Ao final de mais uma exposição Agropecuária vejo que os
comentários são diversos e no facebook, bem como em site de noticias vem as
pesquisas principalmente sobre os shows para o próximo ano. No face uma mãe reclamou
que apesar de ter telefonado para a secretaria em um dia de show, foi informada
que os portões seriam fechados as 18 horas e quando chegou lá as 17 horas já
estava sendo cobrado o valor de R$ 30,00 e que ficou impedida de levar seu
filho para o parque de diversões, fiz um comentário sobre o assunto e hoje
resolvi colocar minha opinião de forma mais clara e com maior espaço no meu
blog. Antes porém colocarei o que publiquei no face:
Concordo
com vários comentários, mas lembro que a exposição é uma festa particular e
eles tem por objetivo apenas demonstrar seus animais. Já passou da hora de
Leopoldina ter um parque municipal aonde poderíamos ter shows diversos, poderia
até cobrar em
alguns casos, mas preço simbólico. Eu me recordo das exposições antigas, as
ruas lotadas, fui apresentador em três anos 48,49 e 50 anos e naquela época
traziam shows realmente que atendiam ao gosto popular, de todos os gêneros. As
coisas mudaram muito, os preços aumentaram, mas uma coisa não muda em
Leopoldina, aqui você pode ser o melhor, pode ser eficiente, só que não tem
valor, aqui como disse um dos comentários eles querem saber o seu sobrenome,
isso basta para você ser valorizado. Como sempre comento nas minhas conversas,
Leopoldina é tão complicada, todos os lugares que abrem faculdades
(particulares ou públicas) abre-se as mentes das pessoas, saem o provinciano,
muda-se as mentes, aqui é diferente: regride as faculdades, atrasa as mesmas.
Vivemos o século XVIII ainda em Leopoldina em vários setores, somos ainda a
cidade dos "coronéis" e os seus currais eleitorais. Culpa de quem? De
todos nós que reclamamos e não conseguimos fazer a mudança. Só um alerta,
quando a cidade vai mal, todos vão mal, os ricos de hoje se não abrirem o olho
poderão ser os pobres de amanha, cidade que não cresce, não valoriza os
profissionais, não paga melhores salários, não ve que tudo é parceria
"empregados e patrões" esta fadada a ser a cidade dos aposentados e a
receber migalhas.
Agora vou detalhar mais, conforme observei a festa é particular, de
responsabilidade da coopleste Leopoldina, uma cooperativa voltada para os
produtores, criadores de exporem seus animais e seus produtos e por certo cada
cooperado (que não sei quantos são) devem pagar mensalmente um valor para
colaborar com a manutenção da mesma e ter direito a alguns benefícios que por
certo a mesma oferece. Com isso manter um parque no centro da cidade gera
custos e sabe-se que há funcionários na mesma registrados e que fazem a mesma
funcionar, entre algumas coisas que sei que oferece: produtos com preços
diferenciados aos cooperados, há uma máquina que acho que é para ração
funcionando na mesma e há alguns anos reformaram e colocaram o salão nobre para
aluguel para eventos, além de constantemente o parque ser alugado ou ser
parceiro em shows nacionais, regionais e locais. Portanto a Coopleste não tem
finalidade de ter lucro, mas precisa custear e pagar suas despesas e a festa
por sua vez é uma forma de divulgação dos seus cooperados. Há alguns anos o
Brasil vivia uma situação diferente, os shows eram mais baratos, a área rural
tinha mais valorização e Leopoldina como é agropecuária se destacava, mas com o
passar do tempo isso se modificou e hoje o cenário é outro, há dificuldades
para se manter uma área agropecuária, uma fazenda e os shows se profissionalizaram e não são baratos. Pelo que sei a Prefeitura
de Leopoldina e a Câmara de vereadores disponibilizam uma contribuição anual para o evento, esse
ano um valor de R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais) e há também em alguns casos fornecimento de
funcionários para a limpeza, isso no passado,
hoje não sei se é feito. Em contra partida a Coopleste deixa os portões
abertos em alguns dias para a população e traz alguns shows em parceria com
entidades ou que é custeado por ela. Mas como é tradição sempre a população
gosta de shows de nomes nacionais em evidencia, mas lembro que a maior festa
que já vi na cidade na exposição nos 50 anos da mesma, as empresas patrocinaram
cada uma um show por isso tivemos Cazuza, Sérgio Reis e outros nomes nacionais
naquele ano. Hoje o cenário, como já mencionei é outro, para custear um show e
a estrutura a exposição vende espaço para barraqueiros e pelo preço salgado
para os mesmos, eles tem que repassarem ao publico, portanto os produtos saem
mais caro devido ao objetivo de terem lucros. Em outras cidades há parques
particulares e municipais, mas há também um aumento do espaço físico, com isso
maior espaço de venda e a custos menores, ou seja vende-se muito e cobra-se
menos. O parque de exposição de Leopoldina foi criado há 79 anos atrás, na
época a cidade era pequena e hoje o parque no centro da cidade se tornou
pequeno para se promover um evento grandioso. É claro no passado a locomoção,
as dificuldades do dia a dia, traziam os visitantes através de caravanas e outros
meios, hoje a maioria tem veículos próprios, a população da cidade cresceu e o
local se tornou realmente pequeno. Se a Coopleste visasse lucro ou maior festa
teria que vender ou fazer ali a sua sede e comprar uma área fora da cidade para
eventos, com maior espaço, mas acho que esse não é seu objetivo, repito é uma
festa para divulgar seus cooperados e não para o povão. Agora vem outro lado,
se há a intenção de se fazer uma festa popular então a prefeitura teria que ter
um espaço seu para promover eventos, que durante o ano poderiam ser utilizados
por entidades para arrecadar fundos e os eventos públicos seriam de portões
abertos. Todos reclamam da Exposição que traz shows fracos, que cobra entrada e
muito mais, mas temos a Feira da Paz que foi criada com o objetivo de angariar
fundos para os trabalhos sociais coordenados pela primeira dama do município,
ou seja, uma entidade onde a mesma é a presidente de honra ou de fato, mas ela
também cobra. Ai vem minha opinião, que já expus aqui em outros comentários, a
Feira de Paz precisa se renovar, não se justifica barracas de países, onde o
que se vende é praticamente o mesmo produto em todas e não como no inicio onde
cada uma tinha a sua comida tradicional do país em questão, outro ponto, as
entidades com medo de tomarem prejuízos nem querem pegar as mesmas para tocarem
e os artesãos que veem a cada ano se desiludem pois não vendem o que pretendiam
e com os preços também salgados nos produtos e a pouca visibilidade das ultimas
festas é prejuízo real. Na minha opinião a FEIRA DA PAZ deveria regionalizar as
barracas: barraco do Sul, Sudeste, Nordeste, Centro Oeste e colocar comidas típicas
das regiões mencionadas e terem um preço mais barato para a população, os shows
ao contrário da exposição teriam que ser para as famílias, com artistas que os
pais curtem, pois quem vai para a Feira da Paz são famílias e eles que gastam
comprando artesanatos, os jovens querem é farra e na maioria das vezes querem é
beber e se divertir, para isso tem a exposição e as casas de shows da cidade.
Acho que Leopoldina tem que mudar a sua visão e se adequar aos novos tempos, a
era da informática, pois como é fácil se comprar produtos pela internet, com
frete grátis e com a mesma qualidade do espaço físico local e com uma
diferença, paga-se muitas vezes no cartão de crédito em 12 vezes e até mais, os
comerciantes locais tem que ter a visão que é preciso fazer o diferente,
diminuir um pouco os lucros e colocar preços que atraem seus consumidores, é
preciso também pensar que uma cidade que não gira dinheiro tá fadada ao
fracasso, é necessário se valorizar a mão de obra, pagar-se melhor alguns
setores, capacitar os funcionários, não é o volume de funcionários que faz a
diferença é a qualidade do atendimento e do profissional que faz as coisas
andarem. Infelizmente como eu disse tanto na parte particular, como na pública,
estamos em decadência, basta ver as outras cidades como se desenvolvem (com uma
ressalva hoje a crise que se instalou atingiu a todos e o cenário é
catastrófico), como eu disse em meu comentário no face Leopoldina há um
conservadorismo para o negativo, aqui as faculdades ao invés de fazer a cabeça
dos leopoldinenses evoluírem elas regrediram, aqui vale mais o sobrenome do que
a capacidade das pessoas, aqui quem vem de família humilde não tem direito de
se dar bem, pois pode ser competente, mas não tem valor aos olhos dos “supostos
poderosos ou donos da cidade”. Mas o
cenário que vemos é que Leopoldina será sempre a cidade dos aposentados e
vivendo de migalhas, não temos realmente um político que abrace nossas causas,
também quando se lança um nome para o estado ou em nivel federal, lança-se mais
de um para tirar votos do outro e sinceramente não vejo hoje nomes que possamos
confiar é necessário mudar as opções e ter realmente pessoas desinteressadas no
EU e pensar no coletivo. Não sou político, faço minhas críticas e acho que
muitos que estão na política tem seus lados positivos e negativos, há alguns
que tenho minhas diferenças pessoais, pois infelizmente aquele que fala o que pensa,
que critica como eu, são as pedras no caminho e por certo após essa postagem
minha cabeça estará a prêmio, pois quando se fala o que pensa é preciso cortar
a cabeça, vide que tinha um programa de rádio autônomo, os meus patrocinadores
pagavam pelo espaço e nunca tirei um centavo para mim, só para cobrir as
despesas e quando um político assumiu o poder, comprou a emissora e me
dispensou falando que não fazia o perfil da emissora. Mas quando eu era crítico
dos antigos governos era útil para ele, mas quando o calo aperta seu pé ai
deve-se elimina-lo, mas sei que se não há justiça neste caso, há a lei do
retorno e aqui se faz, aqui se paga, de alguma forma. Mas finalizando acorde
LEOPOLDINA, e fecho com o trecho da música do Serginho do Rock: Isso é
Leopoldina.
Em tempo: não fui nenhum dia na exposição então não posso falar se foi boa ou ruim, apenas acompanhei através da imprensa e dos comentários em redes sociais.
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