quinta-feira, 28 de abril de 2016

Esta é sua vida... um desabafo dos momentos difíceis e das traições sofridas.. parte 13

Depois da morte de meus avós ainda fiquei dois anos desempregado e em 2004 ao participar do programa Fala Garoto do Amauri dos Santos o mesmo sempre me falava sobre política e achava que eu não tinha medo de me expor, em um de seus programas ele me perguntou entre as três chapas a candidatura a prefeito quem eu achava que era a melhor opção:
Zé Roberto, Iolanda e Bené Guedes disputavam e eu disse mesmo brigado com o Bené que achava que por ele ter sido deputado algumas vezes terei um trânsito melhor nas esferas estaduais e federais e seria a meu ver a melhor opção. A informação chegou ao conhecimento do então candidato que pediu que o Zé Américo me ligasse e falasse que o Bené gostaria de conversar comigo, respondi de imediato, ele sabe meu telefone e não recebo recados. Nisso Bené Guedes me ligou e me pediu desculpas, agradeceu pelas palavras e me mandou buscar em casa e me fez uma oferta, me contratou para ser o cinegrafista de sua campanha. Durante alguns meses eu fiquei filmando até que um dia perguntei ao mesmo “vai ter telão em sua campanha ou você só me contratou para me agradar” e ele respondeu que não haveria telão na campanha ai então entreguei o serviço e ele me pediu para cuidar da parte financeira da campanha o que fiz até meados de setembro, tendo como coordenador o José Newton, como já estava brigado com o José Roberto que havia me atacado em praça pública quando da inauguração da farmácia popular mandando eu e o Luiz Carlos Montenári tomar gadernal, coloquei o numero 45 na minha casa e abracei a campanha. Em setembro após não concordar com alguns fatos na parte financeira comuniquei ao candidato Bené que me retirou da parte financeira e me passou para a área de propaganda em rádio junto ao Julio César. Neste período o candidato Zé Roberto estava com a candidatura sob impedimento da justiça eleitoral e o Bené ganhou durante alguns meses antes da posse e sua casa virou um ponto de visita, os adversários, os puxam sacos e aqueles que sempre são os amigos na hora da vitória não saiam de lá. Neste intervalo o Bené, juntamente com Carlos Heleno e Márcio de Castro me procurou e me pediram se podia fechar as contas de campanha do Bené. E contrataram dois contadores para me ajudar e ficou acertada que o Bené me pagaria pelos serviços a parte. Fechamos as contas os dois contadores quiseram me pagar pela ajuda, como eles disseram você praticamente fez tudo, eu disse que não que o pagamento seria feito pelo Bené conforme o combinado. Neste meio tempo o Zé Roberto conseguiu derrubar o impedimento e foi eleito prefeito, você já viu um barco afundando e todos pulando fora do mesmo, foi exatamente o que aconteceu com o Bené Guedes, seus “amigos” sumiram todos, ficando somente eu, Marcio de Castro e Carlos Heleno até o fim com ele e algumas exceções, mas lembro-me da figura do Bené abatida na sua área de lazer, de pijama e me convidando para almoçar com ele, já que as visitas eram raras e os puxam sacos, como é normal pularam de lado e estavam agora atrás do Zé Roberto, e eu agradeci disse que estava ali apenas para cumprir minha obrigação fechar suas contas. Passou essa fase e o eu pagamento caiu no esquecimento. E continuei minha vida de luta para sobreviver, em 2005 descobri que minha filha que tinha um problema de nascença do coração uma válvula a menos e uma comunicação entre os dois lados do coração tinha aparecido um furo no coração e que precisaria ser operada o mais rápido possível, como tinha Unimed comecei a correr atrás para saber aonde opera la, neste meio tempo pedi ao Bené se poderia me emprestar o seu apartamento em BH para procurar alguns especialistas e a resposta nunca veio. Depois de exames em juiz de Fora e a ida a São Paulo em outros especialistas resolvemos que teria que ser operada e depois de muita luta para autorização a operação foi marcada. No final de 2005 as vésperas do natal o Carlos Heleno me procura e me leva até o Rodolpho Lannes Rosa que assumiria a Associação Comercial em 2006 e me oferece para ser o gerente do SESI, o Carlos Heleno havia me indicado depois de ver o meu trabalho junto à campanha do Bené.  Assumi o SESI em 11 de janeiro de 2006, após consultar aos meus professores Getulio Subirá e Gilberto se teria capacidade para tal, afinal são onze anos de afastamento de um serviço e eles garantiram que daria certo pela minha experiência junto a Praça de Esportes. Hoje me lembro de que a minha situação era tão crítica que para ir trabalhar comprei cinco camisas de malha para poder ir trabalhar, pois não tinha roupas para sair e estava realmente na penúria. Após três meses de investigação para ver os erros do SESI fiz um relatório que chocou a diretoria da época, o então Cláudio Moura que deixava a presidência, lembro que o Carlos Heleno me pediu até que maneirasse no relatório, pois eram coisas graves e poderia ofender ao ex-presidente, mas disse que ele não tinha culpa apenas confiou em quem estava lá e que não ia ao clube. Lembro que encontrei um SESI sem nenhum documento todos os relatórios sumiram, o computador foi apagado e comecei do zero, a partir de março por decisão do Rodolpho o SESI se tornou independente da matriz da ACIL sendo todas as decisões tomadas nele próprio com o gerente de esportes da época que era o Rosemberg que depois teve que sair por motivos de doença na família e o Carlos Heleno assumiu o posto. Uma semana após assumir minha filha teve a cirurgia marcada para dia 16 de janeiro e o Rodopho me liberou para ir acompanhar a operação que graças a Deus correu tudo bem. Quando retornei na inauguração do IML em Leopoldina encontro com o Bené é ele me fala: fiquei sabendo que sua filha operou está precisando de alguma coisa e de cara respondi: na hora que precisei você não me ajudou agora não preciso de nada. 2006 foi um ano de vitórias com o emprego e com a operação bem sucedida de minha filha e um ano de perda, pois perdi o meu anjo da guarda a Laura minha madrinha de casamento que faleceu no dia 15 de janeiro e eu não fiquei sabendo só quando estava em São Paulo acompanhando minha filha na sua cirurgia. Depois disso assumi o SESI durante esses dez ano teve que tomar atitudes que estavam previstas no contrato de parceria entre ACIL e SESI e uma delas foi o desligamento de uma profissional de esportes, após uma avaliação da Daniela Antonini, que justamente era sobrinha do Bené Guedes e o mesmo contrariado marcou uma reunião com o meu presidente da ACIL para ter explicações, achando que eu estava perseguindo a mesma, Rodolpho que considero um dos melhores presidentes que convivi na ACIL me buscou no SESI e falou leva os documentos que você vai explicar ao Bené o que aconteceu. Chegando ao terceiro andar do prédio da ACIL La estava Bené e Carlos Heleno, Rodolpho chegou e disse: ”Bené deixo você com o Marcus Vinicius para te dar explicação, ele é meu homem de confiança e o que ele falar eu estou ciente e confio” e saiu da sala. Demonstrei o relatório da Daniela e o porquê da demissão da funcionária e ele me pediu desculpas dizendo que não sabia de tais fatos. Depois disso a tal funcionária procurou o Antonio Muzzi que era o Gerente de Esportes do SESI no estado para reclamar de mim e o gerente regional da época Miguel me ligou e perguntou se eu não havia desligado a tal profissional e caso não tivesse era para ser desligada imediatamente, só que já havia o feito. Não satisfeito o Bené marcou uma reunião com o presidente da FIEMG, Robson Andrade, e o gerente regional me ligou perguntando quem era Bené Guedes e o que ele queria com o presidente da FIEMG e eu liguei para casa do Bené, ele me falou que era amigo do Robson (que curiosamente não sabia quem ele era) e disse que a visita era para me elogiar, eu informei que se fosse para comprar o SESI ou algo parecido o mesmo estava pronto a recebe ló caso contrário não, e ele não teve a tão audiência que desejou. Em 2008 Bené se candidatou a prefeito novamente e de frente a prefeitura com o Rosalvo ao volante para o carro e me chama e fala que gostaria de meu apoio na sua nova campanha e eu respondemos: “Bené fiquei anos desempregado, quando precisei ninguém me deu a mão e agora que estou trabalhando no SESI não vou abraçar nenhuma campanha e não vou te dar apoio como fiz na sua ultima campanha”, Rosalva tentou conversar e o Bené simplesmente disse deixa ele, ele tem razão. Durante sua campanha o motorista dele foi o Carlinhos (Careca) como é conhecido por todos e por mais de uma vez, ele é testemunha, o Bené a me ver parava o carro e descia e me abraçava e dizia: “Se sou candidato é graças a esse rapaz, devo muito a ele”. Após sua eleição fiz algumas apresentações de graça para a prefeitura por causa deles não terem dinheiro. Neste intervalo de anos o Júlio Gama que trabalhava na rádio Jornal conseguiu convencer aos donos da emissora, o sistema Multisom a me dar uma oportunidade de ter um programa comprado nas manhãs de domingo de 9:30 ao meio dia que durou anos, nem lembro quantos, foi até uma surpresa para “meus ex-colegas de rádio” que alguns falaram na época com o Junior (ele nunca confirmou), mas tenho certeza que estava criando um problema. Após a eleição do Bené em uma festa na casa da Valéria Benati, onde estavam na mesa Bené e esposa, o vice-prefeito e esposa, Márcio Freire e esposa, José Carlos Calil e esposa e Valéria eu disse algumas coisas que aconteciam no seu governo e que ele deveria mudar e falei que estava refém de alguns companheiros da imprensa que só visam dinheiro e que seu governo estava indo mal. Lembro que Márcio Freire levantou e me cumprimentou e disse que se ele tivesse em sua época alguém com essa coragem ele não teria cometido alguns erros.
Meses depois o Bené, junto com João Ricardo e José Geraldo Machado (Gué) compram a rádio jornal e contratam o João Bosco Cerqueira para ser o diretor e o mesmo me chama para uma reunião em me diz: ”Por ordem dos novos donos da emissora estamos te tirando do ar, pois você não faz o perfil da emissora” e aquilo que era minha paixão, pois fazia por gosto e não ganha um tostão, os patrocinadores eram apenas para cobrir o que havia combinado com a rádio me foi tirado. Depois desse dia, lembrei-me de tudo o que já havia passado com o Bené, desde quando na época da Safira guardei algo para ele, o projetor que me prometeu e não cumpriu o pagamento não feito na época de seu fechamento de prestação de contas, a sua tentativa de me tirar através da ACIL e da FIEMG do SESI e por fim a minha retirada do ar tomei uma decisão radical e publiquei em meu blog “Senhor Bené Guedes favor não e cumprimentar em público, pois estou acostumado a lidar com homens e não moleque” e assim faço até hoje. Apresentei solenidades para a polícia militar, polícia civil, citei o nome do prefeito e fiz minha parte como cerimonial, mas quando ele me ergueu a mão eu disse já falei que não cumprimento moleque e virei às costas, tenho o Tenente Getulio para confirmar minhas palavras. Na última eleição o José Roberto que havia me atacado no SESI por duas vezes, que havia me ridicularizado em praça pública me parou e pediu desculpas e me pediu apoio a sua campanha e eu respondi “Não tenho nada contra você Zé Roberto, inclusive você me mandou tomar gardernal em praça pública e eu não comprei porque se esqueceu de me dar à receita” Rimos e eu tomei a decisão de não me opor a nenhum político, pois aqueles que vesti a camisa sempre foram os que me traíram como eu digo “sou bom e barato por isso me querem e usam como uma agulha descartável, quando não precisam jogam fora”.

Por aqui para uns instantes sobre a minha vida sou ainda funcionário da ACIL até seis de março, ou antes, mas depois contarei alguns lances gloriosos do SESI, algumas decepções e alguns fatos curiosos no meu blog, por respeito ao trabalho não falarei agora, pois poderá ser considerado um afronto a alguns ou um modo de querer demonstrar meu valor. E antes que falem que cuspi nos pratos que comi, esclareço os fatos narrados são verdadeiros e posso garantir que os meus ex-patrões com quem convivi não podem falar um a sobre a minha dedicação e lealdade no cumprimento dos meus deveres e alguns são meus amigos, mesmo que não tenha contato diário podendo citar o Nei, dona Luzia, o próprio Ricardo Calil que veio me conhecer melhor quando foram meu professor na Doctum, os ex-diretores da Multisom Gerci e Walter de Paula. A ainda os tempos de faculdade que poderia contar antes para vocês, como diz o meu amigo Luan “Ao Marcos”.

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