Como alguns devem ter notado não
tenho postado muito no meu blog por dois motivos: primeiro falta tempo e
segundo não estou vivendo o dia a dia da cidade em alguns setores e isso
compromete a minha postura de olhar todos os lados das questões. Mas hoje
resolvi escrever sobre dois pontos: carnaval e saúde em Leopoldina.
Carnaval – muitos estão
reclamando da falta de apoio ao carnaval leopoldinense e que deixou a desejar e
tenho a minha opinião já mencionada em rede social: a queda do carnaval não é
culpa exclusiva do poder público, ou seja, do prefeito e culpa de todos nós que
deixamos chegar ao ponto que está, primeiro os clubes sociais foram aos poucos
acabando com seus bailes carnavalescos por vários motivos: falta de recursos e
alguns até por terem deixado suas sedes serem alugadas e dando espaço para
outros empreendimentos, mas a realidade que tirando o clube do moinho que
promove para seus associados algo relativo ao carnaval não há outro incentivo,
inclusive eu mesmo no SESI promovi um ano e não promovi mais porque os
associados querem é funk e não carnaval e reclamam que não tem e quando fazemos
não comparecem. Outro ponto os blocos carnavalescos viraram balcão de comércio,
recebem verbas públicas (quando tem), recebem apoio de alguns abnegados e
entusiastas do reinado de momo e o dinheiro muitas vezes não chega as classes
mais necessitadas que gostam da festa mas não tem como custear suas fantasias e
adereços, o que vemos é os blocos produzem ou ganham camisas e revendem aos seus
foliões e quem quer sair de fantasia que pague na maioria das vezes seus
custos. Ou seja, sou contra o fornecimento de dinheiro público para os blocos,
acho que deveriam dar em materiais como: couros para os instrumentos, materiais
para confecção de fantasias e outros produtos, com isso as escolas teriam suas
fantasias e a bateria que é fundamental, mas tudo repassado em material e não
em dinheiro e se os blocos quisessem fariam suas atividades durante o ano para
arrecadar fundos monetários. Dai um ponto a ser observado: é necessário que a
prefeitura crie um espaço para as promoções de todos os blocos, pois muitos não
tem espaço para tais eventos e há a necessidade de um controle para que seja
democrático e não um ou outro utilize. Nesse ponto a prefeitura ficaria com a
infra-estrutura para o carnaval que seria colocar som, banheiros químicos e
enfeitar a cidade com temas alusivos a data, mas é bom lembrar que o próprio
comércio que levará vantagens com o festejo ajudem como: supermercados, bares,
restaurantes, similares, hotéis e pessoas que funcionam durante o reinado de
momo, pois a maioria do comércio fecha suas portas durante os 4 dias de folia,
pelo menos esse ano foi assim. A imprensa tem sua culpa, pois quantos programas
alusivos ao carnaval foram lançados com coberturas nas quadras, clubes,
hospitais, polícia e tocar marchas e sambas enredo antes e durante o carnaval?
Sou da época que o rádio vivia o cotidiano da cidade e não ficava apenas nos
estúdios e as pessoas tem que ir até lá, hoje a imprensa em geral quer receber
suas notícias prontas e não vai atrás das mesmas, com raras exceções e na
maioria das vezes só visam o dinheiro, ou seja, se pagar sai a notícia, acho
que se o trabalho é feito patrocinadores por certo apareceram. Por outro lado
as escolas municipais em algumas tem sons nos intervalos e ao invés de colocar
músicas diversas poderia priorizar antes do carnaval o sambas e marchinhas, o
mesmo que as rádios deveriam fazer. Acho que todos tem culpa no fato e não é
culpa desse ou daquele setor é do conjunto. Acredito que a Prefeitura tem culpa
por não pensar no turismo e a história que o dinheiro do carnaval será colocado
em outro setor é balela, pois uma pasta é diferente da outra e o orçamento é
diferenciado e há como obter recursos no setor de turismo para esses eventos,
desde que haja projetos e trabalho, coisa que muitos não querem. Acredito que
Leopoldina não aproveita seus potenciais: o turismo seria uma boa, com festas
periódicas como Feira da Paz, Exposição, Festival Gastronômico de Piacatuba
(que muitos acreditam ser distrito de Cataguases), Festival de Botecos de
Tebas, Encontro de Motociclistas, Encontro de carros antigos e muitos outros
festejos, além das fazendas antigas, mas sempre lembrando que a prefeitura em
parceria com o comércio local e empresas locais. Leopoldina vive a ilusão que o
agronegócio, a agropecuária é o forte, mas se fosse assim a Cooperativa não
estaria do jeito que está? A cidade não tem como atrais grandes indústrias pois
não temos rios, não temos atrativos para isso e nem mão de obra (especializada
e com vontade de trabalhar), quem sabe o turismo e o esporte não seria uma
opção já que estamos bem localizados?
Saúde – nos governos anteriores
do dr. José Roberto haviam falhas mas pelo menos víamos algumas coisas
funcionarem na área da saúde e houve alguns avanços modestos na vinda de
empreendimentos, vemos a PIF PAF que hoje gera quase 500 empregos diretos, mas
nesse governo há uma inércia grande. O que está acontecendo? A cidade está
parada, na limpeza pública várias ruas reclamam da falta de limpeza , dos matos
que tomam conta do meio fio, o Bahamas que chegou e a sua rua tá um caos
generalizado, fecharam um trecho da av. da Acácio Serpa até ele e não calçaram
até hoje e o outro lado há um buraco e só poeira, lentidão saúde em si: os PSFs
continuam com problemas em alguns setores faltando médicos, pelo menos é o que
chega ao meu conhecimento, pois tenho um projeto que dá vagas para alunos de 9
a 17 anos que precisa de atestado médico e as pessoas reclamam que não
conseguem, sendo que o projeto é gratuito e há risco de perdermos vagas por
falta de alunos, as cirurgias parece que acontecem no tal mutirão anunciado, a
Casa de Caridade, segundo um conselheiro continua sem receber os repasses do
PRONTO SOCORRO e há de se fazer uma ressalva: parabéns Vera Pires acho que está colocando o hospital no rumo certo,
pelo menos os funcionários já reconhecem o seu trabalho junto com sua equipe de
colaboradores, mas no mais a saúde está paralisada faltam médicos, exames e
presença na cidade. Estou desconhecendo a atual gestão do prefeito e da
responsável pela pasta, pois há muita divulgação mas não vejo efetividade nas
ações, se tem me desculpe desconheço que o que é divulgado em muitos casos
esteja realmente acontecendo. Mas é o tão falado CISUM que veio para Leopoldina
em alguns setores deixa a desejar, vide o setor de Exames por imagem (ultrassonografia),
pois no último mês fiquei sabendo que uma paciente conseguiu o exame de ultrassonografia
e foi a local indicado e simplesmente o médico disse que não gosta de fazer tal
exame e não fez e ai? A pessoa procurou a secretaria de saúde municipal, o chefe
do PSF, o médico do PSF e ficou por isso mesmo. Mas não é só esse caso,
recentemente uma prefeitura da região mandou pessoas, acho que 5 para fazerem
exames no mesmo local e o médico simplesmente alegou que estava atendendo em
outra cidade e não pode atender e as consultas foram remarcadas e neste sábado
um paciente veio para fazer uma biopsia de uma cidade da região e quando chegou
recebeu a notícia que faltava agulha esterilizada e que remarcariam o exame. Ai
fica a pergunta para se fazer biopsia o paciente tem que tomar remédios 3 dias
antes e 3 dias depois e biopsia é coisa séria para mim que sou leigo. Ai fica a
pergunta quem vai pagar os custos do transportes, como fica a credibilidade do
CISUM e como ficam os pacientes? Afinal quem vai mexer na ferida? Algo tem que
ser feito, no caso de Leopoldina há o medo de perseguição mas no caso de outras
cidades quem sabe não é o caso de procurar a Secretaria Estadual de Saúde, o
Ministério da Saúde e no último caso a promotoria, pois a situação há meu ver é
muito séria. Eu precisei de fazer uma colonoscopia e aqui não consegui, nem o
médico cardiologista consegui, recorri a ASTOLFO DUTRA acreditem e lá fui
consultado pelo cardiologista, pois neste caso tinha que tomar anestesia e fiz
a colonoscopia particular pois no meu caso havia urgência, mas os meus inimigos
e amigos fiquem tranquilo não deu nada de grave, apenas uma veia estourada que
agora terei que correr atrás para ver se pode ser tratada por medicamentos ou
por cirurgia. Mas a realidade é que hoje há a necessidade de se ver resultados
e o povo não aguenta mais esperar. Que o poder público saia da inercia e que
alguns políticos saiam do palanque e venha lutar sim por melhorias para o povo
e não pessoais. Tenho dito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário, aguarde a moderação.