segunda-feira, 16 de maio de 2016

Leopoldina uma cidade que não muda...

Eu há algum tempo me posicionei a não falar mais sobre política e sobre a cidade, principalmente em termos de críticas, mas não é o meu perfil e não posso me calar, seria me autocensurar e já basta a censura nos meios radiofônicos e na própria vida que temos que aguentar e aqui é um espaço livre onde exponho minha opinião e sei que não sou o dono da verdade e nem quero ser, mas tento fazer principalmente que alguns pensem e reflitam, concordando ou não comigo, mas pelo menos tenham na cabeça que não podemos nos calar e aceitar tudo. Leopoldina é o Brasil em tamanho menor. Vamos a alguns comentários:
- Várias pessoas estão me parando e perguntando o por que do SESI Leopoldina ter fechado e alguns até se espantam ao saberem desse fechamento, pois em sua maioria somente os frequentadores é que ficaram praticamente sabendo  e vai aqui minha explicação mais uma vez, agora que não tenho mais vínculo empregatício com o mesmo posso me expor mais. Em setembro de 2015 a ACIL - Associação Comercial Industrial Agropecuária e Serviços de Leopoldina, que nos últimos 20 anos era a parceira do SESI para manter o clube recebeu uma correspondência aonde o superintendente do SESI MINAS, Lúcio Sampaio, expunha que com a crise financeira que o Brasil passava na época e a projeção de piora na economia, mais precisamente na indústria os valores repassados nos últimos anos para as unidades SESI parceirizadas teriam um corte e consequentemente uma queda na receita das unidades. No caso de nossa região receberam a correspondência Além Paraiba, Cataguases, Muriaé, Ponte Nova e Leopoldina e caso a ACIL quisesse manter a unidade teria que se adaptar e tocar o SESI sem o nome do mesmo, passando a ser um clube social local e poderia fazer parcerias diversas para se manter. Imediatamente, a pedido do Presidente da Acil, Cláudio Moura, marquei uma visita a sede do SESI onde estive acompanhando o encontro com os seguintes pessoas: Cláudio Moura, presidente, Vinicios Rego, Diretor de Esportes, Jairo Seoldo, diretor jurídico e Francisco Eduardo, diretor da acil. Na ocasião o Lúcio Sampaio reafirmou que não havia muito o que ser feito e que o programa de esportes seria desativado em todas as unidades parceiras e que depois de um estudo daria um parecer final. Eu imediatamente procurei o mesmo falou que faria um esforço para que a unidade não fechasse. Nesse intervalo até 31 de dezembro, mantivemos o contato com o prefeito, eu, Cláudio Moura e Alcebiádes Bedim no consultório do médico do prefeito falando desse assunto. A Pif Paf ficou sabendo da situação e a pedido do gerente da unidade de Leopoldina, Nirlei Souza, a Fundação PIF PAF me procurou falando que queria investir em projetos em parceria com a unidade para evitar o seu fechamento, atendendo aos seus funcionários e a comunidade em geral, repassei o telefone do presidente da Acil para contatos e recebi uma determinação para que não me envolvesse no assunto pois não era autorizado a tentar resolver tais questões por se tratar de um assunto da diretoria da ACIL com a Superintendencia do SESI. Assim fiquei na minha só acompanhando a situação. Nesse meio tempo o CEFET mostrou interesse em pegar a unidade e acoplar a sua área. O representante do SESI, o gerente Regional, Marcelo, esteve visitando Leopoldina e conversou com a diretoria da ACIL que já havia decidido em uma reunião de seus diretores que não ficaria mais com a unidade e abriria mão para que fosse feito o que quissesse com a unidade. Lembro que na reunião, o presidente pelo que sei, foi voto vencido e não teve como evitar esse fechamento. O prefeito que de inicio disse que iria pegar a unidade para ele, inclusive estive conversando com o mesmo e sugerindo que colocasse uma entidade para tocar a unidade e assim poderia continuar o clube para a comunidade e a prefeitura faria os projetos sociais com a área da educação e social. Mas em reunião o valor do prédio ficava alto para a prefeitura pagar ao SESI (as melhorias e construção do local) e o prefeito abriu mão para o CEFET fazendo duas exigências que o Cefet traga mais cursos para a cidade e que a equipe de natação de Leopoldina utilizasse o local para seus treinamentos. No final de 2015 em reunião com o gerente Regional do SESI, Marcelo, o mesmo informou a ACIL que poderia durante um período mandar uma verba mensal para ajudar na manutenção e que se a mesma quisesse poderia continuar com o clube, mas a proposta não foi aceita. Com isso em 31 de dezembro a unidade fechou as portas e até meados de março a unidade ficou com a ACIL para fechamento total. Lembro que a única unidade da região que fechou foi a de Leopoldina. Hoje o local aonde funciona o SESI está sobre a responsabilidade do CEFET e pelo que sei não há previsão orçamentária para manutenção, contratação de funcionário para tocar a mesma e o local está sendo usado pela equipe de natação. Enfim essa é a realidade de Leopoldina, em uma conversa com alguns diretores da ACIL, um deles disse que o SESI nesses 20 anos nunca representou nada para a cidade. 
Por que estou desenterrando defunto como dizem, porque estou saindo muito pouco nas ruas, pois como estou desempregado não quero ser um mala na vida das pessoas e muitos me param nas ruas preguntando o que aconteceu. Alguns me perguntam a minha opinião e eu falo, sinceramente fiquei chateado pois desde 11 de janeiro de 2006 peguei a unidade e consegui fazer de um local que gerava 89 mil reais anuais de  prejuízo para ACIL em um clube que não gerava despesas, exceto antecipação de pagamentos nos últimos dez anos. Até na conversa com o prefeito deixei bem claro que minha preocupação não era com meu emprego mas nos usuários do clube que eram pessoas da indústria e do comércio em sua maioria e alguns da comunidade, além do lado social com atendimento de cursos, esportes e outros para a comunidade em geral. Se nesses dez anos consegui, claro com a ajuda do SESI MINAS, mas amarrado porque tudo tinha que seguir suas regras, com o rompimento novas parcerias, novos projetos poderiam ser feitos e atrair mais recursos para a sua manutenção. Fiquei chocado com a visão de Leopoldina, mas lembrei-me de dois fatos, quando um político há alguns anos me disse: "pessoas como você honesta não pode trabalhar conosco pois daria problema" e uma outra conversa com meu coordenador de Esportes, Edson Bob, que me falou há cinco anos atrás: "Marcus começamos a aparecer e logo, logo irão nos tirar daqui, pois em Leopoldina ninguém pode aparecer mais que alguns setores", e isso aconteceu quando falavam que eu estava aparecendo mais que algumas pessoas, sendo que nunca tirei proveito pessoal para mim, sempre pensei na entidade e na comunidade. Enfim na conversa com o prefeito expus algumas críticas ao seu governo, ao apoio a certos setores com transporte e que as pessoas beneficiadas cobravam dos pais dos atletas o mesmo transporte,  falei do atendimento aos filhos da comunidade e da importância e do retorno social dos projetos e sinto que sinto que foi como se entrasse em um ouvido e saísse no outro e pelo contrário, depois de minha crítica e alerta as pessoas que usufruiam da prefeitura parece que mereceram mais atenção e benefícios. Por isso estou desiludido com Leopoldina e acho que aqui minha história daqui para frente será curta e logo, logo terei que mudar dessa cidade. Nas minhas reflexões penso que infelizmente ser correto, ser honesto, como no Brasil, é ser burro, ridículo e acima de tudo um bobo.
- Hoje, 16 de maio, vejo a passagem da Tocha Olímpica em Leopoldina, um marco para os governantes atuais pois serão destaque em rede nacional e entraram na história do país com a realização das Olimpíadas do Rio. Politicamente uma jogada de mestre, pois ficará no registro da cidade e do país, mas realisticamente será que tem bons frutos? Vi que alguns que carregaram a tocha foram politicamente escolhidos e não sei o por que? Claro há os que foram escolhidos pelos patrocinadores das Olimpíadas,o que é natural como no caso da Coca Cola, que escolheu o Júlio Carraro, um empresário que certamente é forte para e empresa, a funcionária dos Correios, Maria Helena Machado e outros escolhidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Penso que realmente é um marco para  cidade em termos de marketing político, mas sinceramente gostaria que Leopoldina tivesse um marketing realmente de uma cidade bem cuidada, de uma cidade onde a rede de esgoto não fosse o feijão crú a céu aberto, onde os matos nos meios fios fossem retirados de todos os pontos da cidade e não só no trajeto da tocha, onde os buracos nas ruas fossem tampados, onde as indústrias que aqui geram empregos tivessem seus acessos bem feitos, onde as podas de árvores e a iluminação fossem boas em todos os pontos, onde a transmissão de tv por parte do poder público fosse de qualidade e com diversidade. Onde as pessoas fossem valorizadas realmente por que fazem e não pelo poder de manipulação, onde existisse o crescimento por mérito e não por QI (quem indica). Muitos irão procurar o prefeito, principalmente os puxa sacos que na realidade ficam com quem esta no poder e não acrescentam nada na hora do voto, e falar que eu estou falando mal dele, mas já disse e repito, depois do furação Bené cheguei a conclusão: antes termos um prefeito como o José Roberto, pior sem ele, pode errar mas pelo menos faz, tem coragem e a crítica não é só para o setor publico, acho que o privado também precisaria ter uma visão mais social, mais por Leopoldina e não só para o seu lucro apenas. Quando critico aqui alguns setores, falo do geral, pois Leopoldina vive do passado, do falso prestigio, dos coronéis, das famílias "tradicionais" e isso demonstra como estamos ultrapassados e sendo engolidos pelos outros municípios. Sou uma pessoa que lembra muito do passado, alguns até podem me chamar de museu, mas o passado serve de experiência. o presente de esperança e o futuro de prosperidade. Como sempre falo também, Leopoldina é a única cidade que possui faculdades, institutos federais que não abriu os horizontes, pelo contrário em alguns aspectos fizeram alguns setores retroagirem e se adaptarem a nossa realidade. Enfim acho que a música do Sérgio do Rock resume bem o que digo: Isso é Leopoldina.
- Como hoje tirei o dia para falar o que penso, gostaria de deixar minha crítica a liberação da ponte na rua Francisco Andrade Junqueira, não que não deveria ser liberada, mas poderia ser finalizada com os beirais da ponte, não com as ferragens lá expostas, coisa simples de se terminar, cade o cronograma. Acredito até que foi liberada porque muitas ruas ficariam interrompidas com a vinda da tocha. 
- Outro comentário aqui, recentemente a Escola do Distrito de Abaiba foi reinaugurada e alguns me disseram que a quadra, os banheiros e outros setores ficaam bons, mas há alguns pontos que deixaram a desejar,maquiaram e até me confidenciaram que há um buraco na parede, pois colocaram apenas massa corrida e logo após as próprias crianças ao encostarem ou cutucarem abriu se o local. Culpa de quem? da empreiteira contratada e do setor que avalia as conclusões da obras feitas, se não reformaram direito, desde que esteja na programação, deveria se cobrar um trabalho perfeito.
- O Bairro Jardim Bela Vista, não sei se arrumaram, mas o asfalto está cheio de buracos e precisa de manutenção. A Avenida dos Expedicionários estão colocando quebra molas e não observando a inclinação da rua com isso um lado está ficando bem alto, precisa de se observar isso, além daqueles que não tem sinalização na rua atrás do campo do Bela Vista.
- O esgoto oriundo da Catedral continua saindo atrás do pático da prefeitura, deixando o ambiente com mal cheiro, nem falo mais do meu muro indo embora, pois esta formando uma fossa a céu aberto. Acho que o Feijão Cru poderia ter uma máquina sendo passada em todo seu leito para arrumar e limpar e dar corrimento as águas, poucas é verdade, não precisa de dragar pois não tem água para tanto, mas limpar com a passagem das máquinas faria o escoamento melhor e quem sabe diminuiria o esgoto parado e o mal cheiro.
- A entrada da PIF PAF está um caos, pelo menos saibro deveria ser colocado, já que não há recursos para asfaltar.
Enfim esses são alguns pontos que já falei há mais de um ano aqui, mas estou jogando conversa fora, mas pelo menos fico com a consciênca tranquila de que pelo menos falei. 

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