Após o carnaval é comum muitos
comentários prós e a favor do evento que passou. Em Cataguases, Recreio e
Leopoldina todos os envolvidos na organização acreditam que o evento foi
positivo e teve o retorno desejado.
Ao ver na internet um comentário
postado no Jornal Leopoldinense on line, um texto do Luciano Meneghite com o
título: Carnaval é carnaval, outra coisa é outra coisa, resolvi ler o seu
comentário e praticamente disse o que já venho falando há muito tempo a
descaracterização do carnaval. O mesmo aborda que cidades maiores como Rio de
Janeiro, São Paulo estão investindo nos blocos caricatos, nas marchinhas de
carnaval e voltando as raízes e em Leopoldina acontece o contrário. Durante o
Carnaval tivemos rock, funk, pagode e sertanejo e as marchinhas de carnaval e
os sambas enredos em alguns casos ficou em menor escala na hora de se tocar.
Há alguns anos atrás quando o
carnaval era em março já critiquei algumas escolas que colocavam sons nos
intervalos e ao invés de tocarem antes do carnaval as marchinhas e sambas de
enredo, tocavam funk. Como o Luciano fala em seu texto a culpa é de todos nós,
da sociedade, da imprensa (que se acomodou), do comércio e do poder público.
O que eu acho que estamos vivendo
são a mudança e a perda da cultura nacional, pois valorizamos muito que vem de
fora e esquecemos as nossas raízes, como no caso da festa das bruxas (halloween)
que é comemorado em 31 de outubro nos Estados Unidos e outros países e nós
abraçamos, mas esquecemos das nossas festas juninas, do Saci Pererê, da cultura
nordestina e das nossas raízes. No
carnaval acredito que há uma mudança de cultura nos grandes centros visando
trazer a nostalgia de volta, trazer a família para o carnaval e isso tem que
ser feito nas pequenas cidades.
Sou um crítico ferrenho nesse
sentido, acho que as emissoras de rádio local deveriam resgatar as marchas
tradicionais, deixar de lado o politicamente correto, tocar músicas as músicas
tradicionais e de preferência originais e não as adaptadas para funk e outros ritmos.
Temos que repensar muito se critica do aumento da violência, da falta de
cultura do povo, mas o que a sociedade está fazendo para reverter isso.
Um exemplo claro em Leopoldina e
que já critiquei algumas vezes é a tradicional Feira da Paz que perdeu sua
essência, desde quando colocou funk e os barraqueiros fecharam as barracas na
época e fizeram protesto, show foi pago e não realizado. Acredito e já falei
aqui que já passou da hora da mudança na mesma, deixar de ser barracas típicas
de países, que na realidade ficam só no nome, pois comidas típicas raramente
são encontradas, há exceções, mas quem sabe não modificar para termos o retorno
dos desfiles, do glamour dos velhos tempos, uma integrante me disse que as
pioneiras antigas não aceitam a mudança, mas é para melhorar a mesma. Que tal ao
invés de se ter países não colocarmos as nossas regiões geográficas
brasileiras: Sul, Sudeste, Norte, Nordeste, Centro-Oeste e juntamente com eles
fazermos um desfile com roupas típicas das regiões e as barracas produzirem as
comidas típicas de cada região, seria a valorização do país e um novo impulso
na Feira da Paz, E outra coisa os shows poderiam ser de cantores tradicionais
que às vezes estão fora da mídia e poderiam ser mais baratos, pois a festa é
para a família, a intenção e vender artesanatos e quem geralmente compra esses
produtos é os pais e não os filhos. Os jovens têm a exposição que atende aos
jovens e a Feira da Paz é para a família.
Parabéns Luciano pela sua matéria e que para os próximos anos possamos
repensar as coisas em todos os níveis, pois a mudança tem que ser nossa, de
você internauta e não podemos deixar que a história fosse apagada da memória do
povo para se enquadrar no politicamente correto.
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