sábado, 29 de maio de 2010

Comissão dos Moradores de Rua faz avaliação positiva da sua atuação


A comissão municipal dos moradores de Rua de Leopoldina teve mais uma reunião nesta sexta feira na sede da secretaria municipal de Assistência Social. Na oportunidade a presidente da comissão, Vera Pires, o representante da Casa do Cidadão, Paulo, a secretária de Assistência Social, Valéria Benatti e ainda Ana Vargas que faz parte da comissão e participou das rondas fizeram um relato do que foi feito até agora. Durante a reunião foi esclarecido que nas últimas rondas 7 pessoas foram abordadas e que dessas 6 tiveram os respectivos atendimentos e acompanhamentos e um ao avistar a polícia militar saiu do veículo e não quis retornar ao mesmo. Sem mencionarmos nomes podemos relatar que três pessoas foram internadas na Clinica São José, que antigamente atendia a pessoas com problemas mentais e hoje tem uma ala para desintoxicação destinada a dependentes químicos, uma pessoa retornou a sua cidade de origem, uma pessoa esta sendo atendida pela Casa do Cidadão e outra foi enviada a sua família em Argirita, mas já retornou as ruas da cidade. Durante a reunião foram discutidos caso a caso e para quem não tem conhecimento da realidade este trabalho é um verdadeiro quebra cabeça, em cada descoberta, em cada elo que se mexe acha-se um novo problema que demonstra o porque dessas pessoas terem o seu final nas ruas da cidade. Há casos de auto-estima baixa, de homossexualismo, de traição, de amor não correspondido, de uso de drogas e álcool e muito mais, mas cada caso tem suas particularidades e a comissão não obriga a ninguém a fazer nada tudo tem que ser de comum acordo entre o assistido e a comissão. Alguns avanços já foram notados: pode-se notar que algumas das pessoas já manifestam o interesse de conseguir um emprego, de terem seu lar junto com os seus respectivos parentes, mas isso é um trabalho de médio e longo prazo, pois levantar a auto-estima é o principal objetivo e com isso evitar que as pessoas retornem a decadência das ruas. A preocupação da comissão é dar um tratamento digno ao cidadão e visando isso alguns passaram por cirurgias necessárias, fizeram exames clínicos como chapas, exames de sangue e outros e estão sendo acompanhados de perto pela comissão e caso venham a ter algum problema sério de saúde terão o acompanhamento necessário, mas há casos que nem os nomes e sobrenomes foram realmente encontrados e agora começa a segunda etapa do trabalho, nesta semana a comissão estará se reunindo com o representante da polícia civil para regularizar alguns documentos, buscar as fichas corridas dos mesmos para tentar realmente localizar seus nomes e parentes. A comissão também elogiou a atitude de alguns policiais militares que deram apoio a ronda e que em alguns casos tiveram apenas a presença de apoio, foi mencionado que a promotora Lúcia Helena também esteve presente em uma das abordagens. A secretária de Assistência Social, Valéria Benatti disse que agora o passo seguinte é dar dignidade e apoio as pessoas já abordadas, tanto financeiramente, como psicologicamente, no caso financeiro a prefeitura não poderá assumir devido aos entraves da lei, mas no caso de acompanhamento das pessoas e das famílias o CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social a partir desta semana estará visitando as famílias localizadas e tentará ajudar na reabilitação dos moradores de ruas em suas respectivas famílias.O CREAS tem acompanhamento jurídico, psicológico, pedagógico e médico e na última semana a assistente social e a psicóloga já estiveram na clinica São José visitando as que estão lá internadas. Mas vale a pena ressaltar o carinho e a dedicação de alguns integrantes da comissão que voluntariamente vão até os locais e dão a atenção devida aos mesmos, não só com a presença, com alimentos, mas acima de tudo com o carinho e com o respeito que o ser humano merece. Outra reunião foi marcada para o dia 07 de junho onde serão avaliados os resultados obtidos pelos profissionais do CREAS. Foi avaliado ainda a produção dos cartazes que serão colocados na cidade e os panfletos que pedem que a população não dê esmolas, mas mostre o caminho, uma campanha que começou a ser vinculada na TV pela prefeitura municipal de Juiz de Fora e que será também colocada em prática em Leopoldina.

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