sábado, 30 de abril de 2016

Programa Raul Gil um programa voltado para a família...

Recentemente li uma crítica ao Programa Raul Gil do SBT dizendo que é um programa ultrapassado e que não tem como conquistar ao público. A crítica era no sentido que com o passar dos anos o Raul Gil continua o mesmo e sem novidades. Hoje, dia 30 de abril, resolvi ver o programa citado e sinceramente acho que estou ultrapassado, como o Raul Gil, vi a brincadeira do Banquinho, eu e as crianças, onde ouvi a Baby Consuelo cantar com uma criança duas músicas e a mesma ressaltou a beleza de ter crianças cantando. Sinceramente o Programa Raul Gil é para a família, com quadros antigos mas que trazem a simplicidade do nosso dia a dia. Sempre fui fã do mesmo pela seu modo de tratar a todos e de conduzir o seu horário e acho que a televisão tem uma arma poderosa para quem não gosta: o controle remoto. Pois a televisão tem que ter opções para todas as idades e a escolha é livre e há espaço para todos os tipos de programas e o Raul Gil acredito no pedaço que vi não utiliza de sensacionalismo para atrair o telespectador, o que está sendo comum na televisão atualmente. Portanto ao falar desse programa no meu espaço é porque aqui eu tenho um espaço aonde dou minha opinião sobre tudo e defendo no que acredito. Outro detalhe há boatos que o Raul Gil irá deixar o SBT para ir para a Rede TV ou outra emissora, mas em uma de suas intervenções na imprensa o Raul, se não estiver enganado, disse que quando estava achando que sua carreira havia terminado o Silvio Santos lhe deu espaço, em parceria, ou seja, o faturamento é dividido entre as partes e acho que isso é uma característica do SBT valorizar os mais antigos, vide a Praça com Carlos Alberto de Nóbrega, Moacir Franco e outros profissionais. Não acredito que o Raul Gil irá obter garantia de sucesso em outro canal, pode até no inicio despertar o interesse por ser novidade mas no final cairá como aconteceu com Hebe Camargo que num de seus deslizes, acho que por causa do seu representante, largou o SBT e foi para Rede TV e lá caiu no ostracismo e no final de sua vida, com a saúde debilitada, numa tentativa de dar lhe animo para reagir, Silvio Santos a recontratou para o canal, mesmo sabendo que a possibilidade de retorno era mínima, mas ela morreu feliz ao ter o reconhecimento e o retorno ao SBT. O mesmo caso posso citar o Cesár Filho que deixou o SBT quando estava no auge para ir para a Record, ele mesmo reconheceu que ficou dez anos afastado da televisão e estava esquecido que ao conversar com o Silvio Santos ele o deu apoio e a oportunidade de voltar a tela. Uma característica do Silvio Santos é reconhecer que não pode cobrir propostas maiores de algumas emissoras e ao ser procurado pelo seu contratado falando da mesma ele avalia e da o conselho para que arrisque e vá, foi assim com Gugu e César Filho. Só com uma diferença o GUGU deixou o Silvio quando o mesmo passava por uma crise do Banco Panamericano e quase teve que abrir mão do SBT e isso deixou mágoas na família Abravanel. Sei que o Jássa é o único amigo de Silvio pelo que se sabe e é o cara que literalmente faz a cabeça de Silvio, vide a contratação de Otávio Mesquita e outros, intermediada por ele. Enfim acho que o dinheiro é importante, mas por ser idealista e nunca coloca lo acima de tudo, defendo meu pensamento e por isso estou aonde estou um mero desempregado e um defensor que a tv tem que ter mais simplicidade e valorizar a família. Um abraço e até mais...

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Carteira de Identidade na Câmara, pintura de quebra molas, praça Félix Martins ...

Há algum tempo não posto nada mas nos últimos dias a Câmara de Vereadores passou a ser responsável pela emissão de Carteiras de Identidade e as mesmas são emitidas a partir do meio dia, de segunda a sexta, sendo que as pessoas tem que pegar a senha ao meio dia e há pessoas que vão para lá as cinco horas da manhã, além daqueles que vende a marcação, segundo informações extra oficiais. Eu esta semana passei uma sugestão para o Presidente da Câmara em off para que fosse estudado uma melhoria, no meu ponto de vista, mas não sei se pode ser adaptado. Uma coisa boa é que a carteira fica pronta em dois dias mais ou menos e isso é um avanço. Em minha visita a Câmara conversei com Ivan Nogueira o por que não ser emitida pelo computador, como em São Paulo, e o mesmo me explicou que o Governo de Minas não tem esse programa e tudo tem que ser manual. Parabéns aos vereadores pela iniciativa e com certeza com o passar dos tempos as coisas irão se adaptar e os transtornos iniciais serão superados, se existirem.
Recentemente estive com o responsável pelo trânsito de Leopoldina, Geraldo Gervidantes, e solicitei pessoalmente ao mesmo que verificasse a pintura ou a colocação de placas indicativas de quebra molas na rua atrás do Campo do Bela Vista, pois lá há cerca de 3 quebra molas no calçamento novo e não há nenhum marcação. Como lá são realizados as provas do Detran fica complicado para os alunos. O mesmo disse que não tinha conhecimento da situação e que verificaria a possibilidade de solucionar tal questão. Antes já havia mandado um recado ao mesmo por um funcionário da prefeitura para ele e o setor de manutenção urbana, falando sobre os buracos no bairro Jardim Bela Vista, no qual todas as auto-escolas fazem o treinamento inicial para emissão de carteira de motorista. Os alunos tem que se preocupar em aprender a dirigir na prática e também com os buracos que estão nas pistas asfaltadas. Sei que por não ter uma fornecedora municipal de asfalto esse trabalho é mais difícil, mas fica ai a solicitação em nome dos alunos, no qual me incluo.
Recentemente no Jornal O Vigilante veio uma matéria sobre a reforma da Praça Félix Martins, que está sendo feito com recursos próprios da Prefeitura e parece que o trabalho será bem feito, pelo menos os canteiros altos foram rebaixados, o que já é um avanço, pois além da altura do mesmos havia umas plantas enormes o que dificultava a visualização de dia e principalmente a noite. A concha acústica parece que ficará boa e retornará ao que era há anos atrás com degraus de rebaixamento, como uma arena. De parabéns a prefeitura pela reforma que há muitos anos era solicitada pela população. Há alguns que reclamam que o dinheiro deveria ser usado em outros setores, mas é difícil agradar a todos. Vamos aguardar para ver como ficará ao final dos trabalhos.
Nesse período de recesso do blog, por motivos citados anteriormente, estive participando da solenidade de homenagem na Câmara de Vereadores de algumas pessoas, posso citar o meu ex colega de trabalho, Edson Mateus (BOB) que recebeu a medalha de honra ao mérito e houve outras pessoas da área da educação, como Eunice e duas professoras de Tebas e um fisioterapeuta que já atendeu na APAE. De parabéns aos homenageados e os autores das mesmas.
Recentemente fui convidado para uma conversa com um clube social da cidade, para quem sabe assumir a gerência do mesmo, não pude aceitar porque meus critérios no momento não tem como serem implantados e como eu dirigi durante 10 anos o SESI e mudei a sua concepção na cidade, apesar de alguns dos meus diretores me falarem que o SESI nunca representou nada na cidade, com isso sei o que deverá ser feito, as normas, estatutos, proibições e principalmente a equipe a ser formada. pois no SESI com todas as normas cumpridas perante a lei ainda tivemos um problema com funcionário e outra coisa lá era mais complicado ainda pois além de termos que seguir as normas da ACIL, tínhamos que cumprir o que estava em contrato cumprindo as normas do SESI estadual. Infelizmente a continuidade só não foi possível porque a ACIL não teve interesse em manter uma parceira em tocar o clube social, cujo na sua visão não faz parte de seus objetivos, mesmo sendo que 50 % ligadas ao comércio em geral e os demais na indústria local. Mas como são águas passadas, não movem moinho. Outra proposta que estou analisando é para ir para Santana de Cataguases conhecer e quem sabe participar de uma Rádio Comunitária. O convite foi feito por um amigo em comum da proprietária que reside em Cataguases, seria uma oportunidade de retorno ao rádio mesmo que não na cidade de Leopoldina e será um caso a pensar e como já mencionei em outras vezes, se por ventura eu arrumar um emprego em outra cidade e der certo mudarei de Leopoldina e não tenho o objetivo de permanecer na cidade, pois apesar de morar mais de 45 anos aqui me decepcionei muitas vezes com a cidade e acredito que não faço falta a cidade e já não tenho mais o que provar para a mesma.

Retorno do Blog... o por que?

Em fevereiro e inicio de março resolvi retirar o meu blog do ar por achar que não tenho o que acrescentar no dia a dia das pessoas e porque estou desempregado e como dizem a suas atitudes perante as redes sociais podem prejudicar em arrumar um outro emprego. 
Mas depois de alguns dias repensei e decidi voltar. A realidade é que não podemos vender uma imagem apenas para agradar a alguns setores e acho que durante esses anos todos que estive aqui escrevendo, estive no rádio, na televisão e em outros locais sempre fui autentico e falei o que na minha visão é o correto. Não sou o dono da verdade e nem quero ser, apenas posto alguns comentários que agradam a alguns, desagradam outros, mas no final deixo minhas críticas e elogios e faço comentários do cotidiano e não mudarei.
Quanto ao fato de estar desempregado já estive em outra época por dez anos e nem por isso me isolei do mundo, é claro que naquela época eu tinha aparelhagem de filmagem e trabalhei com isso durante esse período, tendo inclusive pessoas fieis ao meu trabalho e minha esposa fazia doces para mantermos a família. Acredito que eram outros tempos e como já narrei em minhas historias de vida acho que aquele momento era o que eu tinha que passar pois fiquei ao lado dos tios de meus pais, meus avós Chiquinho e Carmosa e os acompanhei até os últimos suspiros. Muitas histórias, dificuldades que aqui narrei nem a família sabia, pois nunca fui de reclamar ou falar que estava passando por esse ou aquele momento.
Hoje é diferente, sou bacharel em Administração e mais uma vez fiquei desempregado e não sei o meu futuro, devido a crise que o país passa e ao meu temperamento. Sei que muitos me conhecem e alguns aprovam minhas atitudes, outros não, alguns acham que sou problemáticos outros autêntico e a vida continua, mas com maior dificuldades pois para quem tem o ensino superior fica aquela incógnita, será que aceita qualquer serviço, não podemos desvaloriza -lo, mas sinceramente nunca pensei em padrão de vida, nunca pensei em ser chefe, gerente, sempre subi nos locais que passei pelo meu trabalho e hoje acho que ser chefe de algum setor é muito pior, pois o ser humano está cada vez mais difícil de trabalhar, alguns por incompetência, outros porque acham que trabalho é um fardo e não aceitam cobranças, mesmo que sejam para melhorar.
Estou a procura de novo emprego, fico triste porque sai do mercado por estar cumprindo o meu dever, peguei uma instituição que vinha desmoralizada na comunidade e financeiramente, onde a mantenedora investia em 2005 oitenta e nove mil anuais para fazer funcionar além da verba que recebia anualmente que era bem maior que a de hoje e durante 10 anos fiz a mesma funcionar sem precisar do dinheiro da mantenedora e fiz dar lucro em alguns momentos. Mas como um colega meu há 5 anos atras, mais ou menos, o Edson Mateus em uma conversa me disse: "Marcus como estamos dando resultado e em Leopoldina isso é sinal de problema, prepare-se irão logo, logo acabar com o trabalho, pois não podemos aparecer mais que os nossos patrões". Dito e feito a situação se concretizou em 2015 e apesar de alguns não admitirem houve sim o tal preconceito e o fechamento, lembro o único SESI da região que fechou, apesar de haverem alternativas para mante-lo, mas o presidente da ACIL, foi voto vencido na reunião e não quis correr o risco também. 
Mas a vida continua. O blog esta de volta e a luta vai continuar, vou tentar me manifestar o menos possível em termos de críticas, pois estamos num período pré eleitoral e poderão dizer que estou desse ou daquele lado. Em tempo fui convidado para ser um dos coordenadores da campanha eleitoral de um candidato e não aceitei no primeiro momento, pois sempre quando abraço uma causa vou até o fim e geralmente sempre fui traído por quem apoiei politicamente. 
Sejam bem vindos e para que eu possa ter retorno e ver se acrescento algo gostaria que mandasse comentários, notícias, esse é um espaço aberto a todos. 

Essa é sua história... Volta ao desemprego...parte 16

Nesta sexta-feira, dia 04 de março, a vida dá uma reviravolta e como muitos dizem é hora de jogar o passado no lixo e recomeçar e concordo em parte, mas o passado nos serve de experiência e as vezes de um alicerce para o futuro. Quem leu minha história já conhece um pouco de mim, alguns dizem que me expus demais, outros elogiaram pois passaram a me conhecer melhor. É claro que o que escrevi é a minha visão da minha vida, pode ser que outras pessoas tenham uma visão diferente, principalmente aqueles que conviveram comigo.
Na realidade quando escrevo apenas coloco no papel o que sinto no coração, realmente nunca tive a intenção de angariar simpatia ou pena, sempre foi assim nos meus programas de rádio. Como já disse algumas vezes apenas uma pessoa durante meus 48 ou quase 49 anos de idade, ao qual não consigo mais perdoar e conviver. Não se trata de rancor, trata-se de saber que a pessoa a qual me refiro não consegue se redimir e principalmente, conversando com um amigo ele disse: “essa pessoa não gosta nem de si mesmo” e acho que é verdade, pois será que quando deita no seu travesseiro não imagina quantas pessoas magoou, quantas pessoas desiludiu e enfim que o dinheiro que adquiriu não significa nada.
Hoje ao encerrar uma fase posso dizer que os dez anos que passei trabalhando foi um período de mais conquistas que derrotas. A verdade é que as coisas boas passam tão depressa que as vezes até esquecemos, os coisas ruins deixam cicatrizes e mágoas que nem sempre conseguimos esquecer.
Nesses meus anos pude observar que a vida é feita de altos e baixos e temos que saber conviver com esses momentos, pois quando estamos por cima há pessoas te puxam o saco, aproveitam de você e na realidade aqueles que te procuram nesse momento podem ser chamados de colegas, já na hora que estamos em baixa as pessoas te ignoram, as vezes fingem nem te conhecer, algumas até tem medo de você precisar de algo e para evitar que você peça simplesmente cortam a “amizade”, os que permaneceram esses sim devem ser considerados amigos e são raros.
Eu que já vivi esses dois degraus e hoje estou afastado de tudo posso afirmar que sei que daqui para adiante entro na fase de reconhecer os “amigos” verdadeiros, pois colegas são colegas de escola, trabalho, de bar, de papo e amigos são aqueles que só aparecem nesses momentos de dificuldade.
Essa semana apesar de ter um rompimento na fase que vivia tive três momentos felizes que posso narrar aqui sem citar nomes: quando uma mãe de um aluno me abordou falando sobre a mudança de seu filho e a tristeza pelo fechamento do SESI, outro momento é quando um ex funcionário vira para você e fala: “ esse foi o meu primeiro emprego e só tenho a te agradecer, não tenho nada a reclamar só a agradecer” e o terceiro é quando um jovem escreve que só não foi para o mal caminho porque ouviu meus conselhos e de minha esposa, pois quando mais novo acreditava que o importante era conseguir dinheiro fácil, mas de maneira errada, e segundo suas próprias palavras: “Quando eu mesmo já não acreditava e se daqui pra frente eu vencer na vida .... Não foi sozinho .. Pois vcs estavam comigo a todo o tempo por conta do q me ensinaram e da força q me deram valeu mesmo. ”, isso as vezes vale mais do que qualquer coisa, o reconhecimento.
Durante dez anos eu convivi com todos os tipos de pessoas e passaram muitos funcionários, associados, alunos na minha vida e por certo acredito que de todos 5 pessoas guardaram mágoas comigo, ou romperam a amizade comigo, mas o número de pessoas que se tornaram colegas foi muito maior. Tenho o orgulho de ter dado oportunidade a várias pessoas que nunca tinham trabalhado, a pessoas que estavam passando por momentos de envolvimento com drogas e me pediram ajuda dei e ele deu a volta por cima e se tornou um esposo e uma pessoa melhor e retornou para me agradecer. Há também aquele que dei a chance de retornar ao trabalho, mesmo aposentado, e ao invés de agradecer procurou colegas de trabalho para falar mal de mim, dizendo que sou um péssimo administrador. Mas a vida é assim as pessoas confundem que quando administramos algo, principalmente que não é nosso temos que tomar decisões que nem sempre concordamos, mas temos que cumprir a lei, as normas e se nestes dez anos eu prejudiquei alguém, sinceramente foi sem querer, apenas fiz o que tinha que ser feito naquele determinado momento, pois ser administrador é ser capaz de tomar decisões e segurar as consequências.
Ao final nos dez anos tiveram pessoas que marcaram nossa jornada e se não permanecer a amizade, fica a lembrança de ter o prazer de trabalhar com ele. Não vou citar nomes, mas se você lê essa história por certo saberá em que escala se encaixa.

A vida continua e como diz um amigo psicólogo que estou visitando: “ temos que saber nos livrar do passado, acreditar em si mesmo, ter auto estima, romper com o passado e acima de tudo pensar primeiro em nós mesmos, pois só assim poderei ser feliz. Ele que me falou: somos descartáveis perante os outros, mas temos que ter a consciência de nossa própria força e não nos abater”.

Essa é sua vida.... um pouco do período do SESI..parte 15

Hoje resolvi falar um pouco do período do SESI, conforme já mencionei fui indicado pelo Carlos Heleno Torres de Almeida e convidado pelo presidente da ACIL, Rodolpho Lannes Rosa para assumir em 10 de janeiro de 2006 a unidade SESI Leopoldina. Naquela oportunidade uma semana antes havia assumido o cargo de auxiliar administrativa a Valéria Lacerda e nós dois entramos completamente no escuro, primeiro porque não haviam informações do passado do mesmo nem documental e nem nos computadores e segundo porque éramos dois novatos num mundo totalmente contrário ao que fazíamos. Graças a ajuda do Gerente Regional da época do SESI, Miguel, é que conseguimos reerguer o nome da unidade. Em conversa com ele o mesmo me confidenciou que demoraria uns 4 a 5 anos para reerguer a unidade, mas como eu tinha um bom acesso a alguns setores, a imprensa e um bom relacionamento em geral em um ano na auditoria feita já havia sido constatado uma melhoria tanto na parte organizacional, como no nome SESI.
No ano de 2006 fiquei três meses conhecendo os funcionários e o que acontecia na unidade, aí fui a Muriaé fazer um curso de cuidados da piscina e em março a unidade se tornou independente da matriz da ACIL, sendo tudo resolvido nela própria desde o pagamento ao registro de novos associados, sempre seguindo os critérios do SISTEMA SESI conforme mandava o contrato de parceria.
Uma curiosidade que só depois de alguns anos eu fiquei sabendo foi que com uma semana de SESI tive que me ausentar pois minha filha foi fazer uma cirurgia cardíaca em São Paulo e com quinze dias chegou um senhor na unidade para vistoriar a escola de Esportes, seria o Rui Malta, ele chegou a noite e veio me pedindo informações como quantidade de alunos, quantidade de professores, como era utilizado os manuais e tudo que se relacionava ao esporte na unidade e eu quase sem dados nenhum falava com ele sem muita propriedade do assunto e informava que estava tomando pé da situação e não havia dados anteriores e que seria bom ele me repassar algumas informações. Depois de algumas visitas a unidade o Rui me confidenciou que ele havia sido contratado naqueles dias e estava no Espírito Santo quando mandaram ele vir a Leopoldina vistoriar a unidade e ele também não conhecia muito bem o assunto Escola de Esportes, ou seja, os dois um tentando passar algo para o outro e os dois se auto enganando, demos muita risada sobre esse fato na ocasião. Mas conforme falei com o gerente Regional Miguel pude aprender e reestruturar a unidade e o Rodolpho que tem um lado muito humano só me fez uma recomendação não mande ninguém embora, de uma chance a todos de mostrarem seus serviços. Durante esse período recebi por várias vezes a visita da área técnica esportiva do SESI, Rui, Daniela e João Paulo que vinham vistoriar a unidade, que tinha que ter os profissionais com o perfil avaliado e de acordo com as exigências do SESI, neste ponto que veio a demissão da sobrinha do Bené Guedes, que foi uma solicitação de desligamento por parte de uma vistoria. Durante um bom tempo fiquei com Edson Bob que virou meu coordenador, Marcelo (Marcelinho) e a Sheila Iglesias, sendo que o Bob cuidava do Vôlei e Basquete, Marcelinho da natação e futsal e a Sheila da Hidroginástica, foram tempos áureos, uma equipe redondinha como podíamos dizer, pois tudo caminhava com tranquilidade e um diferencial dos três profissionais na época gostavam do que faziam e vestiam a camisa, tinha empolgação e disposição para fazer a escola crescer. Mas o Marcelo veio a passar nas primeiras etapas do concurso de Bombeiros de Minas Gerais e pediu para sair e a Sheila por estar com problemas no CREF teve que se desligar na época, ai passaram outros profissionais que não me recordo a ordem mas Gisely, Joel, Fabiana, Renata Gonçalves, Paulo Maximiano, Raphael Zangirolani e Felipe Senra, não sei se esqueci de alguém, pois faz 10 anos é muita gente, todos de uma forma ou outra ajudaram a construir a escola de Esportes SESI que chegou em um ano de 240 alunos e acho que todos os profissionais cumpriram seus papéis e dois tive realmente que mandar embora devido a avaliação dos profissionais do SESI. Em 2008 a 2010 nós tivemos lá uma equipe que era o pré cefet comandada pela professora Valéria Benatti e que foi um show de bola também, pois o índice de aprovação foi muito grande e o CEFET mesmo nos indicava para os alunos que desejavam entrar na unidade de Leopoldina, sem contar os concursos da polícia civil, os resultados nos vestibulares, era uma equipe de profissionais nota 10, não vou me recordar de todas as professoras então fica meu agradecimento a toda em nome da Valéria que coordenou o mesmo e que me ajudou financeiramente nos primeiros anos do SESI. Na área da beleza tivemos a Natali de Cataguases, a Cláudia e a Izabella que formaram muitos profissionais na área de cabeleireiro e em 2010 foi a pronatec em parceria com a prefeitura, graças novamente a Valéria Benatti, tivemos os cursos de maquiagem, artesanato, corte costura, administrativo, cabeleireiro, manicure com excelentes profissionais também.  Como tinha um programa aos domingos nos dias V (dia do Voluntariado que acontecia aos domingos, inicialmente em dezembro e depois em agosto, várias foram as transmissões do SESI ao vivo com a ajuda e participação do Bruno Farinazo e outros companheiros de rádio. Na realidade o SESI foi crescendo e apesar do movimento ter caído nos últimos anos, os associados foram mantidos, pois muitos pagavam para poder utilizar no verão e a seleção natural de associados acontecia naturalmente, pois quando o ambiente melhora quem não se adapta sai. Não vou falar que foram só vitórias, durante 7 anos consecutivos alguns associados cerca de 30 fizeram abaixo assinados para me tirar do SESI, outros para retirar minha esposa que mantinha o Bar e alguns até chegaram a ir em casa de presidentes para fazer queixas sobre minha pessoa, mas no final não dava certo, pois a regra minha era para todos e dentro das possibilidades do clube atendíamos a contento a todos sem discriminação.  Até brinco com um dos ex associados: tanto vocês quiseram me tirar, que o último abaixo assinado até motoboy para pegar assinatura em casa de associados eles pagaram e teve 39 assinaturas o que não representava 1 por cento dos associados, agora o SESI fechou e eu sai e levei vocês todos juntos.
Como em todos os locais sempre criamos alguns ex colegas que ficaram com raiva no meu caso acho que três apenas que me lembro, os demais não guardaram mágoas e nem ficaram de nariz torcido, houve até alguns que quando sofri um processo na justiça trabalhista por danos morais me procuraram espontaneamente para serem minhas testemunhas de defesa e eu ganhei neste item, se houve condenação por algo já não me cabia a culpa pois não era de minha área de conhecimento na época. Uma ressalva alguns até hoje me agradecem por ter dado a chance a alguns que tinham perseguição política, envolvimento em drogas e há aqueles que nunca havia tido sequer a carteira assinada e lá foi o primeiro emprego.
Bem como nesses 10 anos tive quatro diretores: Rosenberg, Carlos Heleno, Almir Bártoli e Vinicios e sempre me dei bem com todos, alguns diretores da Acil sei que não concordavam com algumas de minhas atitudes e achavam que eu aparecia mais que eles. Em uma ocasião chegaram a prever a minha saída e houve a intervenção do SESI para evitar isso, mais precisamente no final de 2009. Hoje que estou fora vejo a estrutura do SESI e reconheço que apesar de ser pequeno atendia a todas as áreas do associado e com qualidade, defeitos e problemas temos em todos os locais e lugares, ninguém consegue agradar a todos.
Hoje ao encerrar esse ciclo fico feliz que aqueles que mais convivi em âmbito estadual como o pessoal da GLE, Rui, Daniela, Igor Renato e João Paulo (que hoje é o gerente da área de esportes do SESI) se tornaram amigos ou sempre estiveram prontos para me ajudar, orientar e os gerentes regionais como o Miguel, Bara, José Eduardo, José Alexandre e Marcelo (esse muito pouco contato e num momento conturbado de fechamento de unidades) sempre me dei bem. Fico triste que o ciclo fechou não por minha vontade e nem por minha desistência, há coisas que estão acima de nossas forças e nossas capacidades e como eu disse há aqueles que sempre queriam a devolução do SESI, mesmo nestes dez anos em que a ACIL não teve que colocar nenhum dinheiro na unidade, pois em uma associação há a votação e a maioria na hora é que vence, sei que o atual presidente Cláudio Moura votou para a continuidade mas foi derrotado pela maioria e por isso optou por não continuar a tocar a unidade como se fosse um clube local.
Hoje sei que poderíamos ter feito muito mais, que poderia ter crescido muito mais, em 2010 nossa participação era de 85 % de renda própria e 15% de recursos do Sistema SESI, mas por decisões superiores acharam que deveriam mudar e o SESI passou um período crítico e se recuperou com a parceria SESI, ACIL e Prefeitura com o Pronatec e pagou suas dívidas com a matriz e retornou a viver com as próprias pernas. Acho que fiz o meu melhor, naquele momento e graças a experiência adquirida nos empregos anteriores e atual e com o incentivo do Gerente Regional da época, José Antônio Bara, fiz meu curso de Administração onde aprendi a teoria o que fazia na prática.
Quanto aos colegas do sistema tive quatro: Valéria Lacerda, Maxsiley Moreira, Janaina e Júnior e acho que dentro das possibilidades formamos uma boa parceria e se fiz algo que os incomodou ou que julgaram errado no momento, não ficou sequelas por minha parte e a maioria se tornaram e continuaram meus amigos. E os funcionários, acho interessante, alguns antes do SESI fechar retornaram para rever os companheiros de trabalho demonstrando que apesar de saírem não desligaram o vínculo afetivo e sei que aqueles que pude ajudar, ajudei dentro de minhas possibilidades e se magoei algum por certo são ossos do ofício pois comandar uma equipe gera problemas e as vezes temos que tirar alguém para não desandar a equipe toda.

Enfim o SESI foi um aprendizado e acima de tudo um momento de alegria em poder trabalhar com as indústrias, os alunos e parceiros e fazer o lado social fluir no meu coração e em alguns da minha equipe. Sinto apenas que ficará na saudade, pois a vida passa, as oportunidades passam e a recordações ficam.

Esta é sua vida....período da faculdade...parte 14

Você já pensou em como é retornar a uma sala de aula após 24 anos, enfrentando os desafios da diferença de estudos da época, da escola pública para a particular e conviver com uma geração que poderia ser seus filhos, pois é isso foi a minha faculdade.
Em 2011 resolvi fazer uma faculdade e fiz o vestibular e fiquei em sexto na classificação e comecei a estudar nas Faculdades Doctum, no inicio como sempre eram vários alunos no final foi afunilando e poucos terminaram. Mas neste período tive professores com menos idade que eu, tive colegas de infância que foram meus professores e até ex-patrões. Foram quatro anos de sacrifício, pois quando comuniquei aos meus superiores a minha intenção de fazer faculdade à resposta que ouvi foi a seguinte: ”Terá que fazer algum bico para pagar” e outro “Não sei para que?”, mas um dos fatores motivacionais foi o meu gerente regional do SESI na época o Bara Miguel que sempre disse estude, melhore, cresça e quem sabe no futuro terá outras chances. Eu tinha a prática e faltava a teoria.
No inicio demorei um pouco para me adaptar, mas no primeiro período um colega na hora da seleção de representante de turma me pediu que se eu fosse indicado não aceitasse, pois ele tinha o sonho de ser representante de turma e assim o fiz, sendo que me colocaram como vice. Em todas as reuniões com o nosso excelente coordenador Sandro Foi o representante faltava e eu ia, e o Sandro com sua experiência me dizia “você será o representante, pois esse aluno irá desistir do curso” e não deu outra, assim aconteceu.
Como representante sempre procurei conversar com os colegas na hora de resolver as coisas, nunca dei minha opinião sem ouvi lós antes. No segundo período tivemos problemas com um dos professores e recorri ao Sandro e resolvemos não criar tumulto e levar a situação numa boa, em outros períodos tivemos problemas com outros professores que os alunos tinham dificuldades de aprender, como estatística, fez uma reunião eu, uma aluna, o coordenador e o professor para tentarmos amenizar, eu tirei do you toque matérias e gravei em cd e passei para os alunos para ajudar e no final quase todo passaram nesta matéria.
Há pouco tempo uma colega de trabalho me perguntou “Marcus você não foi motivo de chacota de alguns colegas, de discriminação por causa da sua diferença de idade”, ai pensou e respondeu que na maioria não, é claro que havia alunos que em não tinha tanto contato e houve alguns momentos críticos quando o professor Sandro fazia alguns debates sobre a função de alguns setores inclusive associações e eu dava minha opinião e o meu vice-presidente tomava conhecimento e me chamava à atenção sobre as minhas opiniões em sala que entravam em choque com o meu serviço e para evitar problemas tive que conversar com o professor e falar que não poderia participar de alguns debates para não sofrer punição no serviço. Outro colega sempre me gozou na sala de aula, remendando minha risada, jogando piadinhas de mau gosto, mas isso é coisa de filhos de papaizinho e no final do curso ele estava tão queimado com todos que um dos poucos que lhe dava atenção era eu.  Na faculdade como representante tive uma briga feia com o diretor, a gerente e a coordenadora e fiz reclamação como eu disse na época em todo o chiqueiro, pois a Doctum é da família Leitão e foi preciso vir uma diretora da regional de Juiz de Fora para conversar comigo e consegui 20% de desconto para todos os alunos que não tinham desconto até o final do curso. Com a coordenadora tive atritos, mas sempre a respeitei dentro de sala de aula, tínhamos opiniões diferentes e acho até que muitas vezes ela interpretava errado o que falávamos e por insegurança sentia-se ameaçada por nós. Após minha briga com a diretoria da doctum resolvi largar a representação da turma para evitar algum transtorno com a faculdade.
Hoje já se passou dois anos do fim do curso e um ano da formatura, realmente o que digo amigos de escola, de trabalho, de bares são passageiros e poucos eu tenho contato, mas fiz alguns que por certo serão sempre lembrados, pois vira e mexe estamos trocando zap, encontrando na rua ou nos esbarrando pela vida. A Faculdade realmente foi uma conquista pessoal, mesmo que do lado profissional não representou nada para o meu trabalho, ainda brinco pelo menos se for preso posso ter cela especial por curso superior. Mas aprendi na teoria o que fazia na prática e aliado aos conhecimentos adquiridos nos 10 anos do SESI nos cursos e treinamentos que participei foi muito bom para mim.
Guardo esses quatro anos como um rejuvenescimento, pois acho que passei experiência para alguns e aprendi a conviver com a nova geração, a mesma que convivia na época do SESI na escola de esportes.  Os professores deixaram suas marcas e a todos só tenho a agradecer e passado esses anos não guardei mágoa de ninguém e nem ressentimentos dessa época, só mesmo a alegria de ter aprendido algo e conquistado um 100 na monografia e um diploma que me qualificou como administrador.

Não vou citar nomes, mas muitos dos colegas estarão sempre no meu coração, na minha lembrança e na minha saudade.

Esta é sua vida... um desabafo dos momentos difíceis e das traições sofridas.. parte 13

Depois da morte de meus avós ainda fiquei dois anos desempregado e em 2004 ao participar do programa Fala Garoto do Amauri dos Santos o mesmo sempre me falava sobre política e achava que eu não tinha medo de me expor, em um de seus programas ele me perguntou entre as três chapas a candidatura a prefeito quem eu achava que era a melhor opção:
Zé Roberto, Iolanda e Bené Guedes disputavam e eu disse mesmo brigado com o Bené que achava que por ele ter sido deputado algumas vezes terei um trânsito melhor nas esferas estaduais e federais e seria a meu ver a melhor opção. A informação chegou ao conhecimento do então candidato que pediu que o Zé Américo me ligasse e falasse que o Bené gostaria de conversar comigo, respondi de imediato, ele sabe meu telefone e não recebo recados. Nisso Bené Guedes me ligou e me pediu desculpas, agradeceu pelas palavras e me mandou buscar em casa e me fez uma oferta, me contratou para ser o cinegrafista de sua campanha. Durante alguns meses eu fiquei filmando até que um dia perguntei ao mesmo “vai ter telão em sua campanha ou você só me contratou para me agradar” e ele respondeu que não haveria telão na campanha ai então entreguei o serviço e ele me pediu para cuidar da parte financeira da campanha o que fiz até meados de setembro, tendo como coordenador o José Newton, como já estava brigado com o José Roberto que havia me atacado em praça pública quando da inauguração da farmácia popular mandando eu e o Luiz Carlos Montenári tomar gadernal, coloquei o numero 45 na minha casa e abracei a campanha. Em setembro após não concordar com alguns fatos na parte financeira comuniquei ao candidato Bené que me retirou da parte financeira e me passou para a área de propaganda em rádio junto ao Julio César. Neste período o candidato Zé Roberto estava com a candidatura sob impedimento da justiça eleitoral e o Bené ganhou durante alguns meses antes da posse e sua casa virou um ponto de visita, os adversários, os puxam sacos e aqueles que sempre são os amigos na hora da vitória não saiam de lá. Neste intervalo o Bené, juntamente com Carlos Heleno e Márcio de Castro me procurou e me pediram se podia fechar as contas de campanha do Bené. E contrataram dois contadores para me ajudar e ficou acertada que o Bené me pagaria pelos serviços a parte. Fechamos as contas os dois contadores quiseram me pagar pela ajuda, como eles disseram você praticamente fez tudo, eu disse que não que o pagamento seria feito pelo Bené conforme o combinado. Neste meio tempo o Zé Roberto conseguiu derrubar o impedimento e foi eleito prefeito, você já viu um barco afundando e todos pulando fora do mesmo, foi exatamente o que aconteceu com o Bené Guedes, seus “amigos” sumiram todos, ficando somente eu, Marcio de Castro e Carlos Heleno até o fim com ele e algumas exceções, mas lembro-me da figura do Bené abatida na sua área de lazer, de pijama e me convidando para almoçar com ele, já que as visitas eram raras e os puxam sacos, como é normal pularam de lado e estavam agora atrás do Zé Roberto, e eu agradeci disse que estava ali apenas para cumprir minha obrigação fechar suas contas. Passou essa fase e o eu pagamento caiu no esquecimento. E continuei minha vida de luta para sobreviver, em 2005 descobri que minha filha que tinha um problema de nascença do coração uma válvula a menos e uma comunicação entre os dois lados do coração tinha aparecido um furo no coração e que precisaria ser operada o mais rápido possível, como tinha Unimed comecei a correr atrás para saber aonde opera la, neste meio tempo pedi ao Bené se poderia me emprestar o seu apartamento em BH para procurar alguns especialistas e a resposta nunca veio. Depois de exames em juiz de Fora e a ida a São Paulo em outros especialistas resolvemos que teria que ser operada e depois de muita luta para autorização a operação foi marcada. No final de 2005 as vésperas do natal o Carlos Heleno me procura e me leva até o Rodolpho Lannes Rosa que assumiria a Associação Comercial em 2006 e me oferece para ser o gerente do SESI, o Carlos Heleno havia me indicado depois de ver o meu trabalho junto à campanha do Bené.  Assumi o SESI em 11 de janeiro de 2006, após consultar aos meus professores Getulio Subirá e Gilberto se teria capacidade para tal, afinal são onze anos de afastamento de um serviço e eles garantiram que daria certo pela minha experiência junto a Praça de Esportes. Hoje me lembro de que a minha situação era tão crítica que para ir trabalhar comprei cinco camisas de malha para poder ir trabalhar, pois não tinha roupas para sair e estava realmente na penúria. Após três meses de investigação para ver os erros do SESI fiz um relatório que chocou a diretoria da época, o então Cláudio Moura que deixava a presidência, lembro que o Carlos Heleno me pediu até que maneirasse no relatório, pois eram coisas graves e poderia ofender ao ex-presidente, mas disse que ele não tinha culpa apenas confiou em quem estava lá e que não ia ao clube. Lembro que encontrei um SESI sem nenhum documento todos os relatórios sumiram, o computador foi apagado e comecei do zero, a partir de março por decisão do Rodolpho o SESI se tornou independente da matriz da ACIL sendo todas as decisões tomadas nele próprio com o gerente de esportes da época que era o Rosemberg que depois teve que sair por motivos de doença na família e o Carlos Heleno assumiu o posto. Uma semana após assumir minha filha teve a cirurgia marcada para dia 16 de janeiro e o Rodopho me liberou para ir acompanhar a operação que graças a Deus correu tudo bem. Quando retornei na inauguração do IML em Leopoldina encontro com o Bené é ele me fala: fiquei sabendo que sua filha operou está precisando de alguma coisa e de cara respondi: na hora que precisei você não me ajudou agora não preciso de nada. 2006 foi um ano de vitórias com o emprego e com a operação bem sucedida de minha filha e um ano de perda, pois perdi o meu anjo da guarda a Laura minha madrinha de casamento que faleceu no dia 15 de janeiro e eu não fiquei sabendo só quando estava em São Paulo acompanhando minha filha na sua cirurgia. Depois disso assumi o SESI durante esses dez ano teve que tomar atitudes que estavam previstas no contrato de parceria entre ACIL e SESI e uma delas foi o desligamento de uma profissional de esportes, após uma avaliação da Daniela Antonini, que justamente era sobrinha do Bené Guedes e o mesmo contrariado marcou uma reunião com o meu presidente da ACIL para ter explicações, achando que eu estava perseguindo a mesma, Rodolpho que considero um dos melhores presidentes que convivi na ACIL me buscou no SESI e falou leva os documentos que você vai explicar ao Bené o que aconteceu. Chegando ao terceiro andar do prédio da ACIL La estava Bené e Carlos Heleno, Rodolpho chegou e disse: ”Bené deixo você com o Marcus Vinicius para te dar explicação, ele é meu homem de confiança e o que ele falar eu estou ciente e confio” e saiu da sala. Demonstrei o relatório da Daniela e o porquê da demissão da funcionária e ele me pediu desculpas dizendo que não sabia de tais fatos. Depois disso a tal funcionária procurou o Antonio Muzzi que era o Gerente de Esportes do SESI no estado para reclamar de mim e o gerente regional da época Miguel me ligou e perguntou se eu não havia desligado a tal profissional e caso não tivesse era para ser desligada imediatamente, só que já havia o feito. Não satisfeito o Bené marcou uma reunião com o presidente da FIEMG, Robson Andrade, e o gerente regional me ligou perguntando quem era Bené Guedes e o que ele queria com o presidente da FIEMG e eu liguei para casa do Bené, ele me falou que era amigo do Robson (que curiosamente não sabia quem ele era) e disse que a visita era para me elogiar, eu informei que se fosse para comprar o SESI ou algo parecido o mesmo estava pronto a recebe ló caso contrário não, e ele não teve a tão audiência que desejou. Em 2008 Bené se candidatou a prefeito novamente e de frente a prefeitura com o Rosalvo ao volante para o carro e me chama e fala que gostaria de meu apoio na sua nova campanha e eu respondemos: “Bené fiquei anos desempregado, quando precisei ninguém me deu a mão e agora que estou trabalhando no SESI não vou abraçar nenhuma campanha e não vou te dar apoio como fiz na sua ultima campanha”, Rosalva tentou conversar e o Bené simplesmente disse deixa ele, ele tem razão. Durante sua campanha o motorista dele foi o Carlinhos (Careca) como é conhecido por todos e por mais de uma vez, ele é testemunha, o Bené a me ver parava o carro e descia e me abraçava e dizia: “Se sou candidato é graças a esse rapaz, devo muito a ele”. Após sua eleição fiz algumas apresentações de graça para a prefeitura por causa deles não terem dinheiro. Neste intervalo de anos o Júlio Gama que trabalhava na rádio Jornal conseguiu convencer aos donos da emissora, o sistema Multisom a me dar uma oportunidade de ter um programa comprado nas manhãs de domingo de 9:30 ao meio dia que durou anos, nem lembro quantos, foi até uma surpresa para “meus ex-colegas de rádio” que alguns falaram na época com o Junior (ele nunca confirmou), mas tenho certeza que estava criando um problema. Após a eleição do Bené em uma festa na casa da Valéria Benati, onde estavam na mesa Bené e esposa, o vice-prefeito e esposa, Márcio Freire e esposa, José Carlos Calil e esposa e Valéria eu disse algumas coisas que aconteciam no seu governo e que ele deveria mudar e falei que estava refém de alguns companheiros da imprensa que só visam dinheiro e que seu governo estava indo mal. Lembro que Márcio Freire levantou e me cumprimentou e disse que se ele tivesse em sua época alguém com essa coragem ele não teria cometido alguns erros.
Meses depois o Bené, junto com João Ricardo e José Geraldo Machado (Gué) compram a rádio jornal e contratam o João Bosco Cerqueira para ser o diretor e o mesmo me chama para uma reunião em me diz: ”Por ordem dos novos donos da emissora estamos te tirando do ar, pois você não faz o perfil da emissora” e aquilo que era minha paixão, pois fazia por gosto e não ganha um tostão, os patrocinadores eram apenas para cobrir o que havia combinado com a rádio me foi tirado. Depois desse dia, lembrei-me de tudo o que já havia passado com o Bené, desde quando na época da Safira guardei algo para ele, o projetor que me prometeu e não cumpriu o pagamento não feito na época de seu fechamento de prestação de contas, a sua tentativa de me tirar através da ACIL e da FIEMG do SESI e por fim a minha retirada do ar tomei uma decisão radical e publiquei em meu blog “Senhor Bené Guedes favor não e cumprimentar em público, pois estou acostumado a lidar com homens e não moleque” e assim faço até hoje. Apresentei solenidades para a polícia militar, polícia civil, citei o nome do prefeito e fiz minha parte como cerimonial, mas quando ele me ergueu a mão eu disse já falei que não cumprimento moleque e virei às costas, tenho o Tenente Getulio para confirmar minhas palavras. Na última eleição o José Roberto que havia me atacado no SESI por duas vezes, que havia me ridicularizado em praça pública me parou e pediu desculpas e me pediu apoio a sua campanha e eu respondi “Não tenho nada contra você Zé Roberto, inclusive você me mandou tomar gardernal em praça pública e eu não comprei porque se esqueceu de me dar à receita” Rimos e eu tomei a decisão de não me opor a nenhum político, pois aqueles que vesti a camisa sempre foram os que me traíram como eu digo “sou bom e barato por isso me querem e usam como uma agulha descartável, quando não precisam jogam fora”.

Por aqui para uns instantes sobre a minha vida sou ainda funcionário da ACIL até seis de março, ou antes, mas depois contarei alguns lances gloriosos do SESI, algumas decepções e alguns fatos curiosos no meu blog, por respeito ao trabalho não falarei agora, pois poderá ser considerado um afronto a alguns ou um modo de querer demonstrar meu valor. E antes que falem que cuspi nos pratos que comi, esclareço os fatos narrados são verdadeiros e posso garantir que os meus ex-patrões com quem convivi não podem falar um a sobre a minha dedicação e lealdade no cumprimento dos meus deveres e alguns são meus amigos, mesmo que não tenha contato diário podendo citar o Nei, dona Luzia, o próprio Ricardo Calil que veio me conhecer melhor quando foram meu professor na Doctum, os ex-diretores da Multisom Gerci e Walter de Paula. A ainda os tempos de faculdade que poderia contar antes para vocês, como diz o meu amigo Luan “Ao Marcos”.

Esta é sua vida... um pouco sobre Chiquinho e Carmosa.. parte 12

Hoje vou falar um pouco da vida pessoal e esquecer a fase de 11 anos de como me virei. Como já narrei fui criado pelos tios avós do meu pai desde a idade de três anos acredito eu, e convivi com eles até o fim de suas vidas. No período que fiquei desempregado foi um tempo difícil. Algumas características dos dois: Francisco Resende era um senhor segundo sei era filho de um professor e não tinha instrução, ele pela era uma pessoa fechada, não conversava muito sobre a sua vida, como sempre teve dificuldades era muito cuidadoso e não gostava de deixar dívidas ou faze las, se bem que o seu barbeiro ele sempre deixava um corte pendurado para a próxima vez. Sei que quando casou morou um tempo na rua das flores e depois aos poucos comprou um terreno onde havia, naquela época, as mulheres da vida e foi criticado por isso. Pela sua dificuldade se você quisesse ser inimigo dele falasse mal da sua casa, pois como ele disse foi feita com o suor e sacrifício. Lembro-me que a casa por ser pequena poucas vezes recebia alguém para passar a noite ou um período, e como fala meus irmãos, tinham medo dele, pois na hora do banho ele muitas vezes batia na porta do banheiro e gritava: “Não demora, olha a água e a conta de luz”, já era tradicional. Mas no fundo era um coração de manteiga, tanto era que quando a Carmosa e eu fomos para Ouro Preto e lá ficamos por mais de nove meses, quando minha prima, filha do tio Moacyr, Cláudia, passava pro problemas de rins fazia tratamento no rio de Janeiro e não sobreviveu tendo um derrame cerebral. Outra passagem que poucos falam foi quando um parente dele ao mudar de Muriaé deixou algumas dívidas e ele com suas poucas economias deram o dinheiro que tinha e falou: ”vai lá e paga suas dívidas e limpa o nome, que é a coisa que temos que ter na vida o nome limpo”. Por não ter instrução e não ter filhos, muitos parentes diziam que ele não poderia passar a sua casa para ninguém, pois perderia a casa. Com muita conversa e muitas explicações um dia ele resolveu passar em uso e frutos dele e da Carmosa a casa para os dois sobrinhos que tinha criado e ficou tudo acertado. A casa que tem 50 m² ficaria para mim, com uma lateral de 1,5 m e os fundos também para evitar ter que fechar no futuro as janelas e o restante do quintal que girava em torno de 250 m² ficaria para meu tio, pois ele já tinha um apartamento e só tinha filhas seria o ideal. No dia de passar a escritura, duas netas sobrinhas, filhas do meu tio, coordenadas por outra tia, foram poucos minutos antes na casa e falaram poucas e boas com ele e ridicularizaram os dois Chiquinho e Carmosa e queiram que eu ficasse com o porão da casa e o resto para seus pais, nessa época minha esposa estava grávida, eu não estava em casa, pois estava trabalhando. Resultado os dois foram pra o fórum e lá resolveram entre si a passar tudo para meu nome e com a condição de que a parte que seria do outro passaria para a sua filha mais velha, eles não conseguiram assinar, pois estava tão nervosos que foi testemunha um oficial de justiça, irmão da esposa de meu tio. Passado algum tempo houve o comentário que o meu tio iria entrar na justiça para anular a doação, alegando que os dois não tinham capacidade de responderem pelos seus atos, comentário feito no clube Leopoldina e avisado pela amiga da Carmosa Piedade. Assim que o assunto se espalhou dois vizinhos mandaram avisar que se ele fizesse isso deporiam a favor dos dois e ele ainda seria processado por danos morais ou calunia. Com isso o meu tio nunca mais voltou a conversar com o casal e suas duas filhas menores nunca mais tiveram contato durante esses anos com o casal. Um dia numa reunião entre eu, Carmosa, Chiquinho e a filha mais velha do meu tio foram comunicado o desejo deles de que a parte que era de seu pai passaria para ela, mas a mesma fez um comentário: “Não preciso desse terreno e não quero brejo”, na hora o Chiquinho deu um murro na mesa e disse agora não vai passar mais nada para ninguém, como eu disse podia se falar de tudo, mas não falasse mal do que ele construiu com tanta dificuldade. A sobrinha que era afihada continuou tendo contato com o casal as escondidas. 
A Carmosa era uma pessoa que no meu ponto de vista era lutadora e pensava mais nos outros que nela mesma. Lembro-me do carinho que tinha com os sobrinhos dela em Ouro Preto, onde um deles às vezes bebia demais e ela passava a noite acordada esperando ele chegar para coloca ló para dentro de casa, na hora do almoço descascava laranjas para todos e quando havia uma discussão entre os parentes estava sempre a colocar panos quentes. Lembro-me que em uma noite o sobrinho chegou tonto e resolveu fazer sua irmã tocar piano e abriu a três sacadas da casa e agora fico em dúvida se ele tocou ou a sua irmã e tocou o piano de madrugada e a Carmosa com toda paciência esperava ele acalmar e o colocava para dormir. Lembro-me da última noite, pelo menos na minha mente, da visita da Cláudia a Ouro Preto, nas imediações do natal e ano novo, como digo são lembranças vagas, mas vejo-a andando pela casa e observando todos os cômodos como se quisesse se despedir, pois já estava no hospital no rio há meses, passou mal e retornou ao Rio, um de seus irmãos iria doar os rins, mas a medicina naquela época não estava tão avançada e não deu tempo ela sofreu um derrame cerebral e teve o crânio cortado para tentar salva-la. Meses depois ao se revelar uma foto para a família a foto apareceu com um risco justamente no local cortado. Minha tia Aracy perdia a sua filha caçula e já havia perdido o filho mais velho aos 11 anos e a Cláudia aos 15 anos. Minha tia ia ao cemitério todo domingo e toda quarta levar flores e só andava de preto. Lembro e ainda brinco até hoje que a tia Aracy quando chegávamos a Ouro Preto Chorava tanto na chegada, quando na hora de ir embora, dizia que ela chorava de tristeza pelo aumento das despesas na chegada e de alegria na hora de ir embora. 
Eu e a Carmosa passávamos o carnaval e a semana santa em Ouro Preto patrocinado pelo tio Moacir, lembro que o mesmo morreu em uma noite e foi o único corpo que não o vi no caixão por causa de meus primos e eu depois disso nunca mais tive vontade de ver pessoas mortas no caixão. Mas a Carmosa era o tipo da pessoa que quando uma sobrinha ou parente ia fazer a festa ela pedia o material e fazia os doces sem cobrar era o seu presente, a mão de obra. 
Durante 10 anos sofreu pela ausência do seu sobrinho, que era o seu preferido. Aos 89 anos em 1997 eu já desempregado o Chiquinho passou mal e foi para o hospital pela primeira vez na sua vida, ficou 12 dias, voltou em casa e retornou e morreu por edema pulmonar, lúcido.
Lembro que os médicos o proibiram de fumar, mas eu escondido comprava cigarro e dava aos enfermeiros e aos conhecidos caso ele pedisse podiam dar, não ia faze ló sofrer aos 89 anos com a falta do cigarro. Lembro que a Carmosa sofreu muito e tivemos que chamar o Dr. José Roberto para dar a noticia a ela no hospital. Segundo um dos vizinhos, durante o velório no cemitério, o tal sobrinho havia soltado foguetes em frente à casa do casal comemorando a morte, não sei se foi verdade ou não, fiquei sabendo e não contei para a Carmosa, mas a Pomba (Como era conhecido) contou e ela ficou arrasada. Naquele mesmo ano o sobrinho a procurou para passar o Natal com ele e ela respondeu: “nesses anos todos você não me convidou junto com o Chiquinho, então não vou, obrigado”.  Desde a morte do Chiquinho ao qual já tinham completado 50 anos de casado a Carmosa foi murchando como uma flor perdeu o interesse por tudo, não saia quase de casa e em uma noite por volta da uma hora da manha escutou um barulho e corremos ao seu quarto ela estava tendo uma crise convulsiva e ficou dura como um pau lembra-me que a coloquei na cama e chamei a ambulância e foi levada ao hospital, depois desse momento ela não mais andava sozinha, tinha que usar fraldas descartáveis, sofreu de mal de Alzheimer e se esquecia de mim, da minha filha e a única que ela não se esqueceu de foi da minha esposa. Às vezes gritava quando eu entrava em seu quarto: “Lurdinha corre aqui tem um homem no meu quarto”.  Ficou mais de dois anos e meio em cima de uma cama e como ela sempre dizia: “você vale o que tem, se nada tem nada vale”, os poucos parentes a visitavam e muitas vezes vinham de noite e davam biscoito de polvilho a ela e depois que saia ela passava mal e ia parar no hospital. Nessa época lembro-me de uma noite que estávamos fazendo doces para enviar a Petrópolis e ela passou mal, e tínhamos que despachar os mesmos às 5 horas da manhã, minha esposa levou ela ao hospital explicou a situação e retornou para terminarmos os doces. Nesta época havia pessoas que ajudavam voluntariamente com algumas quantias em dinheiro, é o caso da Martinha, e ela foi reempreendida por um parente para não ajudar, pois o salário da Carmosa nos usava para nosso uso, mal sabia ela que não dava para pagar as fraldas e os remédios da mesma e muitas vezes a família da minha esposa mandava fraldas por portadores para ajudar, pagava um plano da Unimed para minha esposa com a divisão dos irmãos. Em 2004 aos 86 anos Carmosa foi internada e reclamava de dores e ficava ai, ai, e o médico dizia isso é coisa da idade, só que ao entrar em coma descobriram que ela tinha pedra na vesícula e não poderia sofrer uma operação, pois não aguentaria. Chamei seus irmãos e um sobrinho que ela gostava o Lisboa ao hospital e falei em seu ouvido: “Carmosa estão todos aqui, sua irmã, seu irmão, seu sobrinho e todos estamos bem, não se preocupe estamos todos bem e ficaremos bem, não há com que se preocupar, pois ficaremos bem”, saímos do hospital e cinco minutos depois ela deu seu ultimo suspiro. Lembro que a sua poupança foi usada para pagar parte do seu sepultamento e quando fui à funerária negociar o restante do pagamento havia sido paga pela Martinha e deixado para mim. 
Nessa época lembro que nossa vida estava terrível. Nesse período desde quando fiquei desempregado ensinamos a nossa filha que não podíamos comprar ou dar coisas a ela de luxo, tínhamos uma madrinha de casamento, Laura, que todos os dias festivos, aniversário, dia das crianças, natal dava presentes a Cláudia para que ela não sentisse nossa dificuldade financeira. Lembro que quando íamos à exposição avisávamos a ela que só teria dinheiro para dar umas duas voltas ou três nos brinquedos e que não poderíamos comprar nada, pois não tínhamos dinheiro, e ela nunca fez manha ou reclamou presenciou isso acha que por isso hoje sinto uma baixa estima ou medo do futuro nela, além do agravante a sua avó materna ter dito diretamente, o que já sabíamos, que não gostava dela..

Depois eu conto o resto da minha trajetória até a chegada ao SESI... Mas está é sua vida...

Mais um capitulo de esta é sua vida... os artistas e outros comentários... parte 11

As pessoas têm me conhecido mais nos meus comentários esta é sua vida e algumas estão preocupadas por causa de alguns comentários, inclusive hoje por estar desempregado isso poderá me prejudicar quando feita a pesquisa em redes sociais. É claro que é uma preocupação lógica e pertinente. Mas quem me conhece há 46 anos que moro em Leopoldina me conhecem bem e sabe que as vezes faço críticas a autoridades, a algumas pessoas e realmente podem soar mal a quem ler, mas aquelas criticadas geralmente entendem ou assimilam que quando o faço é para o cargo e nem pessoal. Sei que devo diminuir tais críticas e quem sabe até parar de escrever, mas sou muito autêntico e tenho é que me controlar mais em alguns aspectos, pois se hoje escrevo minha história há uma única pessoa realmente que guardo rancor e mágoa, porque no passado se lerem poderão ver que já tive infinitos problemas com ela e a perdoei e os fatos foram recorrentes.
Mas é bom lembrar que minha vida não foi só de fatos negativos, tive grandes vitórias, grandes conquistas para quem veio de baixo e chegou em todos os setores que trabalhou a ser o chefe não é pouca coisa. Em cada local trabalhado sempre veio acrescentar algo na minha vida. Sempre fui uma pessoa positiva nos pensamentos e na vida. Mas como todo ser humano tenho minhas fraquezas e recaídas, o que acho natural.

Hoje vou contar um pouco sobre os bastidores do trabalho mas o lado positivo, como já mencionei nos 48, 49 e 50 anos de exposição de Leopoldina participei como apresentador no palco ao lado do Berto Oliveira, Francisco Monteiro e Cláudio Ferreira e pude nesses anos estar ao lado de grandes artistas da época que hoje os jovens não conhecem: meu primeiro entrevistado foi Jerry Adriani que já contei como foi, mas tive com Cazuza, Sérgio Reis, Kid Abelha, Marcio Greick, Gilliard, Zezé Mota, Agepê, Wando, Sidney Magal, Antônio José, Odair José e muitos outros artistas e em outras oportunidades com Agnaldo Timóteo e muito mais. Antigamente a gente ia às artistas entrevista-los e três pessoas me marcaram muito primeiro foi o Zé Ramalho quando veio fazer um show em Leopoldina, fui entrevista-lo no ônibus e pensei comigo esse cara deve ser complicado, pois fazia um calor infernal e ele estava todo encapotado, entrei no ônibus tremendo e foi uma super. entrevista pois ele é inteligentíssimo e antenado nas coisas do momento, adorei a entrevista com ele e só terminou por que tinha que entrar no palco, já feio mais de uma vez a Leopoldina e suas letras são realmente profundas. Outro cara que eu fiquei emocionado de conversar, não pela sua popularidade, mas sim pela paz que passa e pelo astral que deixa no ar foi o Gilliard, entrevistei no quarto do hotel e só paramos porque na época era fita cassete e já não havia mais espaço, mas sai do local com um ar mais leve e ele transmite tanta paz e realidade no que falava, é um cara do bem e a outra foi Zezé Mota, na época em que veio a Rádio Leopoldina (hoje Jornal) só tinha uma música dela do disco de vinil MPB 80, a música chamava-se Anunciação e nós tocamos ela constantemente para fazer a divulgação do show, na hora do show falei com ela isso e ela simplesmente me respondeu: “não sei a letra, só entrei no estúdio para gravar e não estará no show”, logo pensei estamos perdidos o povo vai odiar o show e pelo contrário ela entrou deu um show de talento e apresentou várias músicas e na época o HF filmava os shows e tinha uma van que ficava ao lado do palco, após o show ela ao invés de sair e ir embora quis assistir seu próprio show e ficou ali conosco assistindo depois na van. Odair José veio algumas vezes e por curiosidade se apresentava um pouco alterado devido a beber uísque antes do show em uma de suas passagens me lembro que ele se abaixou na frente do palco para cumprimentar o público e por pouco não caiu, os seguranças o seguraram pela presilha da calça. Márcio Greyck com suas músicas também veio três vezes na cidade e sempre com muita paz. Agnaldo Timóteo tive contato com o Júlio Cesar entrevistando em Laranjal e eu filmando e ele na ocasião defendeu Sérgio Naya em público, dizendo que ele não merecia o que fizeram com ele, muito autêntico falou algumas verdades na entrevista. Infelizmente na época eu não tinha maldade de guardar para recordações esses momentos, nem em foto e nem em áudio. Só para curiosidade no meu programa de rádio da noite uma certa vez entrou uma pessoa no ar e fez previsões para mim de algo que iria acontecer, não se identificou e nem havia bina naquela época, a coisa se realizou e eu pedi que ela entrasse em contato comigo depois e assim foi feito, no final conheci a sua família, conheci seus dons de ler as cartas e ouvir as mensagens de ciganos, mas pela minha aproximação, ficamos amigos e comigo não funcionava mais e outra curiosidade depois que sai do rádio tinha o MOMENTO EM VIDA que é como faço aqui, só que falava as pessoas do fundo do meu coração e transmitia algumas mensagens e ai nunca havia gravado um no passado e uma ouvinte me mandou mais de 20 fitas cassetes com todos os meus programas gravados, principalmente o momento em vida. São curiosidades que mexem com o meu emocional, todos sabem que sou apaixonado por rádio e infelizmente fui afastado e acredito que para retornar nos dias de hoje é muito difícil, mas acho que o rádio é o melhor amigo de qualquer pessoa e pode salvar vidas, como destruir vidas dependendo do que se fala e eu graças a Deus nesses anos todos que fiz rádio e tv, nunca fui processado, já briguei e acabei me tornando amigo de algumas pessoas as quais eu critiquei no passado. A vida é assim, são momentos e a cada momento podemos retirar alguma lição, nada é por acaso, sempre há uma explicação para tudo e colhemos realmente o que plantamos, quem sabe eu hoje estou colhendo o que plantei mesmo sem querer e você já pensou nisso o que está plantando e o que colherá no futuro. Se não pensou pense, pois, a vida é causa e efeito e vou terminar como sempre terminava o MOMENTO EM VIDA, não importa quem disse, veja antes a sutileza da mensagem e lembre-se hoje é o seu dia para ser feliz!

Está é sua vida... minha primeira decepção com ex deputado e ex prefeito Bené Guedes... parte 10

Após a decepção da campanha do José Newton, tanto pelo lado do mesmo não ter sido eleito e por ver que a gente só é lembrada quando somos necessários, como disse uma pessoa somos como uma agulha descartável, depois de usada é jogada fora. O empresário e meu colega de infância Antonio Augusto (Guto da Farmácia) me procuraram algumas vezes para saber sobre a montagem de uma rádio comunitária e o local ideal e outros assuntos e sempre me convidava para ir trabalhar com ele e um grupo de pessoas estava montando a Radio NOVA FM e em uma de suas vindas eu acabei aceitando.
Rádio NOVA FM dia da inauguração
A emissora foi ao ar e o gerente e responsável pela montagem da mesma foi o Júlio César, mas o mesmo após a inauguração resolveu sair da emissora, acho que na realidade ele levou susto por terem me colocado na emissora sem o seu conhecimento, pois assumi seu lugar e nela fiquei por um período e a LUZ FM foi um grande sucesso de audiência e de anunciantes, sendo que havia fila de espera de anunciantes. Paralelamente o Paulo André me convidou para montarmos uma emissora de TV no caso TV OPÇÃO, onde eu entrei com minha aparelhagem e mais alguns sócios que na época não podiam aparecer por serem políticos na ativa colocaram alguns representantes, a TV ficou no ar por cerca de nove meses e realmente foi um trabalho mais profissional do que a antiga montagem da TV Cidade, pois com mais experiência criamos um telepronter para o jornal que era feito a vista, tínhamos programas de debates, de esportes e fizemos uma emissora diferente que reproduzia programas da Universidade Federal de Viçosa com programa informativo, rural e tudo mais, mas com a vinda da polícia federal para fechar as duas emissoras de rádio comunitária e os policiais me avisaram que não havia denuncia, mas que poderiam voltar aqui para fechar e prender os responsáveis. Quando fui para a TV OPÇÃO o então José Geraldo Machado (Gué) me solicitou que deixasse a gerência da sua emissora NOVA FM e desde então o radialista Edgar Vieira virou meu desafeto, do qual nunca soube o por que. Na foto aparece da equipe aparece Paulo Henrique, Edgar Vieira, Júlio César, Anderson Nogueira, Marcio Rubim, Christian Almeida, Gláucio, achacado eu Marcus Vinicius e no microfone Marcos Vinicios que na época era conhecido como Vinicios Vieira para não ter choque entre dois Marcos. Fechei a mesma e comuniquei aos demais associados, pois a condição era tentarmos regularizar, mas a força política desde aquela época não era forte e não conseguimos.  Após o fechamento algumas dívidas ficaram em meu nome, pois utilizei meu nome pessoal e um ex-prefeito um dia me chamou e me deu o dinheiro para limpar o meu nome, dizendo o que o meu avô sempre lembrava “o nome é o que o homem tem de preservar”.
Com o fim da TV o então candidato a deputado estadual Bené Guedes me procurou e me fez uma oferta: ele tinha um projetor de telão parado em sua casa e fez um acordo comigo, que eu colocasse alguém para acompanha ló durante a campanha em várias cidades e depois ele usaria nos comícios as imagens e o telão e após a campanha eu ficava com o projetor e ganhava dinheiro já que estava desempregado. A minha parte foi feita, gravei mais de 10 fitas de VHS e algumas vezes eu viajei com ele e outras o Marcinho, meu colega ex da TV opção ia com ele, aonde conheci de perto o jogador Dadá Maravilha (um adentro que tem uma memória fabulosa uma vez eu estive em BH e o Dadá me viu e gritou me chamando). Na hora da campanha o então deputado Bené Guedes deu o projetor para uma pessoa da cidade de Rio Pomba e pediu que o seu amigo Arnaldo Spindola me ligasse pedindo as gravações e eu ironicamente respondi ao mesmo: “Que gravação, não tem gravações do Bené comigo, afinal de contas ele não cumpriu o que combinou comigo, cadê o projetor?” Logo em seguida, eu reconheço que não sou flor que se cheira e não consigo deixar as coisas sem resposta: montei uma fita com 30 minutos com várias imagens do Bené e suas visitas, montei um programa político e na época tinha um computador gráfico e acredito que ficou bem feito, e mandei a minha esposa entregar na casa do então deputado só que tinha uma tarja Preta cortando a imagem e dizia PROIBIDA A EXIBIÇÃO e no final coloquei Bené como você não cumpriu a sua palavra comigo nem meu voto você tem mais. E deste então nunca mais conversei com o mesmo.
Neste período o então Marcelo Lopes que tinha um escritório de contabilidade e fazia algumas auditorias, recontagem de bens em hospitais e outros locais me convidavam para ir com ele e me pagava alguns extras e por ideia do seu sócio Enéas passou a fazer algumas pesquisas eleitorais para várias cidades tanto pré-candidatura, para descobrir o quem deveria ser o candidato ideal para os pré-candidatos a prefeito, como vice e depois pesquisas na época da eleição, foram 10 pesquisas ou mais e por incrível que pareça nossa pesquisa deu certo em todas elas, pois eu conferi os resultados oficiais pelos da nossa pesquisa. Neste caso eu ia a campo com alguns contratados e fazíamos a pesquisa em loco e em seguida eu fazia os gráficos e demonstrava o resultado aos que haviam contratado. Lembro que essa foi uma ajuda enorme que o Marcelo me dava e que naquela época eu tinha um pé atrás com o tão Enéas e falava isso com o mesmo, e isso foi comprovado no futuro quando o mesmo se candidatou e ganhou como vereador e traiu aqueles que ele tinha combinado de fazer oposição ao então candidato Zé Roberto e ele o apoiaram e foram eleitos.

Os fatos aqui narrados são baseados na minha vivência e as pessoas envolvidas algumas sabem que o que conto é verdade, apesar de nunca me preocupar em ter provas contra esse ou aquela pessoa, pois nunca, mesmo tempo oportunidade nunca fiz chantagem ou tentei levar vantagem com os que convivi, se as pessoas citadas se sentirem ofendidas podem solicitar que eu faço a sua explicação, inclusive, acredito por ser verdade por certo não terão o que contestar.

Essa é sua vida ... minha primeira campanha eleitoral 1994.. parte 9

Em Julho de 2014 eu sai da DAMATA e naquela época não tive mais o seguro desemprego e nem o FGTS, pois já havia tirado na época da Safira, mas como andava estressado e muito nervoso resolvi largar tudo e trabalhar por conta própria eu fazendo filmagens e a minha esposa fazia doces para fora. Morava eu, minha esposa, minha filha de três anos e meus avós Chiquinho e Carmosa. Era ano de eleição municipal e o então candidato Márcio Freire me mandou procurar a sua coordenadora de campanha, Lúcia Gama, para trabalhar em sua campanha, mas naquela época o Márcio tinha um código de cores de bilhetes e dependendo da cor do mesmo os seus assessores atendiam ou enrolavam o que levava o bilhete. Fui ao encontro da coordenadora e ela ao vê disse que não havia função para mim na campanha e caso aparecesse algo ela me procuraria, mas que achava difícil conseguir algo. Na
época existia a TV CIDADE e o então candidato Márcio Freire contratou e compraram aparelhagens para produzir seus programas de TV, eu saio do comitê e liguei para o concorrente dele, apoiado pelo então prefeito José Roberto, e uma curiosidade na época o prefeito José Roberto era brigado com o Júlio César via até justiça e numa vez ele foi visitar o comitê do candidato e o Julio estava lá o Zé Roberto entrou com sua mãe pela porta da frente e saíram com Júlio pela porta dos fundos, o candidato era José Newton Ferreira e me ofereci a fazer parte de sua campanha e ele me chamou para um comitê perto da Igreja São José, na época fiquei sabendo que o Márcio ao saber do ocorrido mandou um taxista me procurar para contornar o problema, mas não me encontrou.
A campanha foi uma beleza, com minha aparelhagem simples e com baixa verba de campanha eu produzia um programa diário para o programa de prefeito e dos vereadores, ficava no comitê na casa da BR 116, onde havia o estúdio e gravávamos os programas. Nossa hoje vejo que foi um trabalho profissional, descobrimos que o vice do Márcio, Darcy Resende, tirava votos segundo pesquisas e foi afastado do vídeo, ai com o Dércio da Capetinga gravamos uma paródia sobre a propaganda da sadia, onde uma criança de olhos vendados passava a mão sobre os presuntos e escolhia o sadia. Ai colocou os três vices prefeitos da época, em fila e o Dércio passava a mão, e na hora da gravação a caixa de vídeo caiu justamente na imagem do Darcy e ai o Dércio escolhia o Eli Neto e quando passou sobre a imagem do Darcy com o som ele brincava “Ué o vice do outro sumiu”, em outra gravação saímos na rodovia e o Dércio saia do meio das árvores e perguntava “Cadê o vice” e a propaganda era baseada na música, já que o candidato Zé Newton gostava de dançar e o colocava dançando com os seus eleitores. 
Uma característica a campanha era que a câmera acompanhava o Zé Newton 24 horas por dia e a única exigência feito pelo candidato a mim era para que não utilizasse imagem de pobreza para mexer com os eleitores, não explorar a dificuldade alheia para ganhar votos.  Um erro de campanha foi quando as pesquisas deram que o candidato Zé Newton estava na frente ocorreu um debate na Igreja do Rosário, e eu fui contra a sua participação, pois nos outros marcados o então Marcio Freire que estava à frente não participava, mas pelo Eli ser muito religioso aceitou e houve um erro de estratégia, o Zé Newton ao invés de se concentrar para o debate foi fazer campanha no distrito de Abaiba e na hora do Debate chegou cansado e na hora do debate houve uma falha no microfone do Zé Newton (acho até hoje que foi de propósito) e o mesmo perdeu a calma e brigou com o sonoplasta e a campanha do Márcio usou essa cena constantemente dizendo que o Zé Newton não estava preparado para emocionalmente para ser prefeito, mas nós debatemos essa tese. Lembro que foi a maior carreata já vista em uma campanha eleitoral que vi. Para se ser ideia a carreata estavam no bairro Pirineus e a sua continuidade estava na COHAB nova, onde nossa câmera filmava os carros do outro lado, a polícia teve problemas para fazer a carreata sair do alto dos Pirineus, pois a COHAB nova, a pracinha do ginásio, pracinha do urubu e o bairro Pirineus e COHAB velha ficaram interditados de tantos carros. As vésperas da eleição a Globo veio entrevistar Zé Newton como candidato eleito segundo as pesquisas. Lembro que tive um problema na reta final, pois além de produzir eu apresentava os comícios, eu apresentava os programas de TV e por pedido do Dr. José Roberto na reta final ele queira que o Arnaldo Spindola assumisse a apresentação dos programas de rádio, nisso eu simplesmente não falei nada, peguei meus equipamentos e fui embora, pois ninguém acreditava na vitória, quando estava na frente ai começaram aparecer aqueles que queriam apoiar de última hora. Com isso Zé Newton foi atrás de mim e retornou com o que estava sendo feito. Lembro que para fazermos o programa de rádio eu pedia ajuda a alguns para comprar fitas cassetes e para a TV, levávamos o programa ao ar e pegava a fita novamente e gravávamos o outro programa na frente, pois não tínhamos dinheiro pra a campanha. Eu só ia a casa para dormir e tomar banho no final da madrugada. Lembro que ao encerrar a campanha o Zé Newton e seus assessores me disseram que não precisariam mais de mim para acompanhar a apuração, que era manual e um fato aconteceu à noite Zé Newton fechou o dia com alguns votos de frente e ao abrir o dia seguinte os votos que estavam à frente para Zé Newton começaram no lado do Márcio Freire e o Zé perdeu, apesar de fazer a maioria da câmara de vereadores.   Na prestação de contas o Zé Newton me procurou para que eu assinasse uma declaração falando que havia feito a campanha gratuitamente e o representante do PT me procurou querendo que eu assinasse um documento dizendo na época que havia recebido R$ 5,00 por cada programa produzido para prefeito e vereadores e me recusei, pois era mentira, não sei o que ele fez, disse que era para ganha um dinheiro do diretório estadual, com isso depois desse fato nunca mais votei no PT.
Na realidade após a campanha fui para São Paulo e quando retornei o José Geraldo Machado, Gué, me procurou e me deu um salário mínimo pela campanha, pois não achava justo ter feito tudo de graça, mas foi uma iniciativa pessoal dele pelo que sei. E quando retornei encontrei com o Wesley Moraes que fez parte da campanha também e o mesmo me gozou “Marcus você que vestiu a camisa, fez a campanha pro Zé Newton e no final quem virou assessor da câmara indicado pelos vereadores da campanha do Zé foi o Arnaldo”, ao encontrar com uma vereadora eleita ele disse que realmente eles haviam se esquecido de mim, pois nunca fui de cobrar nada e como sempre digo acho que aquele a qual prestamos serviços ou ajudamos é que tem que se lembrar de e valorizar as pessoas.  Depois disso coordenei a campanha do Nei Ribeiro em outra ocasião, mas sempre o avisava que corria o risco de não ser eleito, pois ele apesar de ser uma boa pessoa não era tão conhecido e a equipe que ele montou não traziam votos, acredito que em sua maioria tiravam voto. Resultado o Nei perdeu para o seu funcionário na Brahma.

Depois eu volto com mais casos...

Essa é sua vida ... um aprendizado na Brahma....parte 8

Quando no final de 1990 fui convidado pelo Luiz Carlos Naya para assumir a Rádio Cidade eu fazia um programa de 20:30 à 1 hora da manha na Rádio Jornal, além do Jornal Integração de 11:45 as 12:00 e cuidava do escritório da emissora. Pensando nos atritos que já havia tido com o José Américo durante nossa gestão conjunta, pois eu era subgerente e ele gerente, procurei dois amigos que conversaram comigo: o Ivan Moraes que me disse vai que estarei como técnico te dando total apoio em tudo que precisar e o outro foram o então patrocinador da Rádio e proprietário da SAFIRA (Brahma),
 Nei Ribeiro que me falou vai, pois chegou a hora de você alçar novos voos e se caso não der certo estarei aqui para te ajudar. A proposta realmente era irrecusável, pois na Jornal ganha um salário e o resto em comissão que poderia chegar até cinco salários de acordo com as vendas e na Rádio Cidade seria cinco salários na carteira. Mas após tantos disse me disse, a inflação alta no final dos seis meses estava ganhando um salário e meio, pois pedia aumento para meus companheiros, mas nunca fui de reclamar de salário meu, acho que o patrão é que tem que valorizar os seus funcionários e reconhecer, sempre fui dessa visão. Antes de pedir demissão na Rádio e TV Cidade liguei para o Nei e ele me disse Marcus tenho um cargo na parte financeira, mas não posso te pagar muito, um salário inicial ta bom, logo aceitei e fui para a Brahma. Lá aprendi como funcionava uma matriz e filial, aprendi como lidar com bancos realmente, fui da área financeira e depois com o advento do computador passei a acumular financeiro e CPD e a Ana Maria que hoje está na SEMAR foi minha companheira no financeiro e até hoje fala que se aprendeu a trabalhar e ter organização foi graças a mim que a ensinou. Depois passei para o Marketing, fazendo visita aos bares e pelo conhecimento fui responsável por três grandes festas da época: feira da Paz, Festa de Palma e Festa de Piacatuba, e uma curiosidade as três foram tão bem feitas que não houvesse uma reclamação e o Nei em uma reunião disse se devia ter algo errado, pois sempre ouvia reclamações.  Mas uma coisa que eu tinha com os colegas da Brahma para esse resultado era tratar todos por igual, o motorista, ajudantes, o Tião que era o responsável pelos luminosos e enfim fazia a união da equipe. Na passagem pela Brahma aprendi a ser um auditor sem ser formado para tal, descobrir roubos em vários setores e quando levava ao Nei ele se espantava e às vezes não acreditava e eu cheguei até a provar com o pega em fragrante em certa ocasião. É claro que com uma equipe grande sempre havia aqueles que a gente não se dava bem, na época posso citar o Marcelo Lopes (que hoje não esta mais entre nós)m, pois era o contador da empresa e todos tinham que dar satisfação a ele, como se fosse o gerente e eu por lidar direto com o Nei às vezes pedia licença, ou não ia trabalhar por esse ou aquele motivo e comunicava ao Nei diretamente e isso o Marcelo ficava mordido. Como eu sempre dizia se posso falar com o dono da porcada, pra que falar com os porcos, claro que na época eu apenas pensava se eu lidava direto com o patrão para que intermediário. Havia uma confiança enorme em mim pelos meus patrões que muitas vezes eles deixavam os cheques da empresa, os pessoais assinados e eu controlávamos a sua utilização. Havia um supervisor que não gostava de mim e eu também não me dava bem com ele e lembro uma vez que num curso de garçom no Clube Leopoldina ao beber com o Nei sempre foi fraca para bebida e falante ao normal, imagina bêbado, o mesmo me cutucou perguntando sobre a minha opinião sobre o mesmo na frente de várias pessoas, ai falei o que achava, até que o supervisor chegou perto e o Nei começou a me cutucar nos pés para que eu parasse de falar eu virei e falei:” Nei você me cutucou para soltar o verbo agora não adianta me chutar que vou continuar falando, pois não to falando mentira é a minha opinião”, todos riram e eu continue a dar minha opinião mesmo na presença do mesmo. Lembro que quando fiz a feira da Paz o desfile era às 16 horas e a abertura era às 17 horas e eu e o Tião ficamos lá colocando os luminosos e esperando a entrega dos freezers e os mesmos, mandado pelo supervisor de vendas, chegou às 15 horas mais ou menos e os piores freezers, ou seja, na hora da festa a cerveja estaria totalmente quente e iria me queimar, eu com a liberdade que tinha ligamos para dona Luzia esposa do Nei que também era dona e pedi se podia ir até vista alegre e comprar gelo para colocar nos freezers e evitar o desgaste e assim o fez. Às 17 horas para surpresa de todas as cervejas estava no ponto e decepção de quem quis me prejudicar. Na Brahma foi o único local onde teve uma reunião que fui chamado a atenção pela eficiência, numa reunião o Nei reuniu a equipe de venda, o gerente da filial da rodovia, Marcelo e disse: “O Marcus só falta querer ir carregar o caminhão na fábrica como ajudante, pois tudo ele abraça e o pior dar certo”. Fiquei com o Nei até o final da Safira no último dia que estávamos eu, Nei, Marcelo e dona Luzia o Nei disse algo que não vou relatar aqui por questão de ética, mas que realmente fiquei chocado e triste e pensei, nossa depois de tudo que fiz ouvir isso é o fim da picada. Mas não guardei magoa e depois fui para a DAMATA quando uniram a SAFIRA e a DILESTE da família Calil, voltando à origem da Brahma antes da divisão.  Fiquei seis meses sem registro, pois estava na fase inicial da empresa e fiquei responsável pelo CPD e na época havia a troca do vasilhame do guaraná Brahma que foi o que derrubou a Antarctica e que no futuro acabou sendo adquirida pelo grupo AmBev. Lá não fiquei porque me sentia que como a união era recente havia dois grupos o grupo do Nei e o Grupo dos Calils e eu que sempre fui fiel ao Grupo Damata não me senti bem e como na SAFIRA nós tratávamos todos desde o faxineiro até o dono igual me senti um pouco constrangido, pois por fazer parte da equipe do escritório havia um distanciamento dos demais funcionários, como dizem o chão de fábrica. Em certo dia um dos donos passou por mim e ofereceu carona e havia três pessoas comigo, um motorista e dois ajudantes, ai perguntei vai levar todos, o mesmo disse que não, ai resolveu ficar com os demais e aguardar outra carona. No dia seguinte o dono me disse Marcus você tem que saber diferenciar as coisas você faz parte da equipe de escritório e há diferenças, é claro que essa visão por certo mudou muito de 94 para hoje, hoje todos são considerados colaboradores e a falta de experiência do dono e o jogo de cintura meu fez com que eu pedisse demissão, me recordo que ganhava quase cinco salários na época.
Em tempo o Marcelo Lopes que na época da Safira não se dava bem comigo depois foi um dos meus melhores amigos e através dele durante os 11 anos que fiquei desempregado ele me ajudou muito dando serviços de free lance em seu escritório e reconheceu que eu estava certo na época da Safira em alguns pontos de vista e quanto à família Calil, em 2011 voltei a ter contato com um dos donos da Damata, como meu professor e tenho certeza que a visão que ele provavelmente tinha de mim em 94 modificou-se, pode me conhecer melhor como pessoa e como aluno e profissional. Narro tudo aqui, mas não tenho mágoas dessa época às coisas boas foram sempre maiores que a mágoa e fico feliz até hoje quando encontro com alguns motoristas, ajudantes que me cumprimentam e se lembram de mim daquele tempo passado tantos anos, deixei lá amigos.
Pelo momento é só e para finalizar, não tenho tanto contato com os atuais donos da DAMATA e principalmente com o Nei Ribeiro e quando preciso de uma referência cito o mesmo e o aviso e por várias vezes ele me disse: “Não precisa me avisar, pois conheço você e seu caráter e só posso falar bem de você”. Fico feliz com isso, pois dos ex-patrões que tive muitos ao sair sempre me elogiaram mesmo não estando nas empresas como Gerci Ribeiro do Vale, Walter de Paula, Nei Ribeiro e outros que não me lembro.

No próximo conto como foi o meu período negativo na época na minha visão, mas acho que foi o que deveria ter acontecido depois que passou.

Esta é sua vida... fase da TV CIDADE ... parte 7

Hoje vou relatar alguns lances da minha época da TV CIDADEe RÁDIO 104 FM. Quando assumi o compromisso de coloca la no ar, faltava justamente uma semana para o carnaval e ai comentei com o Ivan Moraes e ele pegou o carro e fomos ao Rio de Janeiro comprar os conectores que não havia em Leopoldina. O interessante é que a aparelhagem estava já na emissora há cerca de dois anos e alguns microfones sem fio, que era raridade na época, pois eram importados estavam já com os fios cortados, produtos destruídos por certo por alguém que não estava satisfeito antes deu assumir a emissora. Chamei dois colegas o Berto Oliveira e o Jeferson e eles toparam o desafio, as câmeras de VHS eram M9000, um luxo na época e os manuais todos em inglês, aprendemos na marra, todos os aparelhos eram em inglês, mas conseguimos colocar a emissora no ar e fazermos a transmissão ao vivo do Carnaval como já mencionei. Naquele pouco período criei o jornal da Cidade que ia ao ar às 19 horas e sempre tínhamos matérias novas o tempo todo, fizemos campanhas para construção da sede da Sociedade São Vicente de Paula, reportagens de acidentes, críticas e elogios ao governo da época, era uma coisa diferente, eu que já tinha estado no rádio durante mais de 8 anos, em seis meses fiquei mais conhecido que os todos os anos passados. Mas por outro lado havia uma guerra interna na emissora onde alguns funcionários não combinavam e alguns achavam que eu estava por trás e nem sabia disso, mas foi uma forma de me atingirem. O Edinho do Rádio fazia programa às 5 horas da manha e duas vezes me procurou 5 horas dizendo que eu havia o sabotado e o programa não entrava no ar como devia: uma vez o funcionário desligou a mesa de som da rádio por dentro, num local que eu nem sabia que existia para desliga la, outra vez o funcionário abriu a caixa de telefone e encostaram os dois fios para que o mesmo não funcionasse e o programa tinha participação ao vivo e como não funcionava o Edinho achava que era eu que o sabotava, sendo que como sempre disse nunca tive a intenção de prejudicar alguém, ou melhor, sempre torci para que os locais que trabalhei fossem harmoniosos e em equipe, mas o ego e a inveja às vezes atrapalha o bom senso. Depois de alguns anos em conversa com o Jeferson ele me confidenciou: perdemos a grande chance naquela época, pois você tinha moral com o Naya e se todos nós tivéssemos te dado apoio a emissora teria sido um sucesso e crescido e muito. Na 104 se me lembro de fiz apenas um programa, pois na época sempre foi musical e eu como falante que sou não me adaptaria a ela, hoje vejo as grandes rádios TUPI, Globo e outras fazerem AM no FM, ou seja, fazendo o rádio do jeito que gosto, pois se for para ouvir música temos excelentes aparelhos portáteis e a qualidade é muito melhor que ouvir o rádio, pelo menos essa é minha visão, o povo tá carente de ouvir uma voz amiga, de noticias, de um parceiro no rádio e sempre fui da opinião voz bonita não faz o rádio ajuda, mas o conteúdo em qualquer horário que for se for bom agrada.
Lembro-me da época em que o Naya teve o problema com o Palace Dois no Rio e sinceramente acho que ele é o menos culpado em alguns termos, vou explicar no meu ponto de vista: primeiro o Naya tinha tanta coisa que não sabia o que tinha isso estou falando do período que trabalhei com ele, por várias vezes me enviava o mesmo produto, se esquecendo de que já havia me mandado. Uma vez fiquei sabendo que suas máquinas ficaram isoladas num local e estragaram por falta de alguém mexer, pois nem ele sabia onde estava. Tinha alguns assessores que gostavam de passar a perna nele, superfaturar, ou mesmo vender gato por lebre. Acredito que a construção com areia de praia não foi ideia dele, se esse foi o laudo, ele apenas confiava nos seus profissionais e venhamos e convenhamos o empresário não fica a frente de todos os projetos. Ele foi assessorado, pois o prédio caiu na terça de carnaval, teve tempo de se mobilizar e se tivesse uma assessoria boa, faria igual ao acidente da TAM, iria para a TV faria um pronunciamento dizendo que iria indenizar a todos e se justificar. Mas não foi orientado nesse sentido, havia uma rede globo mordida contra ele, pois na época da história dos anões do orçamento o nome dele foi citado e ele ganhou uma indenização e o Jornal Nacional teve que se retratar dizendo que havia trocado o sobrenome do Sérgio na época, não é atoa que a mesma emissora veio a Leopoldina a procura de filmagens contra ele e mostrou-o no seu hotel em Orlando ou Miami onde metia o fumo no funcionário que queria que servisse em copo de cristal. Ele era assim mesmo, quantas vezes me falou que queria que a TV e a Rádio tivesse um local bonito, luxuoso, mas seus assessores diretos e parentes que tomavam a frente não deixavam cumprir as suas ordens. Sei que não era santo, mas quanta pessoa ajudou trazendo aparelhagens para hospitais, fazendo doações sem aparecer e outras coisas mais, muitos podem me criticar pelo comentário, mas quem conheceu o Sérgio Naya como eu que convivi com ele diariamente durante seis meses pessoalmente ou por telefone, sabia que tinha um lado humano e outra coisa uma pessoa que vive de construir prédios ia querer construir algo para cair. Veja que o próprio Ratinho já teve denuncias de casas caídas em sua construtora, só que o Naya tinha um defeito não ouvia muito as pessoas no primeiro momento, mas depois até que refletia e via que estava certo, comigo era assim, mas os assessores dele eram fracos e só pensavam em si próprios. Naya caiu, mas não entregou ninguém, pois se quisesse tenho certeza que sabia muito e de muitos políticos, no final descobriu que alguns passavam a perna nele, ficou com a cabeça meio confusa e a sua morte ficou um pouco estranha no meu ponto de vista. Depois que sai da sua emissora tive uns dois ou três encontros e sempre se lembrava de mim com carinho. Morreu e eu havia brigado com ele, pois ao estar desempregado ele me ligou e ofereceu que eu assumisse a sua emissora e na hora h, quando o seus assessores vieram colocaram o Haroldo Crespo, pois havia feito fofoca com ele, não deixei barato, liguei para ele e falei algumas verdades o chamando de moleque e ele gaguejava e pedia desculpas, depois disso nunca mais o encontrei.

Vou ficando por aqui depois volto com a saída da TV e ida para a Brahma como foi?