Em
Julho de 2014 eu sai da DAMATA e naquela época não tive mais o seguro
desemprego e nem o FGTS, pois já havia tirado na época da Safira, mas como
andava estressado e muito nervoso resolvi largar tudo e trabalhar por conta
própria eu fazendo filmagens e a minha esposa fazia doces para fora. Morava eu,
minha esposa, minha filha de três anos e meus avós Chiquinho e Carmosa. Era ano
de eleição municipal e o então candidato Márcio Freire me mandou procurar a sua
coordenadora de campanha, Lúcia Gama, para trabalhar em sua campanha, mas naquela
época o Márcio tinha um código de cores de bilhetes e dependendo da cor do
mesmo os seus assessores atendiam ou enrolavam o que levava o bilhete. Fui ao
encontro da coordenadora e ela ao vê disse que não havia função para mim na
campanha e caso aparecesse algo ela me procuraria, mas que achava difícil
conseguir algo. Na
época existia a TV CIDADE e o então candidato Márcio Freire
contratou e compraram aparelhagens para produzir seus programas de TV, eu saio
do comitê e liguei para o concorrente dele, apoiado pelo então prefeito José
Roberto, e uma curiosidade na época o prefeito José Roberto era brigado com o Júlio César via até justiça e numa vez ele foi visitar o comitê do candidato e o Julio estava lá o Zé Roberto entrou com sua mãe pela porta da frente e saíram com Júlio pela porta dos fundos, o candidato era José Newton Ferreira e me ofereci a fazer parte de sua campanha e ele
me chamou para um comitê perto da Igreja São José, na época fiquei sabendo que
o Márcio ao saber do ocorrido mandou um taxista me procurar para contornar o
problema, mas não me encontrou.
A campanha foi uma beleza, com minha
aparelhagem simples e com baixa verba de campanha eu produzia um programa
diário para o programa de prefeito e dos vereadores, ficava no comitê na casa
da BR 116, onde havia o estúdio e gravávamos os programas. Nossa hoje vejo que
foi um trabalho profissional, descobrimos que o vice do Márcio, Darcy Resende,
tirava votos segundo pesquisas e foi afastado do vídeo, ai com o Dércio da
Capetinga gravamos uma paródia sobre a propaganda da sadia, onde uma criança de
olhos vendados passava a mão sobre os presuntos e escolhia o sadia. Ai colocou
os três vices prefeitos da época, em fila e o Dércio passava a mão, e na hora
da gravação a caixa de vídeo caiu justamente na imagem do Darcy e ai o Dércio
escolhia o Eli Neto e quando passou sobre a imagem do Darcy com o som ele
brincava “Ué o vice do outro sumiu”, em outra gravação saímos na rodovia e o
Dércio saia do meio das árvores e perguntava “Cadê o vice” e a propaganda era
baseada na música, já que o candidato Zé Newton gostava de dançar e o colocava dançando com os seus eleitores.
Uma
característica a campanha era que a câmera acompanhava o Zé Newton 24 horas por
dia e a única exigência feito pelo candidato a mim era para que não utilizasse
imagem de pobreza para mexer com os eleitores, não explorar a dificuldade
alheia para ganhar votos. Um erro de
campanha foi quando as pesquisas deram que o candidato Zé Newton estava na
frente ocorreu um debate na Igreja do Rosário, e eu fui contra a sua
participação, pois nos outros marcados o então Marcio Freire que estava à
frente não participava, mas pelo Eli ser muito religioso aceitou e houve um
erro de estratégia, o Zé Newton ao invés de se concentrar para o debate foi
fazer campanha no distrito de Abaiba e na hora do Debate chegou cansado e na
hora do debate houve uma falha no microfone do Zé Newton (acho até hoje que foi
de propósito) e o mesmo perdeu a calma e brigou com o sonoplasta e a campanha
do Márcio usou essa cena constantemente dizendo que o Zé Newton não estava
preparado para emocionalmente para ser prefeito, mas nós debatemos essa tese.
Lembro que foi a maior carreata já vista em uma campanha eleitoral que vi. Para
se ser ideia a carreata estavam no bairro Pirineus e a sua continuidade estava
na COHAB nova, onde nossa câmera filmava os carros do outro lado, a polícia
teve problemas para fazer a carreata sair do alto dos Pirineus, pois a COHAB
nova, a pracinha do ginásio, pracinha do urubu e o bairro Pirineus e COHAB
velha ficaram interditados de tantos carros. As vésperas da eleição a Globo
veio entrevistar Zé Newton como candidato eleito segundo as pesquisas. Lembro
que tive um problema na reta final, pois além de produzir eu apresentava os comícios,
eu apresentava os programas de TV e por pedido do Dr. José Roberto na reta
final ele queira que o Arnaldo Spindola assumisse a apresentação dos programas
de rádio, nisso eu simplesmente não falei nada, peguei meus equipamentos e fui
embora, pois ninguém acreditava na vitória, quando estava na frente ai
começaram aparecer aqueles que queriam apoiar de última hora. Com isso Zé
Newton foi atrás de mim e retornou com o que estava sendo feito. Lembro que para
fazermos o programa de rádio eu pedia ajuda a alguns para comprar fitas
cassetes e para a TV, levávamos o programa ao ar e pegava a fita novamente e gravávamos
o outro programa na frente, pois não tínhamos dinheiro pra a campanha. Eu só ia
a casa para dormir e tomar banho no final da madrugada. Lembro que ao encerrar
a campanha o Zé Newton e seus assessores me disseram que não precisariam mais
de mim para acompanhar a apuração, que era manual e um fato aconteceu à noite Zé
Newton fechou o dia com alguns votos de frente e ao abrir o dia seguinte os
votos que estavam à frente para Zé Newton começaram no lado do Márcio Freire e
o Zé perdeu, apesar de fazer a maioria da câmara de vereadores. Na prestação de contas o Zé Newton me
procurou para que eu assinasse uma declaração falando que havia feito a
campanha gratuitamente e o representante do PT me procurou querendo que eu
assinasse um documento dizendo na época que havia recebido R$ 5,00 por cada
programa produzido para prefeito e vereadores e me recusei, pois era mentira,
não sei o que ele fez, disse que era para ganha um dinheiro do diretório estadual,
com isso depois desse fato nunca mais votei no PT.
Na
realidade após a campanha fui para São Paulo e quando retornei o José Geraldo
Machado, Gué, me procurou e me deu um salário mínimo pela campanha, pois não
achava justo ter feito tudo de graça, mas foi uma iniciativa pessoal dele pelo
que sei. E quando retornei encontrei com o Wesley Moraes que fez parte da
campanha também e o mesmo me gozou “Marcus você que vestiu a camisa, fez a
campanha pro Zé Newton e no final quem virou assessor da câmara indicado pelos
vereadores da campanha do Zé foi o Arnaldo”, ao encontrar com uma vereadora
eleita ele disse que realmente eles haviam se esquecido de mim, pois nunca fui
de cobrar nada e como sempre digo acho que aquele a qual prestamos serviços ou
ajudamos é que tem que se lembrar de e valorizar as pessoas. Depois disso coordenei a campanha do Nei
Ribeiro em outra ocasião, mas sempre o avisava que corria o risco de não ser
eleito, pois ele apesar de ser uma boa pessoa não era tão conhecido e a equipe
que ele montou não traziam votos, acredito que em sua maioria tiravam voto.
Resultado o Nei perdeu para o seu funcionário na Brahma.
Depois
eu volto com mais casos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário, aguarde a moderação.