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| Foto ilustrativa |
Neste sábado, dia 04 de março,
aconteceu mais uma reunião no Clube dos Cutubas entre os representantes das
Associações de Moradores dos Bairros de Leopoldina visando à criação de uma
Associação que possa representar todas e ser parceira em orientações e
projetos. A semente desse projeto foi lançada em 16 de março de 2016 e na época
participaram diversas pessoas chegando a um número expressivo de
aproximadamente 50 pessoas com representantes dos seguintes bairros naquele primeiro
encontro: Bairro Bela Vista, São Cristovão e São Sebastião, Cidade Alta (Loteamento
José Nelson Reis Junqueira, Pedro Brito, Popular, Vila Miralda, Nova
Leopoldina, Três Cruzes, Alto da Ventania, Quinta Residência e Caiçaras). Como
era um ano eleitoral chegaram à conclusão que não se deveria dar seguimento a ideia
para não se ter vínculos políticos naquele momento.
Nesse segundo encontro se fizeram
presentes as seguintes pessoas:
- Assoc. do Bairro Quinta Residência, Eduardo Jacob de Souza.
- Assoc. dos Moradores Bairro Bela Vista, São Cristovão e São Sebastião -Manoel Ademir dos Santos e Wagno Rocha Antunes;
- Assoc. dos Moradores do Bairro Pedro Brito – Ocimar Jorge da Silva (Bigú), Francisco de Assis e Margarida da Conceição;
- Assoc. dos Moradores dos Bairros Pirineus, Maria Guimarães França – Carlos Roberto Santiago;
Durante o encontro foi ressaltado
pelos participantes que a intenção maior não é unificar todas as associações
existentes na cidade, que segundo levantamentos preliminares pode chegar ao
número de 54 associações, mas algumas sem a documentação regularizada no
momento, e através dessa união fortalecer a sociedade Civil Organizada, fazendo
parcerias, conversando com as autoridades municipais, estaduais e federais e
fazer um trabalho político sem vínculos partidários, visando acima de tudo à
valorização das entidades e o crescimento comum em suas áreas de atuação.
Durante o encontro foi ressaltado
por alguns presidentes os problemas enfrentados no momento que é a falta de
valorização de uma associação de moradores provocada nos últimos anos pelo uso
político de ex-integrantes, que utilizavam o cargo para promoção pessoal e para
atingir cargos políticos. O representante da Associação dos Bairros Bela Vista,
São Cristovão e São Sebastião, Manoel Ademir, frisou que hoje as pessoas em
geral sejam ocupantes ou não de cargos públicos às vezes vão ao seu bairro e nem
sequer procuram a sua entidade e citou que não tem nada contra, mas um exemplo
mais próximo foi à realização do carnaval BV, no qual eles nem sequer foram
comunicados, demonstrando que há a necessidade de se promover a valorização e
demonstrar que existem entidades que lutam pelas suas regiões. Lembrou de um
trabalho realizado pela sua entidade em parceria com a Ação Social David Luiz,
no qual foram distribuídas cestas básicas e brinquedos para os moradores dos
bairros São Sebastião e Thomé Nogueira em abril de 2016 e que ele participou e
apesar de ter sido candidato a vereador em 2016, não usou esse evento para
obter prestigio pessoal, nem tocou no assunto durante sua campanha. O
representante do Bairro Pedro Brito, Ocimar (Bigú) aproveitou a oportunidade
para perguntar da possibilidade de se conseguir tais benefícios para outros
bairros da cidade e neste momento o representante da Quinta, Eduardo Jacob,
disse que no final de 2016 recebeu um e-mail da mãe do jogador, Regina Célia,
que demonstrou decepção com a cidade e disse que não há projetos voltados para
a cidade de Leopoldina, pois quando esteve na cidade sofreu pressão e até “ameaças”
veladas de algumas pessoas que exigiam que um bairro, na qual não vou citar o
nome, fosse atendido e com isso demonstrou que há um interesse de uso político
nas ações e não é o objetivo do grupo ligado ao seu filho David Luiz.
Essa fala demonstrou muito que
fez o desgaste nas entidades, o uso das entidades visando apenas à valorização política
pessoal e não o pensamento comunitário. Aproveitando a deixa o Eduardo contou
dois acontecimentos na sua entidade, quando criou com o CDI um curso gratuito
para aulas de informática no seu bairro, colocando 10 computadores a disposição
da comunidade e as despesas seriam apenas com luz, lanche e passagem para o
professor e ele conseguiu tocar por três meses o projeto, sendo que os custos
de energia foram bancados por ele e as despesas com o monitor foi através de
parceria com comerciantes do bairro, mas como era um projeto da associação fez
uma reunião e pensou em criar uma ajuda de custo na comunidade, onde cada
morador doaria R$ 1,00 (hum real) por mês para ajudar os trabalhos da
associação da Quinta, não só esse como os que poderiam ser criados e na reunião
um morador disse que seriam arrecadados cerca de 800 mil (sendo que na
realidade era o calculo de 8 mil mensais) e que não estava ali para sustentar
vagabundos e com isso a noticia se espalhou e não se obteve essa participação
popular. Como o projeto não tinha como se sustentar os computadores foi enviado
a Piacatuba, onde um fazendeiro foi o patrono do mesmo na questão despesas. Ele
ainda disse que conseguiu 10 bolsas junto a Banda Princesa Leopoldina aonde os
jovens aprenderiam musica gratuitamente, que no inicio foram os dez
selecionados, na segunda vez, 6, na terceira vez 2 e no final nenhum e ao
procurar os garotos à reclamação foi que não tinham passes para ir da quinta ao
centro e ele ressaltou a caminhada do bairro até o local das aulas seria uma
oportunidade de conversar e trocar ideias e que a distância era muito pequena
para um empecilho tão pequeno, mas mesmo assim os pais não deram apoio e o
projeto teve que ser paralisado também.
Carlos Roberto, da Associação dos
Pirineus e Maria Guimarães França, ressaltou que hoje há muitos poucos jovens
participando de projetos como Folia de Reis, esportes e outros e que há a
necessidade de conscientização dos pais e filhos da importância dos jovens
ocuparem seu tempo com coisas produtivas, citou também que há uma falta muito
grande de pessoas nos campos e com isso há uma perda grande de áreas
produtivas, que se os jovens ingressassem nos projetos voltados a agronomia, já
que nossa área é mais voltada para essa área, criando fazendas experimentais na
área poderíamos aumentar a produção de alimentos na nossa cidade e
consequentemente todos ganhariam com a queda nos preços e os jovens teriam até
a possibilidade de terem um curso técnico de agrônomo ou outras profissões
ligadas a essa área. Carlos Roberto ainda ressaltou: “é preciso acabar com a
história do coitadinho” e das minorias sociais, é preciso mudar a mentalidade
de nosso povo e demonstrar que o trabalho dignifica o homem e principalmente
gerar rendas aos jovens e a população para que a autoestima seja maior e o
retorno com participação também. Durante todo o encontro foi ressaltado que a
Bolsa família que é um projeto importantíssimo, mas que deveria ser provisória,
fez com que as pessoas o utilizassem como acomodação. Margarida Conceição,
disse que participa de entidades que distribuem entre outras coisas, cestas
básicas, e que realmente a maioria se acomodou e acham que é obrigação se dar
as mesmas, há realmente uma acomodação com a situação e o povo não procura
melhorar. Carlos Roberto contou que arrumou 4 empregos para algumas pessoas e
nenhum deles ficou no serviço, enquanto a cidade não ter consciência que cada
um tem que fazer sua parte não haverá mudança nessa cultura aqui existente.
A reunião como era eleger a nova
diretoria da entidade, mas devido ao baixo número de presentes, devido
principalmente pela data coincidir com o período da semana do carnaval, ficou
decidido que provavelmente no dia 08 de abril, às 19 horas, no Clube dos
Cutubas teremos uma convocação dos membros das associações para eleger a
diretoria da UAMBALEO – União das Associações de Moradores dos Bairros de
Leopoldina, nome provisório e que tem grande chance de se tornar definitivo.
Foi ressaltado que o novo
presidente deverá ser escolhido pela maioria e poderá ser até por aclamação,
mas aquele que tiver o desprendimento e tempo para se dedicar a entidade, nesse
sentido dois consultados no momento Ocimar (Bigú) e Wagno Rocha, o primeiro
disse que aceita participar da diretoria, mas não no cargo de presidente e o
outro ressaltou que tem compromisso com vários movimentos na cidade e não acha
que deveria estar ocupando um cargo tal importante no momento, mas que apoiará
e estará ajudando a entidade no que for possível, inclusive no seu setor de
atuação a advocacia.
Durante o encontro também foi
ressaltado que a entidade não quer vínculos políticos com nenhum representante
partidário, mas nada impede que no futuro haja encontros itinerantes junto aos
vereadores para que possam ouvir as reivindicações da entidade e das
associações de moradores. A data da nova reunião será confirmada posteriormente
e o edital da eleição deverá ser publicado para efeito legal. Ocimar (Bigú)
ficou de passar oficialmente o número de associações existentes na cidade e se
possível as que estão regularizadas e aquelas que precisaram de uma ajuda neste
sentido. No final da reunião o representante da Associação dos Moradores do
Alto da Ventania, Rogério Luiz de Oliveira (Godelo) passou no encontro e pediu
desculpas devido a ter outros compromissos que coincidiram o horário.
Como os registros fotográficos não ficaram com qualidade resolvi não publicar.
Como os registros fotográficos não ficaram com qualidade resolvi não publicar.

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