quinta-feira, 28 de abril de 2016

Essa é sua história... Volta ao desemprego...parte 16

Nesta sexta-feira, dia 04 de março, a vida dá uma reviravolta e como muitos dizem é hora de jogar o passado no lixo e recomeçar e concordo em parte, mas o passado nos serve de experiência e as vezes de um alicerce para o futuro. Quem leu minha história já conhece um pouco de mim, alguns dizem que me expus demais, outros elogiaram pois passaram a me conhecer melhor. É claro que o que escrevi é a minha visão da minha vida, pode ser que outras pessoas tenham uma visão diferente, principalmente aqueles que conviveram comigo.
Na realidade quando escrevo apenas coloco no papel o que sinto no coração, realmente nunca tive a intenção de angariar simpatia ou pena, sempre foi assim nos meus programas de rádio. Como já disse algumas vezes apenas uma pessoa durante meus 48 ou quase 49 anos de idade, ao qual não consigo mais perdoar e conviver. Não se trata de rancor, trata-se de saber que a pessoa a qual me refiro não consegue se redimir e principalmente, conversando com um amigo ele disse: “essa pessoa não gosta nem de si mesmo” e acho que é verdade, pois será que quando deita no seu travesseiro não imagina quantas pessoas magoou, quantas pessoas desiludiu e enfim que o dinheiro que adquiriu não significa nada.
Hoje ao encerrar uma fase posso dizer que os dez anos que passei trabalhando foi um período de mais conquistas que derrotas. A verdade é que as coisas boas passam tão depressa que as vezes até esquecemos, os coisas ruins deixam cicatrizes e mágoas que nem sempre conseguimos esquecer.
Nesses meus anos pude observar que a vida é feita de altos e baixos e temos que saber conviver com esses momentos, pois quando estamos por cima há pessoas te puxam o saco, aproveitam de você e na realidade aqueles que te procuram nesse momento podem ser chamados de colegas, já na hora que estamos em baixa as pessoas te ignoram, as vezes fingem nem te conhecer, algumas até tem medo de você precisar de algo e para evitar que você peça simplesmente cortam a “amizade”, os que permaneceram esses sim devem ser considerados amigos e são raros.
Eu que já vivi esses dois degraus e hoje estou afastado de tudo posso afirmar que sei que daqui para adiante entro na fase de reconhecer os “amigos” verdadeiros, pois colegas são colegas de escola, trabalho, de bar, de papo e amigos são aqueles que só aparecem nesses momentos de dificuldade.
Essa semana apesar de ter um rompimento na fase que vivia tive três momentos felizes que posso narrar aqui sem citar nomes: quando uma mãe de um aluno me abordou falando sobre a mudança de seu filho e a tristeza pelo fechamento do SESI, outro momento é quando um ex funcionário vira para você e fala: “ esse foi o meu primeiro emprego e só tenho a te agradecer, não tenho nada a reclamar só a agradecer” e o terceiro é quando um jovem escreve que só não foi para o mal caminho porque ouviu meus conselhos e de minha esposa, pois quando mais novo acreditava que o importante era conseguir dinheiro fácil, mas de maneira errada, e segundo suas próprias palavras: “Quando eu mesmo já não acreditava e se daqui pra frente eu vencer na vida .... Não foi sozinho .. Pois vcs estavam comigo a todo o tempo por conta do q me ensinaram e da força q me deram valeu mesmo. ”, isso as vezes vale mais do que qualquer coisa, o reconhecimento.
Durante dez anos eu convivi com todos os tipos de pessoas e passaram muitos funcionários, associados, alunos na minha vida e por certo acredito que de todos 5 pessoas guardaram mágoas comigo, ou romperam a amizade comigo, mas o número de pessoas que se tornaram colegas foi muito maior. Tenho o orgulho de ter dado oportunidade a várias pessoas que nunca tinham trabalhado, a pessoas que estavam passando por momentos de envolvimento com drogas e me pediram ajuda dei e ele deu a volta por cima e se tornou um esposo e uma pessoa melhor e retornou para me agradecer. Há também aquele que dei a chance de retornar ao trabalho, mesmo aposentado, e ao invés de agradecer procurou colegas de trabalho para falar mal de mim, dizendo que sou um péssimo administrador. Mas a vida é assim as pessoas confundem que quando administramos algo, principalmente que não é nosso temos que tomar decisões que nem sempre concordamos, mas temos que cumprir a lei, as normas e se nestes dez anos eu prejudiquei alguém, sinceramente foi sem querer, apenas fiz o que tinha que ser feito naquele determinado momento, pois ser administrador é ser capaz de tomar decisões e segurar as consequências.
Ao final nos dez anos tiveram pessoas que marcaram nossa jornada e se não permanecer a amizade, fica a lembrança de ter o prazer de trabalhar com ele. Não vou citar nomes, mas se você lê essa história por certo saberá em que escala se encaixa.

A vida continua e como diz um amigo psicólogo que estou visitando: “ temos que saber nos livrar do passado, acreditar em si mesmo, ter auto estima, romper com o passado e acima de tudo pensar primeiro em nós mesmos, pois só assim poderei ser feliz. Ele que me falou: somos descartáveis perante os outros, mas temos que ter a consciência de nossa própria força e não nos abater”.

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