Hoje vou relatar alguns lances da minha época da TV
CIDADEe RÁDIO 104 FM. Quando assumi o compromisso de coloca la no ar, faltava justamente uma
semana para o carnaval e ai comentei com o Ivan Moraes e ele pegou o carro e
fomos ao Rio de Janeiro comprar os conectores que não havia em Leopoldina. O
interessante é que a aparelhagem estava já na emissora há cerca de dois anos e
alguns microfones sem fio, que era raridade na época, pois eram importados
estavam já com os fios cortados, produtos destruídos por certo por alguém que
não estava satisfeito antes deu assumir a emissora. Chamei dois colegas o Berto
Oliveira e o Jeferson e eles toparam o desafio, as câmeras de VHS eram M9000,
um luxo na época e os manuais todos em inglês, aprendemos na marra, todos os
aparelhos eram em inglês, mas conseguimos colocar a emissora no ar e fazermos a
transmissão ao vivo do Carnaval como já mencionei. Naquele pouco período criei
o jornal da Cidade que ia ao ar às 19 horas e sempre tínhamos matérias novas o
tempo todo, fizemos campanhas para construção da sede da Sociedade São Vicente
de Paula, reportagens de acidentes, críticas e elogios ao governo da época, era
uma coisa diferente, eu que já tinha estado no rádio durante mais de 8 anos, em
seis meses fiquei mais conhecido que os todos os anos passados. Mas por outro
lado havia uma guerra interna na emissora onde alguns funcionários não
combinavam e alguns achavam que eu estava por trás e nem sabia disso, mas foi
uma forma de me atingirem. O Edinho do Rádio fazia programa às 5 horas da manha
e duas vezes me procurou 5 horas dizendo que eu havia o sabotado e o programa
não entrava no ar como devia: uma vez o funcionário desligou a mesa de som da
rádio por dentro, num local que eu nem sabia que existia para desliga la, outra
vez o funcionário abriu a caixa de telefone e encostaram os dois fios para que
o mesmo não funcionasse e o programa tinha participação ao vivo e como não
funcionava o Edinho achava que era eu que o sabotava, sendo que como sempre
disse nunca tive a intenção de prejudicar alguém, ou melhor, sempre torci para
que os locais que trabalhei fossem harmoniosos e em equipe, mas o ego e a
inveja às vezes atrapalha o bom senso. Depois de alguns anos em conversa com o
Jeferson ele me confidenciou: perdemos a grande chance naquela época, pois você
tinha moral com o Naya e se todos nós tivéssemos te dado apoio a emissora teria
sido um sucesso e crescido e muito. Na 104 se me lembro de fiz apenas um
programa, pois na época sempre foi musical e eu como falante que sou não me
adaptaria a ela, hoje vejo as grandes rádios TUPI, Globo e outras fazerem AM no
FM, ou seja, fazendo o rádio do jeito que gosto, pois se for para ouvir música temos
excelentes aparelhos portáteis e a qualidade é muito melhor que ouvir o rádio,
pelo menos essa é minha visão, o povo tá carente de ouvir uma voz amiga, de noticias,
de um parceiro no rádio e sempre fui da opinião voz bonita não faz o rádio
ajuda, mas o conteúdo em qualquer horário que for se for bom agrada.
Lembro-me da época em que o Naya teve o problema com o
Palace Dois no Rio e sinceramente acho que ele é o menos culpado em alguns
termos, vou explicar no meu ponto de vista: primeiro o Naya tinha tanta coisa
que não sabia o que tinha isso estou falando do período que trabalhei com ele,
por várias vezes me enviava o mesmo produto, se esquecendo de que já havia me
mandado. Uma vez fiquei sabendo que suas máquinas ficaram isoladas num local e
estragaram por falta de alguém mexer, pois nem ele sabia onde estava. Tinha
alguns assessores que gostavam de passar a perna nele, superfaturar, ou mesmo
vender gato por lebre. Acredito que a construção com areia de praia não foi ideia
dele, se esse foi o laudo, ele apenas confiava nos seus profissionais e
venhamos e convenhamos o empresário não fica a frente de todos os projetos. Ele
foi assessorado, pois o prédio caiu na terça de carnaval, teve tempo de se
mobilizar e se tivesse uma assessoria boa, faria igual ao acidente da TAM, iria
para a TV faria um pronunciamento dizendo que iria indenizar a todos e se
justificar. Mas não foi orientado nesse sentido, havia uma rede globo mordida
contra ele, pois na época da história dos anões do orçamento o nome dele foi
citado e ele ganhou uma indenização e o Jornal Nacional teve que se retratar
dizendo que havia trocado o sobrenome do Sérgio na época, não é atoa que a
mesma emissora veio a Leopoldina a procura de filmagens contra ele e mostrou-o
no seu hotel em Orlando ou Miami onde metia o fumo no funcionário que queria
que servisse em copo de cristal. Ele era assim mesmo, quantas vezes me falou
que queria que a TV e a Rádio tivesse um local bonito, luxuoso, mas seus
assessores diretos e parentes que tomavam a frente não deixavam cumprir as suas
ordens. Sei que não era santo, mas quanta pessoa ajudou trazendo aparelhagens
para hospitais, fazendo doações sem aparecer e outras coisas mais, muitos podem
me criticar pelo comentário, mas quem conheceu o Sérgio Naya como eu que
convivi com ele diariamente durante seis meses pessoalmente ou por telefone,
sabia que tinha um lado humano e outra coisa uma pessoa que vive de construir
prédios ia querer construir algo para cair. Veja que o próprio Ratinho já teve
denuncias de casas caídas em sua construtora, só que o Naya tinha um defeito
não ouvia muito as pessoas no primeiro momento, mas depois até que refletia e
via que estava certo, comigo era assim, mas os assessores dele eram fracos e só
pensavam em si próprios. Naya caiu, mas não entregou ninguém, pois se quisesse
tenho certeza que sabia muito e de muitos políticos, no final descobriu que
alguns passavam a perna nele, ficou com a cabeça meio confusa e a sua morte
ficou um pouco estranha no meu ponto de vista. Depois que sai da sua emissora
tive uns dois ou três encontros e sempre se lembrava de mim com carinho. Morreu
e eu havia brigado com ele, pois ao estar desempregado ele me ligou e ofereceu
que eu assumisse a sua emissora e na hora h, quando o seus assessores vieram
colocaram o Haroldo Crespo, pois havia feito fofoca com ele, não deixei barato,
liguei para ele e falei algumas verdades o chamando de moleque e ele gaguejava
e pedia desculpas, depois disso nunca mais o encontrei.
Vou ficando por aqui depois volto com a saída da TV e
ida para a Brahma como foi?
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