Secretaria de
Saúde de Juiz de Fora anuncia que haverá a liberação de mosquitos Aedes aegypti
geneticamente modificados durante audiência pública na Câmara Municipal. A reunião
teve por objetivo discutir o combate às
doenças transmitidas pelo mosquito.
A secretária
Elizabeth Jucá disse: "Uma tecnologia desenvolvida na Inglaterra, este
mosquito se reproduz e produz mosquitos geneticamente modificados. Desta forma,
eles substituem os mosquitos silvestres, que são os que transmitem a doença,
pelos que foram geneticamente modificados e não transmitem. Nós vamos ter uma
chamada pública para a contratação da empresa que produz esse mosquito entre o
final de março ou início de abril".
A meta é que os
mosquitos gerados em laboratório sejam soltos em locais com maior risco, de
acordo com o resultado do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes
aegypti (LIRAa). Serão três áreas inicialmente e com isso a presença
do mosquito não significa mais a presença da doença. Ele não transmite a dengue
porque é geneticamente modificado.
Neste ano,
segundo a Prefeitura, foram notificados 31 casos de dengue. Em 2016, houve
epidemia com mais de 28 mil casos e 48 mortes. O mosquito também transmite
zika, chikungunya e a febre amarela em áreas urbanas, caso esteja contaminado.
"Os nossos números estão muito baixos e não indicam uma possível epidemia,
mas se ela vier a acontecer, nós estamos preparados", ressaltou a
secretária.
O primeiro Liraa de 2017 em
Juiz de Fora ficou em 3,4%. A Prefeitura destacou que é o risco é médio,
mas para o Ministério da Saúde se o índice de infestação estiver entre 1% e
3,9% já considerado situação de alerta. Um novo levantamento será feito em
março.
A audiência
reuniu os integrantes do Comitê de Enfrentamento da Dengue, 13 dos 19 vereadores.
"Nós não
podemos entrar em todas as casas do município. Será feita campanha educativa em
massa pedindo as pessoas para tirarem dez minutos para verificar estes focos.
Onde tiver denúncia, vamos notificar. Após duas notificações, vamos tomar
medidas para entrar nestes locais", explicou Elizabeth Jucá.
Fonte: G1 Zona
da Mata
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