A Secretaria
Estadual de Desenvolvimento Social “SEDESE”, com sua regional localizada em
Muriaé, informou a Secretaria de
Desenvolvimento Social de Recreio que uma série de metas não alcançadas no
Centro de Referência de Assistência Social CRAS, durante a gestão municipal
2013/2016 irão comprometer o funcionamento do mesmo durante este ano de 2017.
As informações
da SEDESE foram transmitidas pela equipe da regional de Muriaé (diretora, Ana
Maria Silveira Reis; analista de gestão em serviço social, Eunice Silva Faria;
e analista de gestão em psicologia, Larissa Furlani) ao secretário de
Desenvolvimento Social de Recreio, Diego Pena, e ao ex-presidente do Conselho
Municipal de Assistência Social, Danilo Silva.
Dez metas que deveriam
ter sido alcançadas, mas, apenas 1 foi atingida. As prioridades do CRAS de
Recreio que estão pendentes:
– Acompanhar
pelo PAIF as famílias com até ½ salário registradas no Cadastro Único. Deveriam
ter sido acompanhadas 241 famílias, só 16 foram seguidas;
– Acompanhar
pelo PAIF as famílias com membros integrantes do BPC. Deveriam ter sido
acompanhadas 80 famílias, nenhuma foi seguida;
– Aderir ao
programa BPC na Escola. Município não aderiu;
– Ampliar a
participação dos usuários e trabalhadores nos Conselhos Municipais de
Assistência Social. A meta era possuir representação da sociedade civil do
Conselho Municipal de Assistência Social representantes de usuários e
trabalhadores do SUAS, havia apenas 1 representante;
– Desprecarizar
os vínculos trabalhistas. A meta era atingir 8 trabalhadores de nível médio e
superior como empregados públicos estatutário ou celetista, só havia 4;
– Estruturar as
SMAS com formalização das áreas essenciais. A meta era garantir que o órgão
gestor tenha instituído na sua estrutura formal as seguintes áreas: proteção
social básica, proteção social especial e área de gestão do SUAS com
competência de Vigilância Socioassistencial, o Município não possuiu todas as
áreas;
– Inserir no
CadÚnico os beneficiários do BPC. Deveriam ter sido inseridas 223
beneficiários, 137 foram introduzidos;
– Regularizar o
Conselho Municipal de Assistência Social como instância de Controle Social do
Programa Bolsa Família. A meta era instalar o CMAS como instância de controle
social do Bolsa Família, em Recreio havia instância ou comitê exclusivo do
programa social;
– Reordenar o
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Deveriam ter sido
ordenados 90 usuários, nenhum foi classificado;
– A única a ser
atingida foi a adequação do Município à legislação do SUAS.
“Devido a estes problemas identificados pela SEDESE o
CRAS de Recreio terá vários serviços comprometidos em 2017. Outras pendências
também estarão dificultando a realização de atividades, como as que são
desenvolvidas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos “SCFV”.
Este ano o SCFV, que abriga oficinas para jovens e idosos, está cortado, o
motivo é a falta de transmissão de informações ao Ministério do Desenvolvimento
Social. Há também pendências em prestações de contas e as atas do Conselho
Municipal de Assistência Social não foram encontradas. Mesmo com todos estes
empecilhos o prefeito, Zé Maria Barros, firmou o compromisso com a Secretaria
de manter o máximo de atividades possíveis no CRAS com recursos próprios”,
disse o secretário de Desenvolvimento Social, Diego Pena.
Para
reestruturar e retornar o funcionamento do CMAS conforme as normas do Conselho
Nacional de Assistência Social um projeto de lei foi enviado pelo executivo
municipal ao legislativo e aprovado em sessão ordinária na noite de ontem (13).
“Os serviços sociais deverão estar sendo ofertados ainda neste primeiro
semestre. Estamos analisando as situações e buscando as melhores maneiras de
oferecer as atividades”, descreveu Diego Pena.
Fonte: Pólis
recreio
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