frente à casa do casal comemorando a morte, não sei se foi verdade ou não, fiquei sabendo e não contei para a Carmosa, mas a Pomba (Como era conhecido) contou e ela ficou arrasada. Naquele mesmo ano o sobrinho a procurou para passar o Natal com ele e ela respondeu: “nesses anos todos você não me convidou junto com o Chiquinho, então não vou, obrigado”. Desde a morte do Chiquinho ao qual já tinham completado 50 anos de casado a Carmosa foi murchando como uma flor perdeu o interesse por tudo, não saia quase de casa e em uma noite por volta da uma hora da manha escutou um barulho e corremos ao seu quarto ela estava tendo uma crise convulsiva e ficou dura como um pau lembra-me que a coloquei na cama e chamei a ambulância e foi levada ao hospital, depois desse momento ela não mais andava sozinha, tinha que usar fraldas descartáveis, sofreu de mal de Alzheimer e se esquecia de mim, da minha filha e a única que ela não se esqueceu de foi da minha esposa. Às vezes gritava quando eu entrava em seu quarto: “Lurdinha corre aqui tem um homem no meu quarto”. Ficou mais de dois anos e meio em cima de uma cama e como ela sempre dizia: “você vale o que tem, se nada tem nada vale”, os poucos parentes a visitavam e muitas vezes vinham de noite e davam biscoito de polvilho a ela e depois que saia ela passava mal e ia parar no hospital. Nessa época lembro-me de uma noite que estávamos fazendo doces para enviar a Petrópolis e ela passou mal, e tínhamos que despachar os mesmos às 5 horas da manhã, minha esposa levou ela ao hospital explicou a situação e retornou para terminarmos os doces. Nesta época havia pessoas que ajudavam voluntariamente com algumas quantias em dinheiro, é o caso da Martinha, e ela foi reempreendida por um parente para não ajudar, pois o salário da Carmosa nos usava para nosso uso, mal sabia ela que não dava para pagar as fraldas e os remédios da mesma e muitas vezes a família da minha esposa mandava fraldas por portadores para ajudar, pagava um plano da Unimed para minha esposa com a divisão dos irmãos. Em 2004 aos 86 anos Carmosa foi internada e reclamava de dores e ficava ai, ai, e o médico dizia isso é coisa da idade, só que ao entrar em coma descobriram que ela tinha pedra na vesícula e não poderia sofrer uma operação, pois não aguentaria. Chamei seus irmãos e um sobrinho que ela gostava o Lisboa ao hospital e falei em seu ouvido: “Carmosa estão todos aqui, sua irmã, seu irmão, seu sobrinho e todos estamos bem, não se preocupe estamos todos bem e ficaremos bem, não há com que se preocupar, pois ficaremos bem”, saímos do hospital e cinco minutos depois ela deu seu ultimo suspiro. Lembro que a sua poupança foi usada para pagar parte do seu sepultamento e quando fui à funerária negociar o restante do pagamento havia sido paga pela Martinha e deixado para mim.
Nessa época lembro que nossa vida
estava terrível. Nesse período desde quando fiquei desempregado ensinamos a
nossa filha que não podíamos comprar ou dar coisas a ela de luxo, tínhamos uma
madrinha de casamento, Laura, que todos os dias festivos, aniversário, dia das
crianças, natal dava presentes a Cláudia para que ela não sentisse nossa
dificuldade financeira. Lembro que quando íamos à exposição avisávamos a ela
que só teria dinheiro para dar umas duas voltas ou três nos brinquedos e que
não poderíamos comprar nada, pois não tínhamos dinheiro, e ela nunca fez manha
ou reclamou presenciou isso acha que por isso hoje sinto uma baixa estima ou
medo do futuro nela, além do agravante a sua avó materna ter dito diretamente, o que já sabíamos, que não gostava dela..
Depois
eu conto o resto da minha trajetória até a chegada ao SESI... Mas está é sua
vida...
Mais um capitulo de esta é sua vida... os artistas e outros comentários... parte 11
As pessoas têm me conhecido mais
nos meus comentários esta é sua vida e algumas estão preocupadas por causa de
alguns comentários, inclusive hoje por estar desempregado isso poderá me
prejudicar quando feita a pesquisa em redes sociais. É claro que é uma preocupação
lógica e pertinente. Mas quem me conhece há 46 anos que moro em Leopoldina me
conhecem bem e sabe que as vezes faço críticas a autoridades, a algumas pessoas
e realmente podem soar mal a quem ler, mas aquelas criticadas geralmente
entendem ou assimilam que quando o faço é para o cargo e nem pessoal. Sei que
devo diminuir tais críticas e quem sabe até parar de escrever, mas sou muito
autêntico e tenho é que me controlar mais em alguns aspectos, pois se hoje
escrevo minha história há uma única pessoa realmente que guardo rancor e mágoa,
porque no passado se lerem poderão ver que já tive infinitos problemas com ela
e a perdoei e os fatos foram recorrentes.
Mas é bom lembrar que minha vida
não foi só de fatos negativos, tive grandes vitórias, grandes conquistas para
quem veio de baixo e chegou em todos os setores que trabalhou a ser o chefe não
é pouca coisa. Em cada local trabalhado sempre veio acrescentar algo na minha
vida. Sempre fui uma pessoa positiva nos pensamentos e na vida. Mas como todo
ser humano tenho minhas fraquezas e recaídas, o que acho natural.
Hoje vou
contar um pouco sobre os bastidores do trabalho mas o lado positivo, como já
mencionei nos 48, 49 e 50 anos de exposição de Leopoldina participei como
apresentador no palco ao lado do Berto Oliveira, Francisco Monteiro e Cláudio
Ferreira e pude nesses anos estar ao lado de grandes artistas da época que hoje
os jovens não conhecem: meu primeiro entrevistado foi Jerry Adriani que já
contei como foi, mas tive com Cazuza, Sérgio Reis, Kid Abelha, Marcio Greick,
Gilliard, Zezé Mota, Agepê, Wando, Sidney Magal, Antônio José, Odair José e
muitos outros artistas e em outras oportunidades com Agnaldo Timóteo e muito
mais. Antigamente a gente ia às artistas entrevista-los e três pessoas me
marcaram muito primeiro foi o Zé Ramalho quando veio fazer um show em
Leopoldina, fui entrevista-lo no ônibus e pensei comigo esse cara deve ser
complicado, pois fazia um calor infernal e ele estava todo encapotado, entrei
no ônibus tremendo e foi uma super. entrevista pois ele é inteligentíssimo e
antenado nas coisas do momento, adorei a entrevista com ele e só terminou por
que tinha que entrar no palco, já feio mais de uma vez a Leopoldina e suas
letras são realmente profundas. Outro cara que eu fiquei emocionado de
conversar, não pela sua popularidade, mas sim pela paz que passa e pelo astral
que deixa no ar foi o Gilliard, entrevistei no quarto do hotel e só paramos
porque na época era fita cassete e já não havia mais espaço, mas sai do local
com um ar mais leve e ele transmite tanta paz e realidade no que falava, é um
cara do bem e a outra foi Zezé Mota, na época em que veio a Rádio Leopoldina
(hoje Jornal) só tinha uma música dela do disco de vinil MPB 80, a música
chamava-se Anunciação e nós tocamos ela constantemente para fazer a divulgação
do show, na hora do show falei com ela isso e ela simplesmente me respondeu: “não
sei a letra, só entrei no estúdio para gravar e não estará no show”, logo
pensei estamos perdidos o povo vai odiar o show e pelo contrário ela entrou deu
um show de talento e apresentou várias músicas e na época o HF filmava os shows
e tinha uma van que ficava ao lado do palco, após o show ela ao invés de sair e
ir embora quis assistir seu próprio show e ficou ali conosco assistindo depois
na van. Odair José veio algumas vezes e por curiosidade se apresentava um pouco
alterado devido a beber uísque antes do show em uma de suas passagens me lembro
que ele se abaixou na frente do palco para cumprimentar o público e por pouco
não caiu, os seguranças o seguraram pela presilha da calça. Márcio Greyck com
suas músicas também veio três vezes na cidade e sempre com muita paz. Agnaldo
Timóteo tive contato com o Júlio Cesar entrevistando em Laranjal e eu filmando
e ele na ocasião defendeu Sérgio Naya em público, dizendo que ele não merecia o
que fizeram com ele, muito autêntico falou algumas verdades na entrevista.
Infelizmente na época eu não tinha maldade de guardar para recordações esses
momentos, nem em foto e nem em áudio. Só para curiosidade no meu programa de
rádio da noite uma certa vez entrou uma pessoa no ar e fez previsões para mim
de algo que iria acontecer, não se identificou e nem havia bina naquela época,
a coisa se realizou e eu pedi que ela entrasse em contato comigo depois e assim
foi feito, no final conheci a sua família, conheci seus dons de ler as cartas e
ouvir as mensagens de ciganos, mas pela minha aproximação, ficamos amigos e
comigo não funcionava mais e outra curiosidade depois que sai do rádio tinha o
MOMENTO EM VIDA que é como faço aqui, só que falava as pessoas do fundo do meu
coração e transmitia algumas mensagens e ai nunca havia gravado um no passado e
uma ouvinte me mandou mais de 20 fitas cassetes com todos os meus programas
gravados, principalmente o momento em vida. São curiosidades que mexem com o
meu emocional, todos sabem que sou apaixonado por rádio e infelizmente fui
afastado e acredito que para retornar nos dias de hoje é muito difícil, mas
acho que o rádio é o melhor amigo de qualquer pessoa e pode salvar vidas, como
destruir vidas dependendo do que se fala e eu graças a Deus nesses anos todos
que fiz rádio e tv, nunca fui processado, já briguei e acabei me tornando amigo
de algumas pessoas as quais eu critiquei no passado. A vida é assim, são
momentos e a cada momento podemos retirar alguma lição, nada é por acaso,
sempre há uma explicação para tudo e colhemos realmente o que plantamos, quem
sabe eu hoje estou colhendo o que plantei mesmo sem querer e você já pensou
nisso o que está plantando e o que colherá no futuro. Se não pensou pense, pois,
a vida é causa e efeito e vou terminar como sempre terminava o MOMENTO EM VIDA,
não importa quem disse, veja antes a sutileza da mensagem e lembre-se hoje é o
seu dia para ser feliz!
Está é sua vida... minha primeira decepção com ex deputado e ex prefeito Bené Guedes... parte 10
Após a decepção da campanha do
José Newton, tanto pelo lado do mesmo não ter sido eleito e por ver que a gente
só é lembrada quando somos necessários, como disse uma pessoa somos como uma
agulha descartável, depois de usada é jogada fora. O empresário e meu colega de
infância Antonio Augusto (Guto da Farmácia) me procuraram algumas vezes para
saber sobre a montagem de uma rádio comunitária e o local ideal e outros
assuntos e sempre me convidava para ir trabalhar com ele e um grupo de pessoas
estava montando a Radio NOVA FM e em uma de suas vindas eu acabei aceitando.
A
emissora foi ao ar e o gerente e responsável pela montagem da mesma foi o Júlio
César, mas o mesmo após a inauguração resolveu sair da emissora, acho que na
realidade ele levou susto por terem me colocado na emissora sem o seu
conhecimento, pois assumi seu lugar e nela fiquei por um período e a LUZ FM foi
um grande sucesso de audiência e de anunciantes, sendo que havia fila de espera
de anunciantes. Paralelamente o Paulo André me convidou para montarmos uma
emissora de TV no caso TV OPÇÃO, onde eu entrei com minha aparelhagem e mais alguns
sócios que na época não podiam aparecer por serem políticos na ativa colocaram
alguns representantes, a TV ficou no ar por cerca de nove meses e realmente foi
um trabalho mais profissional do que a antiga montagem da TV Cidade, pois com
mais experiência criamos um telepronter para o jornal que era feito a vista, tínhamos
programas de debates, de esportes e fizemos uma emissora diferente que
reproduzia programas da Universidade Federal de Viçosa com programa
informativo, rural e tudo mais, mas com a vinda da polícia federal para fechar
as duas emissoras de rádio comunitária e os policiais me avisaram que não havia
denuncia, mas que poderiam voltar aqui para fechar e prender os
responsáveis. Quando fui para a TV OPÇÃO o então José Geraldo Machado (Gué) me solicitou que deixasse a gerência da sua emissora NOVA FM e desde então o radialista Edgar Vieira virou meu desafeto, do qual nunca soube o por que. Na foto aparece da equipe aparece Paulo Henrique, Edgar Vieira, Júlio César, Anderson Nogueira, Marcio Rubim, Christian Almeida, Gláucio, achacado eu Marcus Vinicius e no microfone Marcos Vinicios que na época era conhecido como Vinicios Vieira para não ter choque entre dois Marcos. Fechei a mesma e
comuniquei aos demais associados, pois a condição era tentarmos regularizar,
mas a força política desde aquela época não era forte e não conseguimos. Após o fechamento algumas dívidas ficaram em
meu nome, pois utilizei meu nome pessoal e um ex-prefeito um dia me chamou e me
deu o dinheiro para limpar o meu nome, dizendo o que o meu avô sempre lembrava “o
nome é o que o homem tem de preservar”.
![]() |
Rádio NOVA FM dia da inauguração |
Com o fim da TV o então candidato
a deputado estadual Bené Guedes me procurou e me fez uma oferta: ele tinha um
projetor de telão parado em sua casa e fez um acordo comigo, que eu colocasse
alguém para acompanha ló durante a campanha em várias cidades e depois ele
usaria nos comícios as imagens e o telão e após a campanha eu ficava com o
projetor e ganhava dinheiro já que estava desempregado. A minha parte foi
feita, gravei mais de 10 fitas de VHS e algumas vezes eu viajei com ele e
outras o Marcinho, meu colega ex da TV opção ia com ele, aonde conheci de perto
o jogador Dadá Maravilha (um adentro que tem uma memória fabulosa uma vez eu
estive em BH e o Dadá me viu e gritou me chamando). Na hora da campanha o então
deputado Bené Guedes deu o projetor para uma pessoa da cidade de Rio Pomba e
pediu que o seu amigo Arnaldo Spindola me ligasse pedindo as gravações e eu
ironicamente respondi ao mesmo: “Que gravação, não tem gravações do Bené comigo,
afinal de contas ele não cumpriu o que combinou comigo, cadê o projetor?” Logo
em seguida, eu reconheço que não sou flor que se cheira e não consigo deixar as
coisas sem resposta: montei uma fita com 30 minutos com várias imagens do Bené
e suas visitas, montei um programa político e na época tinha um computador
gráfico e acredito que ficou bem feito, e mandei a minha esposa entregar na
casa do então deputado só que tinha uma tarja Preta cortando a imagem e dizia
PROIBIDA A EXIBIÇÃO e no final coloquei Bené como você não cumpriu a sua
palavra comigo nem meu voto você tem mais. E deste então nunca mais conversei
com o mesmo.
Neste período o então Marcelo
Lopes que tinha um escritório de contabilidade e fazia algumas auditorias, recontagem
de bens em hospitais e outros locais me convidavam para ir com ele e me pagava
alguns extras e por ideia do seu sócio Enéas passou a fazer algumas pesquisas
eleitorais para várias cidades tanto pré-candidatura, para descobrir o quem
deveria ser o candidato ideal para os pré-candidatos a prefeito, como vice e
depois pesquisas na época da eleição, foram 10 pesquisas ou mais e por incrível
que pareça nossa pesquisa deu certo em todas elas, pois eu conferi os
resultados oficiais pelos da nossa pesquisa. Neste caso eu ia a campo com
alguns contratados e fazíamos a pesquisa em loco e em seguida eu fazia os
gráficos e demonstrava o resultado aos que haviam contratado. Lembro que essa
foi uma ajuda enorme que o Marcelo me dava e que naquela época eu tinha um pé
atrás com o tão Enéas e falava isso com o mesmo, e isso foi comprovado no
futuro quando o mesmo se candidatou e ganhou como vereador e traiu aqueles que
ele tinha combinado de fazer oposição ao então candidato Zé Roberto e ele o
apoiaram e foram eleitos.
Os fatos aqui narrados são
baseados na minha vivência e as pessoas envolvidas algumas sabem que o que conto
é verdade, apesar de nunca me preocupar em ter provas contra esse ou aquela
pessoa, pois nunca, mesmo tempo oportunidade nunca fiz chantagem ou tentei
levar vantagem com os que convivi, se as pessoas citadas se sentirem ofendidas
podem solicitar que eu faço a sua explicação, inclusive, acredito por ser
verdade por certo não terão o que contestar.
Essa é sua vida ... minha primeira campanha eleitoral 1994.. parte 9
Em
Julho de 2014 eu sai da DAMATA e naquela época não tive mais o seguro
desemprego e nem o FGTS, pois já havia tirado na época da Safira, mas como
andava estressado e muito nervoso resolvi largar tudo e trabalhar por conta
própria eu fazendo filmagens e a minha esposa fazia doces para fora. Morava eu,
minha esposa, minha filha de três anos e meus avós Chiquinho e Carmosa. Era ano
de eleição municipal e o então candidato Márcio Freire me mandou procurar a sua
coordenadora de campanha, Lúcia Gama, para trabalhar em sua campanha, mas naquela
época o Márcio tinha um código de cores de bilhetes e dependendo da cor do
mesmo os seus assessores atendiam ou enrolavam o que levava o bilhete. Fui ao
encontro da coordenadora e ela ao vê disse que não havia função para mim na
campanha e caso aparecesse algo ela me procuraria, mas que achava difícil
conseguir algo. Na
época existia a TV CIDADE e o então candidato Márcio Freire
contratou e compraram aparelhagens para produzir seus programas de TV, eu saio
do comitê e liguei para o concorrente dele, apoiado pelo então prefeito José
Roberto, e uma curiosidade na época o prefeito José Roberto era brigado com o Júlio César via até justiça e numa vez ele foi visitar o comitê do candidato e o Julio estava lá o Zé Roberto entrou com sua mãe pela porta da frente e saíram com Júlio pela porta dos fundos, o candidato era José Newton Ferreira e me ofereci a fazer parte de sua campanha e ele
me chamou para um comitê perto da Igreja São José, na época fiquei sabendo que
o Márcio ao saber do ocorrido mandou um taxista me procurar para contornar o
problema, mas não me encontrou.
A campanha foi uma beleza, com minha
aparelhagem simples e com baixa verba de campanha eu produzia um programa
diário para o programa de prefeito e dos vereadores, ficava no comitê na casa
da BR 116, onde havia o estúdio e gravávamos os programas. Nossa hoje vejo que
foi um trabalho profissional, descobrimos que o vice do Márcio, Darcy Resende,
tirava votos segundo pesquisas e foi afastado do vídeo, ai com o Dércio da
Capetinga gravamos uma paródia sobre a propaganda da sadia, onde uma criança de
olhos vendados passava a mão sobre os presuntos e escolhia o sadia. Ai colocou
os três vices prefeitos da época, em fila e o Dércio passava a mão, e na hora
da gravação a caixa de vídeo caiu justamente na imagem do Darcy e ai o Dércio
escolhia o Eli Neto e quando passou sobre a imagem do Darcy com o som ele
brincava “Ué o vice do outro sumiu”, em outra gravação saímos na rodovia e o
Dércio saia do meio das árvores e perguntava “Cadê o vice” e a propaganda era
baseada na música, já que o candidato Zé Newton gostava de dançar e o colocava dançando com os seus eleitores.
Uma
característica a campanha era que a câmera acompanhava o Zé Newton 24 horas por
dia e a única exigência feito pelo candidato a mim era para que não utilizasse
imagem de pobreza para mexer com os eleitores, não explorar a dificuldade
alheia para ganhar votos. Um erro de
campanha foi quando as pesquisas deram que o candidato Zé Newton estava na
frente ocorreu um debate na Igreja do Rosário, e eu fui contra a sua
participação, pois nos outros marcados o então Marcio Freire que estava à
frente não participava, mas pelo Eli ser muito religioso aceitou e houve um
erro de estratégia, o Zé Newton ao invés de se concentrar para o debate foi
fazer campanha no distrito de Abaiba e na hora do Debate chegou cansado e na
hora do debate houve uma falha no microfone do Zé Newton (acho até hoje que foi
de propósito) e o mesmo perdeu a calma e brigou com o sonoplasta e a campanha
do Márcio usou essa cena constantemente dizendo que o Zé Newton não estava
preparado para emocionalmente para ser prefeito, mas nós debatemos essa tese.
Lembro que foi a maior carreata já vista em uma campanha eleitoral que vi. Para
se ser ideia a carreata estavam no bairro Pirineus e a sua continuidade estava
na COHAB nova, onde nossa câmera filmava os carros do outro lado, a polícia
teve problemas para fazer a carreata sair do alto dos Pirineus, pois a COHAB
nova, a pracinha do ginásio, pracinha do urubu e o bairro Pirineus e COHAB
velha ficaram interditados de tantos carros. As vésperas da eleição a Globo
veio entrevistar Zé Newton como candidato eleito segundo as pesquisas. Lembro
que tive um problema na reta final, pois além de produzir eu apresentava os comícios,
eu apresentava os programas de TV e por pedido do Dr. José Roberto na reta
final ele queira que o Arnaldo Spindola assumisse a apresentação dos programas
de rádio, nisso eu simplesmente não falei nada, peguei meus equipamentos e fui
embora, pois ninguém acreditava na vitória, quando estava na frente ai
começaram aparecer aqueles que queriam apoiar de última hora. Com isso Zé
Newton foi atrás de mim e retornou com o que estava sendo feito. Lembro que para
fazermos o programa de rádio eu pedia ajuda a alguns para comprar fitas
cassetes e para a TV, levávamos o programa ao ar e pegava a fita novamente e gravávamos
o outro programa na frente, pois não tínhamos dinheiro pra a campanha. Eu só ia
a casa para dormir e tomar banho no final da madrugada. Lembro que ao encerrar
a campanha o Zé Newton e seus assessores me disseram que não precisariam mais
de mim para acompanhar a apuração, que era manual e um fato aconteceu à noite Zé
Newton fechou o dia com alguns votos de frente e ao abrir o dia seguinte os
votos que estavam à frente para Zé Newton começaram no lado do Márcio Freire e
o Zé perdeu, apesar de fazer a maioria da câmara de vereadores. Na prestação de contas o Zé Newton me
procurou para que eu assinasse uma declaração falando que havia feito a
campanha gratuitamente e o representante do PT me procurou querendo que eu
assinasse um documento dizendo na época que havia recebido R$ 5,00 por cada
programa produzido para prefeito e vereadores e me recusei, pois era mentira,
não sei o que ele fez, disse que era para ganha um dinheiro do diretório estadual,
com isso depois desse fato nunca mais votei no PT.
Na
realidade após a campanha fui para São Paulo e quando retornei o José Geraldo
Machado, Gué, me procurou e me deu um salário mínimo pela campanha, pois não
achava justo ter feito tudo de graça, mas foi uma iniciativa pessoal dele pelo
que sei. E quando retornei encontrei com o Wesley Moraes que fez parte da
campanha também e o mesmo me gozou “Marcus você que vestiu a camisa, fez a
campanha pro Zé Newton e no final quem virou assessor da câmara indicado pelos
vereadores da campanha do Zé foi o Arnaldo”, ao encontrar com uma vereadora
eleita ele disse que realmente eles haviam se esquecido de mim, pois nunca fui
de cobrar nada e como sempre digo acho que aquele a qual prestamos serviços ou
ajudamos é que tem que se lembrar de e valorizar as pessoas. Depois disso coordenei a campanha do Nei
Ribeiro em outra ocasião, mas sempre o avisava que corria o risco de não ser
eleito, pois ele apesar de ser uma boa pessoa não era tão conhecido e a equipe
que ele montou não traziam votos, acredito que em sua maioria tiravam voto.
Resultado o Nei perdeu para o seu funcionário na Brahma.
Depois
eu volto com mais casos...
Essa é sua vida ... um aprendizado na Brahma....parte 8
Quando no final de 1990 fui convidado pelo Luiz Carlos
Naya para assumir a Rádio Cidade eu fazia um programa de 20:30 à 1 hora da
manha na Rádio Jornal, além do Jornal Integração de 11:45 as 12:00 e cuidava do
escritório da emissora. Pensando nos atritos que já havia tido com o José Américo
durante nossa gestão conjunta, pois eu era subgerente e ele gerente, procurei
dois amigos que conversaram comigo: o Ivan Moraes que me disse vai que estarei
como técnico te dando total apoio em tudo que precisar e o outro foram o então
patrocinador da Rádio e proprietário da SAFIRA (Brahma),
Nei Ribeiro que me
falou vai, pois chegou a hora de você alçar novos voos e se caso não der certo
estarei aqui para te ajudar. A proposta realmente era irrecusável, pois na
Jornal ganha um salário e o resto em comissão que poderia chegar até cinco
salários de acordo com as vendas e na Rádio Cidade seria cinco salários na
carteira. Mas após tantos disse me disse, a inflação alta no final dos seis
meses estava ganhando um salário e meio, pois pedia aumento para meus
companheiros, mas nunca fui de reclamar de salário meu, acho que o patrão é que
tem que valorizar os seus funcionários e reconhecer, sempre fui dessa visão.
Antes de pedir demissão na Rádio e TV Cidade liguei para o Nei e ele me disse
Marcus tenho um cargo na parte financeira, mas não posso te pagar muito, um
salário inicial ta bom, logo aceitei e fui para a Brahma. Lá aprendi como
funcionava uma matriz e filial, aprendi como lidar com bancos realmente, fui da
área financeira e depois com o advento do computador passei a acumular
financeiro e CPD e a Ana Maria que hoje está na SEMAR foi minha companheira no
financeiro e até hoje fala que se aprendeu a trabalhar e ter organização foi
graças a mim que a ensinou. Depois passei para o Marketing, fazendo visita aos
bares e pelo conhecimento fui responsável por três grandes festas da época:
feira da Paz, Festa de Palma e Festa de Piacatuba, e uma curiosidade as três
foram tão bem feitas que não houvesse uma reclamação e o Nei em uma reunião
disse se devia ter algo errado, pois sempre ouvia reclamações. Mas uma coisa que eu tinha com os colegas da
Brahma para esse resultado era tratar todos por igual, o motorista, ajudantes,
o Tião que era o responsável pelos luminosos e enfim fazia a união da equipe.
Na passagem pela Brahma aprendi a ser um auditor sem ser formado para tal,
descobrir roubos em vários setores e quando levava ao Nei ele se espantava e às
vezes não acreditava e eu cheguei até a provar com o pega em fragrante em certa
ocasião. É claro que com uma equipe grande sempre havia aqueles que a gente não
se dava bem, na época posso citar o Marcelo Lopes (que hoje não esta mais entre
nós)m, pois era o contador da empresa e todos tinham que dar satisfação a ele,
como se fosse o gerente e eu por lidar direto com o Nei às vezes pedia licença,
ou não ia trabalhar por esse ou aquele motivo e comunicava ao Nei diretamente e
isso o Marcelo ficava mordido. Como eu sempre dizia se posso falar com o dono
da porcada, pra que falar com os porcos, claro que na época eu apenas pensava
se eu lidava direto com o patrão para que intermediário. Havia uma confiança
enorme em mim pelos meus patrões que muitas vezes eles deixavam os cheques da
empresa, os pessoais assinados e eu controlávamos a sua utilização. Havia um
supervisor que não gostava de mim e eu também não me dava bem com ele e lembro
uma vez que num curso de garçom no Clube Leopoldina ao beber com o Nei sempre
foi fraca para bebida e falante ao normal, imagina bêbado, o mesmo me cutucou
perguntando sobre a minha opinião sobre o mesmo na frente de várias pessoas, ai
falei o que achava, até que o supervisor chegou perto e o Nei começou a me
cutucar nos pés para que eu parasse de falar eu virei e falei:” Nei você me
cutucou para soltar o verbo agora não adianta me chutar que vou continuar
falando, pois não to falando mentira é a minha opinião”, todos riram e eu
continue a dar minha opinião mesmo na presença do mesmo. Lembro que quando fiz
a feira da Paz o desfile era às 16 horas e a abertura era às 17 horas e eu e o
Tião ficamos lá colocando os luminosos e esperando a entrega dos freezers e os
mesmos, mandado pelo supervisor de vendas, chegou às 15 horas mais ou menos e
os piores freezers, ou seja, na hora da festa a cerveja estaria totalmente
quente e iria me queimar, eu com a liberdade que tinha ligamos para dona Luzia
esposa do Nei que também era dona e pedi se podia ir até vista alegre e comprar
gelo para colocar nos freezers e evitar o desgaste e assim o fez. Às 17 horas
para surpresa de todas as cervejas estava no ponto e decepção de quem quis me
prejudicar. Na Brahma foi o único local onde teve uma reunião que fui chamado a
atenção pela eficiência, numa reunião o Nei reuniu a equipe de venda, o gerente
da filial da rodovia, Marcelo e disse: “O Marcus só falta querer ir carregar o
caminhão na fábrica como ajudante, pois tudo ele abraça e o pior dar certo”.
Fiquei com o Nei até o final da Safira no último dia que estávamos eu, Nei, Marcelo
e dona Luzia o Nei disse algo que não vou relatar aqui por questão de ética,
mas que realmente fiquei chocado e triste e pensei, nossa depois de tudo que
fiz ouvir isso é o fim da picada. Mas não guardei magoa e depois fui para a
DAMATA quando uniram a SAFIRA e a DILESTE da família Calil, voltando à origem
da Brahma antes da divisão. Fiquei seis
meses sem registro, pois estava na fase inicial da empresa e fiquei responsável
pelo CPD e na época havia a troca do vasilhame do guaraná Brahma que foi o que
derrubou a Antarctica e que no futuro acabou sendo adquirida pelo grupo AmBev.
Lá não fiquei porque me sentia que como a união era recente havia dois grupos o
grupo do Nei e o Grupo dos Calils e eu que sempre fui fiel ao Grupo Damata não
me senti bem e como na SAFIRA nós tratávamos todos desde o faxineiro até o dono
igual me senti um pouco constrangido, pois por fazer parte da equipe do
escritório havia um distanciamento dos demais funcionários, como dizem o chão
de fábrica. Em certo dia um dos donos passou por mim e ofereceu carona e havia
três pessoas comigo, um motorista e dois ajudantes, ai perguntei vai levar
todos, o mesmo disse que não, ai resolveu ficar com os demais e aguardar outra
carona. No dia seguinte o dono me disse Marcus você tem que saber diferenciar
as coisas você faz parte da equipe de escritório e há diferenças, é claro que
essa visão por certo mudou muito de 94 para hoje, hoje todos são considerados
colaboradores e a falta de experiência do dono e o jogo de cintura meu fez com
que eu pedisse demissão, me recordo que ganhava quase cinco salários na época.
Em tempo o Marcelo Lopes que na época da Safira não se
dava bem comigo depois foi um dos meus melhores amigos e através dele durante
os 11 anos que fiquei desempregado ele me ajudou muito dando serviços de free
lance em seu escritório e reconheceu que eu estava certo na época da Safira em
alguns pontos de vista e quanto à família Calil, em 2011 voltei a ter contato
com um dos donos da Damata, como meu professor e tenho certeza que a visão que
ele provavelmente tinha de mim em 94 modificou-se, pode me conhecer melhor como
pessoa e como aluno e profissional. Narro tudo aqui, mas não tenho mágoas dessa
época às coisas boas foram sempre maiores que a mágoa e fico feliz até hoje
quando encontro com alguns motoristas, ajudantes que me cumprimentam e se
lembram de mim daquele tempo passado tantos anos, deixei lá amigos.
Pelo momento é só e para finalizar, não tenho tanto
contato com os atuais donos da DAMATA e principalmente com o Nei Ribeiro e
quando preciso de uma referência cito o mesmo e o aviso e por várias vezes ele
me disse: “Não precisa me avisar, pois conheço você e seu caráter e só posso
falar bem de você”. Fico feliz com isso, pois dos ex-patrões que tive muitos ao
sair sempre me elogiaram mesmo não estando nas empresas como Gerci Ribeiro do
Vale, Walter de Paula, Nei Ribeiro e outros que não me lembro.
No próximo conto como foi o meu período negativo na
época na minha visão, mas acho que foi o que deveria ter acontecido depois que
passou.
Esta é sua vida... fase da TV CIDADE ... parte 7
Hoje vou relatar alguns lances da minha época da TV
CIDADEe RÁDIO 104 FM. Quando assumi o compromisso de coloca la no ar, faltava justamente uma
semana para o carnaval e ai comentei com o Ivan Moraes e ele pegou o carro e
fomos ao Rio de Janeiro comprar os conectores que não havia em Leopoldina. O
interessante é que a aparelhagem estava já na emissora há cerca de dois anos e
alguns microfones sem fio, que era raridade na época, pois eram importados
estavam já com os fios cortados, produtos destruídos por certo por alguém que
não estava satisfeito antes deu assumir a emissora. Chamei dois colegas o Berto
Oliveira e o Jeferson e eles toparam o desafio, as câmeras de VHS eram M9000,
um luxo na época e os manuais todos em inglês, aprendemos na marra, todos os
aparelhos eram em inglês, mas conseguimos colocar a emissora no ar e fazermos a
transmissão ao vivo do Carnaval como já mencionei. Naquele pouco período criei
o jornal da Cidade que ia ao ar às 19 horas e sempre tínhamos matérias novas o
tempo todo, fizemos campanhas para construção da sede da Sociedade São Vicente
de Paula, reportagens de acidentes, críticas e elogios ao governo da época, era
uma coisa diferente, eu que já tinha estado no rádio durante mais de 8 anos, em
seis meses fiquei mais conhecido que os todos os anos passados. Mas por outro
lado havia uma guerra interna na emissora onde alguns funcionários não
combinavam e alguns achavam que eu estava por trás e nem sabia disso, mas foi
uma forma de me atingirem. O Edinho do Rádio fazia programa às 5 horas da manha
e duas vezes me procurou 5 horas dizendo que eu havia o sabotado e o programa
não entrava no ar como devia: uma vez o funcionário desligou a mesa de som da
rádio por dentro, num local que eu nem sabia que existia para desliga la, outra
vez o funcionário abriu a caixa de telefone e encostaram os dois fios para que
o mesmo não funcionasse e o programa tinha participação ao vivo e como não
funcionava o Edinho achava que era eu que o sabotava, sendo que como sempre
disse nunca tive a intenção de prejudicar alguém, ou melhor, sempre torci para
que os locais que trabalhei fossem harmoniosos e em equipe, mas o ego e a
inveja às vezes atrapalha o bom senso. Depois de alguns anos em conversa com o
Jeferson ele me confidenciou: perdemos a grande chance naquela época, pois você
tinha moral com o Naya e se todos nós tivéssemos te dado apoio a emissora teria
sido um sucesso e crescido e muito. Na 104 se me lembro de fiz apenas um
programa, pois na época sempre foi musical e eu como falante que sou não me
adaptaria a ela, hoje vejo as grandes rádios TUPI, Globo e outras fazerem AM no
FM, ou seja, fazendo o rádio do jeito que gosto, pois se for para ouvir música temos
excelentes aparelhos portáteis e a qualidade é muito melhor que ouvir o rádio,
pelo menos essa é minha visão, o povo tá carente de ouvir uma voz amiga, de noticias,
de um parceiro no rádio e sempre fui da opinião voz bonita não faz o rádio
ajuda, mas o conteúdo em qualquer horário que for se for bom agrada.
Lembro-me da época em que o Naya teve o problema com o
Palace Dois no Rio e sinceramente acho que ele é o menos culpado em alguns
termos, vou explicar no meu ponto de vista: primeiro o Naya tinha tanta coisa
que não sabia o que tinha isso estou falando do período que trabalhei com ele,
por várias vezes me enviava o mesmo produto, se esquecendo de que já havia me
mandado. Uma vez fiquei sabendo que suas máquinas ficaram isoladas num local e
estragaram por falta de alguém mexer, pois nem ele sabia onde estava. Tinha
alguns assessores que gostavam de passar a perna nele, superfaturar, ou mesmo
vender gato por lebre. Acredito que a construção com areia de praia não foi ideia
dele, se esse foi o laudo, ele apenas confiava nos seus profissionais e
venhamos e convenhamos o empresário não fica a frente de todos os projetos. Ele
foi assessorado, pois o prédio caiu na terça de carnaval, teve tempo de se
mobilizar e se tivesse uma assessoria boa, faria igual ao acidente da TAM, iria
para a TV faria um pronunciamento dizendo que iria indenizar a todos e se
justificar. Mas não foi orientado nesse sentido, havia uma rede globo mordida
contra ele, pois na época da história dos anões do orçamento o nome dele foi
citado e ele ganhou uma indenização e o Jornal Nacional teve que se retratar
dizendo que havia trocado o sobrenome do Sérgio na época, não é atoa que a
mesma emissora veio a Leopoldina a procura de filmagens contra ele e mostrou-o
no seu hotel em Orlando ou Miami onde metia o fumo no funcionário que queria
que servisse em copo de cristal. Ele era assim mesmo, quantas vezes me falou
que queria que a TV e a Rádio tivesse um local bonito, luxuoso, mas seus
assessores diretos e parentes que tomavam a frente não deixavam cumprir as suas
ordens. Sei que não era santo, mas quanta pessoa ajudou trazendo aparelhagens
para hospitais, fazendo doações sem aparecer e outras coisas mais, muitos podem
me criticar pelo comentário, mas quem conheceu o Sérgio Naya como eu que
convivi com ele diariamente durante seis meses pessoalmente ou por telefone,
sabia que tinha um lado humano e outra coisa uma pessoa que vive de construir
prédios ia querer construir algo para cair. Veja que o próprio Ratinho já teve
denuncias de casas caídas em sua construtora, só que o Naya tinha um defeito
não ouvia muito as pessoas no primeiro momento, mas depois até que refletia e
via que estava certo, comigo era assim, mas os assessores dele eram fracos e só
pensavam em si próprios. Naya caiu, mas não entregou ninguém, pois se quisesse
tenho certeza que sabia muito e de muitos políticos, no final descobriu que
alguns passavam a perna nele, ficou com a cabeça meio confusa e a sua morte
ficou um pouco estranha no meu ponto de vista. Depois que sai da sua emissora
tive uns dois ou três encontros e sempre se lembrava de mim com carinho. Morreu
e eu havia brigado com ele, pois ao estar desempregado ele me ligou e ofereceu
que eu assumisse a sua emissora e na hora h, quando o seus assessores vieram
colocaram o Haroldo Crespo, pois havia feito fofoca com ele, não deixei barato,
liguei para ele e falei algumas verdades o chamando de moleque e ele gaguejava
e pedia desculpas, depois disso nunca mais o encontrei.
Vou ficando por aqui depois volto com a saída da TV e
ida para a Brahma como foi?
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