sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

POMAR de Leopoldina abrindo as portas e esclarecendo dúvidas de Leopoldinenses

POMAR Frutas e Polpas Matriz
Conforme havia prometido nesta sexta feira estive visitando a POMAR na BR 116, a mesma foi objetivo de uma matéria no meu blog pedindo informações sobre o seu funcionamento, por conta de cobranças da população e do Carlos Odilon em um de seus comentários. Após a matéria a responsável pelo setor de vendas da POMAR, Lúcia Arlete Rodrigues, entrou em contato e me pediu para visita-la e conhecer a realidade da mesma e que algum ponto da matéria não condizia com a verdade.
Acesso área DNIT
Nesta sexta estive presente a empresa e visitei todos os setores da empresa que tem seu nome Pomar Frutas e Polpas Ltda. ME e se divide em matriz e filial. No caso a matriz ficou sendo a Lanchonete (que iniciou as atividades em 2010) por questões jurídicas e para poder ter um ponto de venda direto ao consumidor de seus produtos e outros produtos relacionados à área. Na visita pude ver o local, com banheiros adequados a deficiente, com fraldário no feminino e tudo que se precisa num banheiro de comércio, a lanchonete por objetivo escoar a produção de poupas e sucos produzidos pela empresa e segundo o gerente da mesma há um bom movimento diário, no seu funcionamento de 07 as 19 horas diariamente, com turnos de funcionários conforme pede a lei. Segundo ele o acesso por ser na beira da rodovia chama a atenção e me explicou que um dos pontos falhos é a falta de asfaltamento entre a rodovia e uma parte da empresa, pois por ser de responsabilidade do DNIT nada pode ser feito sem sua autorização.
Área de despolpadeira da Pomar
Em seguida fui em direção à parte industrial da empresa que teve seu funcionamento inicial a partir de 2011 e durante a conversa Lúcia me explicou que na doação do terreno, no governo do prefeito Bené Guedes, há uma cláusula que deque a empresa gerasse de 10 a 15 empregos, não se especificando se na matriz ou filial e hoje a empresa conta com 16 funcionários na ativa e ainda um afastado por questões de saúde, além de sua filha Gabriela Rodrigues que é a responsável direta pela empresa na parte administrativa, sendo que cuida de todos os setores de compra, produção e de toda área administrativa. Aproveitei e visitei a área de despolpamento das frutas, de empacotamento das polpas e conheci a Caldeira que é abastecida por madeira legalizada.
Envasadora de sucos
Lúcia Arlete, explicou que o boato que a lanchonete teria sido arrendada é pelo fato da sua filha, Gabriela Rodrigues, quando estava estudando administração no período de 2010 a 2014 ficava diretamente a frente do controle da mesma, inclusive no caixa, após sua formatura a mesma passou a cuidar internamente do negócio e foi contratado um gerente para cuidar desse setor, inicialmente um de Cataguases e hoje um leopoldinense.
Aréa da Caldeira
Hoje a empresa além de vender polpas de fruta, fabrica produz suco também em quatro sabores e o seu maior produto em aceitação no momento é o de sabor Guaraná.  Conheci todos os setores de produção de polpa e de produção do suco, sendo que nesta sexta apenas o setor de produção de suco de guaraná estava em funcionamento, por questões logísticas.
àrea de embalagem de polpas
No local pude ver que há três câmeras frias (uma para guarda de matéria prima, uma para congelamento das polpas e outra para conservação das polpas após o primeiro processo) e há uma área de expedição.
Na conversa perguntei de onde são adquiridas as frutas que produz a polpa e os sucos e a mesma me esclareceu que já esteve conversando com o pessoal da EMATER e espera estreitar os contatos visando estudar a possibilidade de juntos  criarem um projeto incentivando a cultura da fruticultura na cidade, sendo que o clima não favorece algumas frutas, mas acredita que na cidade poderia se ter maracujá (que é o de maior aceitação e venda da empresa), acerola e outros tipos de frutas que poderiam se adaptar a nossa região. Foi esclarecido que muitos acreditam que basta plantar e revender, mas por questões de normas técnicas há a necessidade de a empresa observar o Brix (é uma escala numérica que mede a quantidade de sólidos solúveis em uma solução de sacarose. A escala Brix é utilizada na indústria de alimentos para medir a quantidade aproximada de açúcares em sucos de fruta, vinhos e na indústria de açúcar) e há uma escala que ela tem que seguir, portanto através dessa medida não há se acrescenta nenhum açúcar artificial na polpa ou no suco.
A empresa esclareceu quais são seus fornecedores:
Acerola da cidade
Acerola e Hortelã – são adquiridas de Leopoldina
Abacaxi – parte comprada através de um comerciante de Leopoldina que compra no CEASA JF, do sul de minas e Campos (RJ).
Mamão – através de um comerciante de Leopoldina que compra no CEASA Juiz de Fora.
Maracujá – adquire de uma cooperativa de São Francisco do Glória e quando não há produção negocia com fornecedores da Bahia.
Açaí – do Pará
Cacau – compra de uma cooperativa que já vem despolpado
Graviola – de Cataguarino e região de Cataguases
Morangos  comprados
da Cooperativa de Alfredo Vasconcelos
Manga – região de Astolfo Dutra
Pêssego e Uva – uma cooperativa do Sul de Minas e do Rio Grande do Sul
Morango – Alfredo Vasconcelos - Sul de Minas
Goiaba – região de Cataguases
Blueberry (Mirtilo) e framboesa de Venda Nova do Imigrante (ES)
Há ainda fornecedores de fora de Amora e Cupuaçu.
A mesma esclareceu que muitos acreditam que as frutas tem que ser vistosas e deu o exemplo o maracujá todos imagina que o importante é o tamanho, para a polpa o importante é o grau do brix, e às vezes a uma casca muito grossa e por dentro pouca fruta e geralmente o que eles notam é a qualidade interior. Disse que a média comprada é de 500 quilos de frutas, pois é o que a produção consegue mexe com os atuais funcionários, que não adiantaria compra um caminhão e não ter funcionários para fazer o trabalho e a preocupação é ter tudo legalizado, tanto na área trabalhista como na área governamental com vários certificados do meio ambiente e outros.
Balde de 20 litros de xarope de Guaraná
venda para Varginha 500 baldes semanais são
emtregues
Quanto a sua venda perguntei se há um retorno na cidade de Leopoldina e ela me disse “no nosso caso, santo de casa faz milagres”, explicando que os pontos de vendas pequenos como lanchonetes, padarias e outros compram um bom volume. Ao ser questionado por que nos mercados não temos seus produtos ela disse que acredita ser por questões fiscais, pois por ser do Simples não há interesse das redes e supermercados, citando que já manteve contato com o Fonte Supermercados, Mercado Seminário e Bahamas, mas não houve andamento nas negociações. Esclareceu que seu maior ponto de venda é a lanchonete com os viajantes que passam por Leopoldina e há ainda Supermercado Pioneiro e Levate de Muriaé, Lanchonete de Maripá de Minas, atende ainda Além Paraíba, Cataguases, Varginha e Governador Valadares.
Refrescos produzidos com distribuição em
Juiz de Fora,Manhuaçu, Governador Valadares,
Muriaé e outras cidades

Após a conversa a mesma me mostrou documentos que provam o registro de seus funcionários e queria abrir até para mim o seu faturamento, no qual disse que não era meu foco. Lúcia Arlete na conversa disse que hoje a sua produção é toda escoada e tem a intenção de ampliar o negócio, mas para isso precisaria aumentar o sua construção e que vive a realidade do momento, focalizou a contratação de pessoal mais jovem dando a oportunidade de primeiro emprego, que a rotatividade (exceto na lanchonete) é baixa e que há funcionários que já saíram e retornaram a empresa. A mesma lamenta que várias vezes já fossem motivo de críticas em programas de rádio, em denuncias aos órgãos do meio ambiente e que sempre ao ser fiscalizado teve o aval e a comprovação de seguir todas as normas legais para a sua área. Ressaltou que a empresa tem uma estrutura sólida e que a administração de sua filha visa dar segurança ao negócio e não há o risco no mercado, caminha passo a passo e que o seu crescimento será gradativo e contínuo. Agradeceu a visita e tive a oportunidade de esclarecer a mesma que em conversa com o Carlos Odilon (Kalon Morais) o mesmo esclareceu que como homem da imprensa é cobrado constantemente pela população sobre a cidade se transformar em a área rural voltada para a fruticultura, conforme foi anunciado no governo de Bené Guedes e por isso citou a POMAR que era um foco da época.  Lúcia Arlete explicou que a sua parte ela esta fazendo que seja gerar emprego e renda e que não depende dela o cultivo das frutas na cidade e que quando há matéria prima em Leopoldina ela dá preferência na compra. Aproveitou a oportunidade para que transmitisse o convite ao Carlos para visitar e conhecer a empresa. Disse que realmente fica chateada quando vê matérias como a que eu fiz falando sobre a empresa, mas que eu ao contrário de outros que a criticaram não procuraram a empresa para esclarecimentos. Ressaltou que a Lanchonete não é para atrapalhar ninguém, mas como as grandes empresas têm é uma forma de venda direta e que há espaço para todos no mercado e que está sempre pronta para ajudar a Leopoldina no desenvolvimento da cidade e no engrandecimento do nome de Leopoldina.

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