“Tem hora que bate uma tristeza
tão grande que eu não sei o que fazer e nem pra onde ir. É tanta coisa que eu queria
dizer, mas não tem ninguém pra ouvir. ” Essas
palavras são da música Choro do Fábio Junior mas expressa alguns momentos meu,
com uma única diferença eu não choro, me isolo e me fecho dentro de mim mesmo.
É que há momentos que pensamos o
que fizemos, representou algo para alguém? Afinal do que vale ser na vida
correto, honesto, cumpridor dos deveres se ninguém dá valor? Ter que ouvir
piadinhas, mesmo que de brincadeiras, e eu sempre digo que é brincando que as
pessoas falam a maioria das coisas que pensam, e ver o deboche sobre a gente
com os outros. É aquela coisa você vê que algumas pessoas vendem uma imagem e
são totalmente diferentes, as vezes são simpáticas e por traz são totalmente o
contrário. Falam bem de alguém na frente e por traz falam o oposto, isso algumas
vezes posso fazer também, mas na maioria das vezes tento ser autêntico demais e
as vezes não falo diretamente para a pessoa para não a deixas para baixo, mas
nas brincadeiras ou através de outras pessoas dou o toque, para ver se
melhoram.
O que me mais incomoda é as
pessoas se fazerem de santa, serem um exemplo de ser humano, perante a
sociedade e no fundo todos nós sabemos que não o são. Infelizmente a vida é
como minha vó sempre dizia: “você vale o que tem e se nada tem nada vale”. Esse
é o mundo que vivemos atualmente a troca de valores.
Ontem por exemplo ofereceram um
serviço a uma pessoa de trabalhar de segunda a sexta de 7 as 22 horas e se
necessário ficar mais por algum problema e ainda trabalhar aos sábados, tendo
apenas um hora e meia de almoço e não pagariam hora extra e somente um salário
mínimo de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais) isso para mim é um afronto a
inteligência das pessoas, não é à toa que eu viro e mexo digo que aqui vivemos
a era dos coronéis e o século XVIII, o trabalho escravo, outro o cara ofereceu
que a pessoa utilizasse seu próprio veículo e sem ajuda de custo nenhuma ele
ganharia uma comissão pelas vendas, ou seja, seria um ambulante para outro
explorador. Essa é a cidade, essa é a mentalidade de alguns “empresários”. Há
exceções fiquei sabendo que uma dona de loja dá plano médico participativo e
cobre as despesas da participação dos funcionários, dá plano odontológico e outros
benefícios, ou seja, essa merece os nossos aplausos. Mas a maioria só pensa em
si mesmo e no seu próprio lucro e prazer. Como dizem alguns crescem assustadoramente,
tem alguns ricos e alguns que comem arroz e feijão o tempo todo e arrotam
caviar, vivem de aparência.
Algumas pessoas me dizem que isso
é normal em todos os locais, eu não acredito, pode ser normal na nossa região
pois somos a segunda pior região do estado em termos de remuneração, qualidade
de vida e outros itens, só perdemos para o vale do Jequitinhonha e não demorará
muito para que ultrapassemos o mesmo.
Infelizmente aqui como digo é a
cidade dos coronéis, um pequeno grupo que cerca o curral chamado Leopoldina e
manda na cidade, priorizando que as pessoas nunca melhorem não cresçam
intelectualmente para não verem que são exploradas. Há aquelas que passam as
funções suas para os outros, numa forma verídica de desvio de função. Ou seja,
aparecem com o trabalho dos outros e no final são as boas de serviço, não
fazendo nada na realidade.
Infelizmente. A realidade nua e
crua é que aqui como eu já disse em outras oportunidades é a única cidade onde
tivemos faculdades, chefe e outros órgão superiores que ao invés de mudarem a
filosofia da cidade regrediram com a mesma, ou seja, se adaptaram a realidade e
deu continuidade ao sistema aqui implantado. Há esperanças de mudança, não vejo
como, por isso de vez enquando eu retorno a música do Fábio Junior.
Sei que não sou um exemplo de
pessoa, mas sinceramente quando me olho no espelho não sinto vergonha de mim mesmo,
se é que tem alguns do que mencionei que tem coragem de sentir vergonha de si mesmo,
pois na maioria são sem vergonha, mas procuro fazer a minha parte, pois já
passei por todos os níveis do chão de fábrica até a gerência e se estou aonde estou
só há uma explicação mereço, estou pagando por algo que fiz no passado e esse é
meu destino, pois hoje sinceramente falo, mas nem sempre acredito, que há a lei
do retorno. E antes que liguem para amigos e falam que to depressivo, vou
suicidar, um aviso, nem coragem para isso eu tenho. Pode até um dia acontecer
algo, pois não julgo que o fez pois não sei o que acontece com a pessoa em
determinado momento e não tenho a capacidade de julga lá.
Sei que a partir de março estarei
na fila dos desempregados e se depender de alguns comentários que ouço nas
brincadeiras não será fácil de conseguir um emprego por aqui, pois na maioria
por ser sincero sou chamado de linguarudo e por fazer as coisas funcionarem, ou
seja, empresa que dava prejuízo se auto sustentarem é sou considerado que quero
aparecer e apago o brilho de certas pessoas. E o que vivo hoje já foi previsto
nuns anos atrás quando um colega de trabalho em 2010 me disse: ‘Marcus se
prepara, você ficou entre as 94 unidades SESI do estado em terceiro lugar em
termos de promoção e realizações e logo, logo irão te cortar a cabeça, pois
isso incomoda a aqueles que se julgam os donos da cidade ou os maiorais”.
E é bom frisar que quando faço
críticas aos vereadores, prefeitos, empresários tenho por objetivo ver se
despertam para a realidade, no meu ponto de vista, mas e como pessoas não tenho
eles como inimigos e sim parceiros, pois a cidade só irá crescer se mudar a
mentalidade. Por exemplo independentemente de quem vier a ser prefeito no
futuro hoje eu tenho o lema ruim com Zé Roberto, pior sem ele, é só comparar
com os 40 anos de atraso que tivemos em 4 no último prefeito antes dele. Pode
até ser que apareça alguém que modifique isso, mas se for pelo caminho dos
acordos que vejo nos bastidores acho que o comprometimento, os acordos,
engessam o futuro prefeito e por mais capacitado que seja será mais um a passar
e deixar a desejar.
Mas além de Fábio Junior
acrescento a música de Serginho do Rock, isso é Leopoldina.
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