Depois
da morte de meus avós ainda fiquei dois anos desempregado e em 2004 ao
participar do programa Fala Garoto do Amauri dos Santos o mesmo sempre me
falava sobre política e achava que eu não tinha medo de me expor, em um de seus
programas ele me perguntou entre as três chapas a candidatura a prefeito quem
eu achava que era a melhor opção:
Zé
Roberto, Iolanda e Bené Guedes disputavam e eu disse mesmo brigado com o Bené
que achava que por ele ter sido deputado algumas vezes terei um trânsito melhor
nas esferas estaduais e federais e seria a meu ver a melhor opção. A informação
chegou ao conhecimento do então candidato que pediu que o Zé Américo me ligasse
e falasse que o Bené gostaria de conversar comigo, respondi de imediato, ele
sabe meu telefone e não recebo recados. Nisso Bené Guedes me ligou e me pediu
desculpas, agradeceu pelas palavras e me mandou buscar em casa e me fez uma
oferta, me contratou para ser o cinegrafista de sua campanha. Durante alguns
meses eu fiquei filmando até que um dia perguntei ao mesmo “vai ter telão em
sua campanha ou você só me contratou para me agradar” e ele respondeu que não
haveria telão na campanha ai então entreguei o serviço e ele me pediu para
cuidar da parte financeira da campanha o que fiz até meados de setembro, tendo
como coordenador o José Newton, como já estava brigado com o José Roberto que
havia me atacado em praça pública quando da inauguração da farmácia popular
mandando eu e o Luiz Carlos Montenári tomar gadernal, coloquei o numero 45 na
minha casa e abracei a campanha. Em setembro após não concordar com alguns
fatos na parte financeira comuniquei ao candidato Bené que me retirou da parte
financeira e me passou para a área de propaganda em rádio junto ao Julio César.
Neste período o candidato Zé Roberto estava com a candidatura sob impedimento
da justiça eleitoral e o Bené ganhou durante alguns meses antes da posse e sua
casa virou um ponto de visita, os adversários, os puxam sacos e aqueles que
sempre são os amigos na hora da vitória não saiam de lá. Neste intervalo o
Bené, juntamente com Carlos Heleno e Márcio de Castro me procurou e me pediram
se podia fechar as contas de campanha do Bené. E contrataram dois contadores
para me ajudar e ficou acertada que o Bené me pagaria pelos serviços a parte.
Fechamos as contas os dois contadores quiseram me pagar pela ajuda, como eles
disseram você praticamente fez tudo, eu disse que não que o pagamento seria
feito pelo Bené conforme o combinado. Neste meio tempo o Zé Roberto conseguiu
derrubar o impedimento e foi eleito prefeito, você já viu um barco afundando e
todos pulando fora do mesmo, foi exatamente o que aconteceu com o Bené Guedes,
seus “amigos” sumiram todos, ficando somente eu, Marcio de Castro e Carlos
Heleno até o fim com ele e algumas exceções, mas lembro-me da figura do Bené
abatida na sua área de lazer, de pijama e me convidando para almoçar com ele,
já que as visitas eram raras e os puxam sacos, como é normal pularam de lado e
estavam agora atrás do Zé Roberto, e eu agradeci disse que estava ali apenas
para cumprir minha obrigação fechar suas contas. Passou essa fase e o eu
pagamento caiu no esquecimento. E continuei minha vida de luta para sobreviver,
em 2005 descobri que minha filha que tinha um problema de nascença do coração
uma válvula a menos e uma comunicação entre os dois lados do coração tinha
aparecido um furo no coração e que precisaria ser operada o mais rápido
possível, como tinha Unimed comecei a correr atrás para saber aonde opera la,
neste meio tempo pedi ao Bené se poderia me emprestar o seu apartamento em BH
para procurar alguns especialistas e a resposta nunca veio. Depois de exames em
juiz de Fora e a ida a São Paulo em outros especialistas resolvemos que teria
que ser operada e depois de muita luta para autorização a operação foi marcada.
No final de 2005 as vésperas do natal o Carlos Heleno me procura e me leva até
o Rodolpho Lannes Rosa que assumiria a Associação Comercial em 2006 e me
oferece para ser o gerente do SESI, o Carlos Heleno havia me indicado depois de
ver o meu trabalho junto à campanha do Bené.
Assumi o SESI em 11 de janeiro de 2006, após consultar aos meus professores
Getulio Subirá e Gilberto se teria capacidade para tal, afinal são onze anos de
afastamento de um serviço e eles garantiram que daria certo pela minha
experiência junto a Praça de Esportes. Hoje me lembro de que a minha situação
era tão crítica que para ir trabalhar comprei cinco camisas de malha para poder
ir trabalhar, pois não tinha roupas para sair e estava realmente na penúria.
Após três meses de investigação para ver os erros do SESI fiz um relatório que
chocou a diretoria da época, o então Cláudio Moura que deixava a presidência,
lembro que o Carlos Heleno me pediu até que maneirasse no relatório, pois eram
coisas graves e poderia ofender ao ex-presidente, mas disse que ele não tinha
culpa apenas confiou em quem estava lá e que não ia ao clube. Lembro que
encontrei um SESI sem nenhum documento todos os relatórios sumiram, o
computador foi apagado e comecei do zero, a partir de março por decisão do
Rodolpho o SESI se tornou independente da matriz da ACIL sendo todas as
decisões tomadas nele próprio com o gerente de esportes da época que era o
Rosemberg que depois teve que sair por motivos de doença na família e o Carlos
Heleno assumiu o posto. Uma semana após assumir minha filha teve a cirurgia
marcada para dia 16 de janeiro e o Rodopho me liberou para ir acompanhar a
operação que graças a Deus correu tudo bem. Quando retornei na inauguração do
IML em Leopoldina encontro com o Bené é ele me fala: fiquei sabendo que sua
filha operou está precisando de alguma coisa e de cara respondi: na hora que
precisei você não me ajudou agora não preciso de nada. 2006 foi um ano de
vitórias com o emprego e com a operação bem sucedida de minha filha e um ano de
perda, pois perdi o meu anjo da guarda a Laura minha madrinha de casamento que
faleceu no dia 15 de janeiro e eu não fiquei sabendo só quando estava em São
Paulo acompanhando minha filha na sua cirurgia. Depois disso assumi o SESI
durante esses dez ano teve que tomar atitudes que estavam previstas no contrato
de parceria entre ACIL e SESI e uma delas foi o desligamento de uma
profissional de esportes, após uma avaliação da Daniela Antonini, que justamente
era sobrinha do Bené Guedes e o mesmo contrariado marcou uma reunião com o meu
presidente da ACIL para ter explicações, achando que eu estava perseguindo a mesma,
Rodolpho que considero um dos melhores presidentes que convivi na ACIL me
buscou no SESI e falou leva os documentos que você vai explicar ao Bené o que
aconteceu. Chegando ao terceiro andar do prédio da ACIL La estava Bené e Carlos
Heleno, Rodolpho chegou e disse: ”Bené deixo você com o Marcus Vinicius para te
dar explicação, ele é meu homem de confiança e o que ele falar eu estou ciente
e confio” e saiu da sala. Demonstrei o relatório da Daniela e o porquê da
demissão da funcionária e ele me pediu desculpas dizendo que não sabia de tais
fatos. Depois disso a tal funcionária procurou o Antonio Muzzi que era o
Gerente de Esportes do SESI no estado para reclamar de mim e o gerente regional
da época Miguel me ligou e perguntou se eu não havia desligado a tal
profissional e caso não tivesse era para ser desligada imediatamente, só que já
havia o feito. Não satisfeito o Bené marcou uma reunião com o presidente da
FIEMG, Robson Andrade, e o gerente regional me ligou perguntando quem era Bené
Guedes e o que ele queria com o presidente da FIEMG e eu liguei para casa do
Bené, ele me falou que era amigo do Robson (que curiosamente não sabia quem ele
era) e disse que a visita era para me elogiar, eu informei que se fosse para
comprar o SESI ou algo parecido o mesmo estava pronto a recebe ló caso
contrário não, e ele não teve a tão audiência que desejou. Em 2008 Bené se
candidatou a prefeito novamente e de frente a prefeitura com o Rosalvo ao
volante para o carro e me chama e fala que gostaria de meu apoio na sua nova
campanha e eu respondemos: “Bené fiquei anos desempregado, quando precisei
ninguém me deu a mão e agora que estou trabalhando no SESI não vou abraçar
nenhuma campanha e não vou te dar apoio como fiz na sua ultima campanha”,
Rosalva tentou conversar e o Bené simplesmente disse deixa ele, ele tem razão.
Durante sua campanha o motorista dele foi o Carlinhos (Careca) como é conhecido
por todos e por mais de uma vez, ele é testemunha, o Bené a me ver parava o
carro e descia e me abraçava e dizia: “Se sou candidato é graças a esse rapaz,
devo muito a ele”. Após sua eleição fiz algumas apresentações de graça para a
prefeitura por causa deles não terem dinheiro. Neste intervalo de anos o Júlio
Gama que trabalhava na rádio Jornal conseguiu convencer aos donos da emissora,
o sistema Multisom a me dar uma oportunidade de ter um programa comprado nas
manhãs de domingo de 9:30 ao meio dia que durou anos, nem lembro quantos, foi
até uma surpresa para “meus ex-colegas de rádio” que alguns falaram na época
com o Junior (ele nunca confirmou), mas tenho certeza que estava criando um
problema. Após a eleição do Bené em uma festa na casa da Valéria Benati, onde
estavam na mesa Bené e esposa, o vice-prefeito e esposa, Márcio Freire e
esposa, José Carlos Calil e esposa e Valéria eu disse algumas coisas que
aconteciam no seu governo e que ele deveria mudar e falei que estava refém de
alguns companheiros da imprensa que só visam dinheiro e que seu governo estava
indo mal. Lembro que Márcio Freire levantou e me cumprimentou e disse que se
ele tivesse em sua época alguém com essa coragem ele não teria cometido alguns
erros.
Meses
depois o Bené, junto com João Ricardo e José Geraldo Machado (Gué) compram a
rádio jornal e contratam o João Bosco Cerqueira para ser o diretor e o mesmo me
chama para uma reunião em me diz: ”Por ordem dos novos donos da emissora
estamos te tirando do ar, pois você não faz o perfil da emissora” e aquilo que
era minha paixão, pois fazia por gosto e não ganha um tostão, os patrocinadores
eram apenas para cobrir o que havia combinado com a rádio me foi tirado. Depois
desse dia, lembrei-me de tudo o que já havia passado com o Bené, desde quando
na época da Safira guardei algo para ele, o projetor que me prometeu e não cumpriu
o pagamento não feito na época de seu fechamento de prestação de contas, a sua
tentativa de me tirar através da ACIL e da FIEMG do SESI e por fim a minha
retirada do ar tomei uma decisão radical e publiquei em meu blog “Senhor Bené
Guedes favor não e cumprimentar em público, pois estou acostumado a lidar com
homens e não moleque” e assim faço até hoje. Apresentei solenidades para a
polícia militar, polícia civil, citei o nome do prefeito e fiz minha parte como
cerimonial, mas quando ele me ergueu a mão eu disse já falei que não
cumprimento moleque e virei às costas, tenho o Tenente Getulio para confirmar
minhas palavras. Na última eleição o José Roberto que havia me atacado no SESI
por duas vezes, que havia me ridicularizado em praça pública me parou e pediu
desculpas e me pediu apoio a sua campanha e eu respondi “Não tenho nada contra
você Zé Roberto, inclusive você me mandou tomar gardernal em praça pública e eu
não comprei porque se esqueceu de me dar à receita” Rimos e eu tomei a decisão
de não me opor a nenhum político, pois aqueles que vesti a camisa sempre foram
os que me traíram como eu digo “sou bom e barato por isso me querem e usam como
uma agulha descartável, quando não precisam jogam fora”.
Por
aqui para uns instantes sobre a minha vida sou ainda funcionário da ACIL até seis
de março, ou antes, mas depois contarei alguns lances gloriosos do SESI, algumas
decepções e alguns fatos curiosos no meu blog, por respeito ao trabalho não
falarei agora, pois poderá ser considerado um afronto a alguns ou um modo de
querer demonstrar meu valor. E antes que falem que cuspi nos pratos que comi,
esclareço os fatos narrados são verdadeiros e posso garantir que os meus ex-patrões
com quem convivi não podem falar um a sobre a minha dedicação e lealdade no
cumprimento dos meus deveres e alguns são meus amigos, mesmo que não tenha
contato diário podendo citar o Nei, dona Luzia, o próprio Ricardo Calil que
veio me conhecer melhor quando foram meu professor na Doctum, os ex-diretores
da Multisom Gerci e Walter de Paula. A ainda os tempos de faculdade que poderia
contar antes para vocês, como diz o meu amigo Luan “Ao Marcos”.
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